Blog do Abilio Diniz

Arquivo : abril 2016

São Paulo em estado de graça
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Abilio Diniz

Que noite memorável! Tenho falado sempre que o São Paulo tem um bom elenco e na noite desta quinta-feira, com o Morumbi lotado e com o espírito de Libertadores, eles comprovaram o que penso. Jogaram como há muito tempo não se via.

Foi a melhor partida do ano sem a menor dúvida. A goleada por 4 x 0 poderia ter acontecido logo no primeiro tempo, tão grande foi a superioridade do São Paulo.

O Toluca nem parecia o time que terminou em primeiro lugar em um dos grupos mais difíceis da primeira fase da Libertadores. Os mexicanos estavam apavorados em campo e a bola parecia queimar nos pés dos jogadores. Mérito dos são-paulinos que marcaram em cima desde o começo da partida e dificultaram muito a vida do adversário.

Paulo Henrique Ganso está no melhor momento de sua carreira. Se continuar assim, vai merecer seu lugar de volta na Seleção Brasileira. Ele está brilhando demais. Procurando o jogo, chamando para si a responsabilidade de organizar o time. Um craque.

Michel Bastos voltou a seus bons tempos. Fez gol e ganhou todas as jogadas. Thiago Mendes também atuou como no ano passado, chegando mais na área adversária, tanto que marcou um golaço tabelando com Ganso. O garoto Kelvin foi muito bem e até Centurion brilhou, marcando duas vezes.

Aliás, gosto muito desse esquema de jogo. Uma equipe leve no ataque e se movimentando bastante. Mesmo sem um centroavante clássico, o time ganhou todas as bolas pelo alto.

Foi uma noite em que tudo deu certo. Os jogadores do São Paulo correram demais, atuaram com garra e disposição durante os 90 minutos da partida e praticamente garantiram a classificação à próxima fase da Libertadores.

Como dá prazer assistir a esse São Paulo.


Conselho do SPFC está de parabéns
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Abilio Diniz

O Conselho Deliberativo do São Paulo merece aplausos pela decisão de expulsar o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o ex-diretor Ataíde Gil Guerreiro. As atitudes de ambos não condizem com o que se espera de dirigentes de futebol.

O presidente do Conselho, Marcelo Pupo Barboza, merece elogios também pela condução independente e corajosa do caso, assim como o conselheiro Jose Roberto Ópice Blum, que presidiu a comissão de Ética que analisou o assunto.

Como venho escrevendo aqui neste blog, os conselheiros do São Paulo representam os verdadeiros donos do clube. Eles são fundamentais para promover uma gestão moderna e profissional sem a qual o São Paulo não sairá de sua crise atual nem tampouco retomará seus tempos de glória.

Espero que esta ação contundente do Conselho sirva de precedente para que o órgão seja mais atuante na gestão e conduza o clube para novas práticas e nova forma de governança.

Parabéns, conselheiros, vocês deram um exemplo para o futebol brasileiro.


Pacto Pelo Esporte marca gol no Campeonato Carioca
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Abilio Diniz

Minha grande luta nos esportes em geral, e no futebol em particular, é pela profissionalização da gestão. Isso vale tanto para os clubes e associações esportivas, quanto para as entidades que dirigem o setor.

Por isso fiquei muito feliz neste domingo quando vi o Flamengo entrar em campo na semifinal do Campeonato Carioca contra o Vasco com a logomarca do Pacto Pelo Esporte no uniforme rubro-negro.

O Pacto é uma iniciativa da organização Atletas pelo Brasil e tem o objetivo de cobrar transparência e gