Blog do Abilio Diniz

Arquivo : gestão

Conselho do SPFC está de parabéns
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Abilio Diniz

O Conselho Deliberativo do São Paulo merece aplausos pela decisão de expulsar o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o ex-diretor Ataíde Gil Guerreiro. As atitudes de ambos não condizem com o que se espera de dirigentes de futebol.

O presidente do Conselho, Marcelo Pupo Barboza, merece elogios também pela condução independente e corajosa do caso, assim como o conselheiro Jose Roberto Ópice Blum, que presidiu a comissão de Ética que analisou o assunto.

Como venho escrevendo aqui neste blog, os conselheiros do São Paulo representam os verdadeiros donos do clube. Eles são fundamentais para promover uma gestão moderna e profissional sem a qual o São Paulo não sairá de sua crise atual nem tampouco retomará seus tempos de glória.

Espero que esta ação contundente do Conselho sirva de precedente para que o órgão seja mais atuante na gestão e conduza o clube para novas práticas e nova forma de governança.

Parabéns, conselheiros, vocês deram um exemplo para o futebol brasileiro.


Pacto Pelo Esporte marca gol no Campeonato Carioca
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Abilio Diniz

Minha grande luta nos esportes em geral, e no futebol em particular, é pela profissionalização da gestão. Isso vale tanto para os clubes e associações esportivas, quanto para as entidades que dirigem o setor.

Por isso fiquei muito feliz neste domingo quando vi o Flamengo entrar em campo na semifinal do Campeonato Carioca contra o Vasco com a logomarca do Pacto Pelo Esporte no uniforme rubro-negro.

O Pacto é uma iniciativa da organização Atletas pelo Brasil e tem o objetivo de cobrar transparência e gestão moderna, profissional e eficiente nas entidades esportivas. Com um modelo de administração correto, não só o desempenho das equipes e atletas melhorarão, como as empresas se sentirão mais seguras para investir mais no esporte. 

A ideia central do Pacto Pelo Esporte é estabelecer critérios de governança para a realização de patrocínios e investimentos em clubes, federações e confederações. O acordo foi assinado por 20 das maiores empresas brasileiras em outubro do ano passado.

O apoio de um clube do porte do Flamengo tem significado enorme, pois revela o avanço que campanhas como essa, em prol da boa gestão esportiva, têm conquistado. Cresce a percepção de que a gestão profissional é condição necessária para o desenvolvimento dos esportes em nosso país.

Apóio o Pacto Pelo Esporte e sou parceiro da Atletas pelo Brasil. O trabalho da Atletas pelo Brasil é muito bem conduzido pela craque do vôlei Ana Moser e conta com o apoio de personalidades importantes e respeitadas do esporte brasileiro, como Bernardinho, Raí, Lars Grael, Paula, Cafu, Gustavo Borges, Hortência, Paulo André, entre outros atletas e ex-atletas.

Como amante e praticante de esporte e por entendê-lo como ferramenta eficiente de inclusão social e desenvolvimento, espero que iniciativas como essa prosperem e deem frutos. O caminho da gestão esportiva eficiente tem muitos obstáculos no Brasil pois enfrenta estruturas e práticas arcaicas e enraizadas. Mas o inconformismo contra elas está aumentando e no domingo marcou um gol ao entrar em campo com a camisa do Flamengo.

Conheça mais sobre o Pacto pelo Esporte no site http://pactopeloesporte.org.br/


Esperando Cuca, Palmeiras bate o São Paulo
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Abilio Diniz

Com um técnico interino e vindo de uma derrota em casa na Libertadores, que resultou na demissão de Marcelo Oliveira, o Palmeiras foi mais competente e bateu o São Paulo neste domingo no Pacaembu.

O São Paulo foi melhor na primeira metade da etapa inicial e deu a impressão que venceria o jogo. Mas após os 25 minutos, o Palmeiras saiu do campo de defesa, avançou a marcação, passou a pressionar o São Paulo e equilibrou o jogo.

Aí o São Paulo novamente mostrou suas fragilidades. Não adianta reclamar dos jogadores e nem dar desculpa de ter jogado com um time misto, até mesmo porque o Palmeiras fez seus gols quando Ganso, Centurion e Calleri já estavam em campo.

Os jogadores lutaram e fizeram o que podiam, mesmo Michel Bastos, que participou pouco do jogo por estar confinado ao lado do gramado em um posicionamento totalmente equivocado.

Que Edgardo Bauza ainda não mostrou a que veio, está cada vez mais claro, mas tenho dito seguidamente que o problema é muito mais sério. A cartolagem do São Paulo é, no mínimo, profundamente incompetente.

É triste ter que fazer tantas críticas ao meu time do coração. É frustrante ter que acompanhar de longe o que acontece com o São Paulo neste momento.

Estamos observando uma gestão temerária, acompanhada de vários pedidos de verificações de contas de transações de jogadores, que, embora talvez necessários, acabam por trazer um clima de guerra interna e se traduzem na péssima condução do departamento de futebol.

Minha esperança é que os Conselheiros se unam e consigam trazer paz para o São Paulo, buscando pessoas capacitadas para dirigir o clube e que pensem no melhor para a instituição, e não apenas no seu conforto e bem-estar individual.


Poder e gestão no futebol
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Abilio Diniz

Dias atrás, recebi um telefonema do Aloizio Mercadante, hoje Ministro da Educação. Ele tem ajudado muito o esporte e foi um dos grandes responsáveis pela aprovação do Profut, a lei que finalmente impôs responsabilidades à gestão dos clubes de futebol em troca de refinanciamento de suas dívidas com o governo.

Agora Mercadante estuda a criação de um curso para ajudar a melhorar a gestão no futebol. A iniciativa é muito boa, e disse a ele que pode contar com o meu apoio e o de meu filho João Paulo.

Mas, apesar de muito boa, a iniciativa não vai resolver o grave problema do futebol no Brasil se não mudarmos a qualidade dos dirigentes.

É uma questão estrutural. A maior parte dos clubes tem seus estatutos elaborados para perpetuar seus dirigentes ou seu grupo no poder. Basta vermos o que está acontecendo com a CBF – o exemplo vem de cima. Todos viram a manobra feita pelo atual presidente para manter seu grupo no poder.

Nos clubes, acontece o mesmo. As pessoas se elegem e imediatamente assumem uma atitude ditatorial, ignorando o Conselho que os elegeu e, consequentemente, seus associados e torcedores.

Algumas vezes se troca seis por meia dúzia. Não adianta apenas bons gestores. Se a estrutura de poder não mudar, vamos avançar pouco, muito pouco.

O que precisamos é dar estímulos para que os clubes sejam como na Europa e nos EUA e se transformem em empresas, com gestão profissional e meritocrática.

Aí sim cursos para melhorar a gestão no futebol trarão os resultados que todos esperam e que o futebol brasileiro urgentemente precisa.


O ano da virada
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Abilio Diniz

2016 precisa ser o ano da virada do São Paulo. Dada a situação do clube, isso não significa necessariamente ganhar um título de expressão como a Libertadores ou o Brasileiro. Na minha opinião, significa, antes de tudo, uma resolução para a situação financeira dramática do São Paulo, resultado de anos de descuidos e desmandos. Significa também enfrentar a realidade de que, sem uma gestão profissional, dificilmente conseguiremos estar entre os primeiros do futebol mundial.

A queda do Aidar e a classificação para a Libertadores foram grandes feitos desse conturbado 2015, que me deram esperança de que as coisas podem melhorar.

Mas eu sigo muito preocupado com o São Paulo. Tenho ajudado compartilhando, quando solicitado, meus conhecimentos de gestão e também viabilizando auditorias e consultorias no clube. Elas nos darão um retrato preciso da situação financeira e um plano de profissionalização do futebol, de onde podem surgir os recursos para a virada tricolor. Sem essa arrumação, não dá para prever um futuro consistente, com vitórias e grandes conquistas.

Mas essa arrumação das contas não tem charme, não tem emoção e não traz aplausos no curto prazo. Pelo contrário, pode gerar descontentamento nos torcedores. Muitas vezes, é preciso ter coragem para tomar as decisões corretas e não apenas jogar para a plateia.

A verdade é que o SPFC não tem dinheiro para grandes contratações na temporada 2016. Por isso, com a minha experiência de gestão, acho que o objetivo principal tem que ser colocar as contas em ordem, pagar os salários em dia e iniciar um processo de profissionalização do futebol focado em meritocracia e resultado.

Claro que também tem o futebol jogado dentro de campo, começando pela Libertadores. Temos que bater nosso adversário peruano para entrar na fase de grupos. Isso é fundamental à autoestima de todos os são-paulinos, e acho que não será difícil.

A diretoria foi buscar um técnico argentino, Edgardo Bauza, e espero que ele seja capaz de trabalhar com o elenco que temos. Se não é o elenco dos sonhos, pode ser um bom time. Claro que precisa de alguns reforços que possam ser contratados com os poucos recursos que temos. E é nesse trabalho que se distinguem os grandes treinadores, capazes de tirar de um elenco médio o melhor de cada um e fazer com que o conjunto seja vencedor. Vamos torcer para que o resultado seja bom.

Vamos encarar 2016 com otimismo, torcer muito e esperar que as coisas saiam bem. Dentro e fora do campo.

Um Feliz Natal a todos e um 2016 com muita saúde e muitas conquistas.


SPFC terá 2016 difícil, mas melhor
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Abilio Diniz

Muito tem se falado sobre o meu papel no São Paulo. Que estou contratando técnico, escalando jogador. Não é nada disso. Estou simplesmente colaborando no que tinha me comprometido a colaborar: a profissionalização da gestão. Estou convicto que só assim nosso clube poderá se recuperar e retomar sua trajetória de campeão.

Coloquei todo o meu conhecimento em gestão, acumulado em décadas de trabalho, à disposição do presidente Leco e de sua diretoria. Como havia prometido, estou também viabilizando trabalhos de auditoria e consultoria com as melhores empresas do ramo, sempre com o objetivo de aprimorar a gestão.

A auditoria está sendo feita pela Price e analisará todos os contratos e dívidas do clube para que possamos ter um quadro real da situação financeira, que é dramática. Sem essa clareza, não se pode fazer uma boa gestão. A Price também vai apresentar propostas para a reestruturação da dívida, a elaboração de um Orçamento e o planejamento de fluxo de caixa para 2016.

Já a McKinsey está realizando uma consultoria para profissionalizar a gestão do futebol do São Paulo. Um dos focos principais é otimizar a ligação do time profissional com o time da base, do CT da Barra Funda com o CT de Cotia. O elenco do São Paulo em suas diferentes categorias é um dos maiores ativos do clube, e otimizar sua gestão é uma das principais alavancas para a retomada.

2015 foi um ano muito difícil para o São Paulo. Mas conseguimos duas coisas importantes: o fim da desastrosa gestão Aidar e a milagrosa classificação para a Libertadores.

Esses dois feitos trazem a esperança de que 2016 seja um ano melhor, já com os frutos dos trabalhos de auditoria e consultoria.

Mas não tenhamos ilusões. O time foi quase destruído pelo tsunami da gestão Aidar. Pelo menos, o tsunami passou. E o Leco abriu a porta para colaborarmos na promoção da profissionalização e da meritocracia. É por aí que estou ajudando.

Se essa nova gestão conseguir sanear o clube financeiramente em 2016, será uma conquista tão grande quanto um título de campeonato, que pavimentará o caminho para novas conquistas, dentro e fora do campo.


Hora de unir o São Paulo e sonhar grande
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Abilio Diniz

Sou um sonhador e gosto de sonhos grandes. Eles são mais divertidos que os pequenos. Gosto de sonhar com um mundo melhor, com menos desigualdade e mais fraternidade, com mais saúde e menos doenças, mais alegria e menos tristeza.

O meu sonho grande em relação ao nosso querido São Paulo é que ele seja um exemplo no futebol brasileiro e mundial, dentro e fora do campo.

Acompanhei de muito perto os desdobramentos da crise de gestão que levou à histórica renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar.

Quem acompanha este blog sabe como ataquei o que tinha de atacar e apoiei o que achei merecedor do meu apoio, inclusive a renúncia. Ela foi o caminho mais rápido para o clube começar a resolver os seus graves problemas.

Não tenho atuação nem ambição política no SPFC. Meu envolvimento é movido pela paixão. E pelo desejo de resgatar o clube dessa situação crítica. E isso nós só conseguiremos com uma gestão profissional, que possa trabalhar com urgência, eficiência e estabilidade.

Este não é o momento de estimular brigas e acertos de contas. Este é o momento de unir o São Paulo em torno de soluções.

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como presidente do Conselho Deliberativo, órgão máximo do clube, merece o nosso apoio agora na presidência do SPFC. Ele precisa de paz para conduzir as eleições de forma ordenada e construtiva. Devem prevalecer as propostas e os interesses do clube, não os interesses de pessoas ou grupos.

E mais do que as questões políticas, o grande desafio do Leco é a gestão financeira. Venho alertando sobre isso há meses, e a situação só se agravou. Ele está recebendo o clube praticamente sem caixa e ainda precisa reestruturar a administração.

Tenho confiança que Leco tem a capacidade de fazer o que é preciso. E sigo disposto a ajudar com minha experiência de gestão.

Minha oferta para financiar a contratação de uma grande empresa de auditoria segue de pé, pois o primeiro passo para corrigir a gestão de qualquer organização é conhecer de forma clara e precisa a sua situação.

Em meio a tantas dificuldades, é possível ver sinais positivos. A renúncia é um deles, assim como a possibilidade de termos uma gestão profissional, democrática e participativa no São Paulo, que evite novos e velhos erros.

As prisões de dirigentes da FIFA e da CBF mostram que vivemos momento propício para combater os males que afligem o futebol há décadas. Esse movimento deve continuar. Se for bem-sucedido, vai estimular ainda mais o mundo empresarial a participar da gestão do esporte no Brasil e no mundo.

O meu sonho grande é que o São Paulo seja um dos baluartes dessa evolução do futebol. Que a nova fase que se inicia no Morumbi seja o começo dessa caminhada. É hora de unir os são-paulinos para podermos, juntos, sonhar (e realizar) um sonho grande.


O São Paulo avança
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Abilio Diniz

Participei na segunda-feira da reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo e mais uma vez fui muito bem recebido. Queria agradecer o convite, a recepção e, acima de tudo, o enorme apoio dado não ao Abilio, mas à proposta de profissionalizar e moralizar a gestão.

Foi a paixão que me fez estar no Morumbi. Sou muito disciplinado com agenda, e tinha compromisso assumido meses atrás de abrir congresso de investidores em Nova York. Acabei falando ao Conselho tricolor 12 horas antes da palestra em NY. E o esforço valeu.

Saí da reunião mais feliz do que entrei. O apoio praticamente unânime dos conselheiros presentes à realização de uma auditoria séria e independente, que se reporte também ao Conselho Deliberativo, é um primeiro passo na dura caminhada para tornar o São Paulo exemplo no futebol brasileiro e mundial.

O São Paulo tem que mudar não apenas para retornar às glórias do passado, mas para viver um sonho grande de ser o clube mais eficiente e vitorioso do Brasil.

Não quero poder nenhum no São Paulo. Mas quero poder ajudar com o que aprendi na vida. E não foi pouco.

Estou lutando para que meus filhos tenham sempre orgulho do clube que decidiram amar. O São Paulo não pertence ao presidente de turno, mas sim aos sócios e torcedores da grande nação são-paulina. Nosso clube não pode ser tratado desse jeito.

A vitória da boa gestão nesta semana no Conselho é o primeiro passo do caminho. Entendo que é preciso andar mais rápido, dada a situação crítica do clube. Mas pelo menos começamos a andar.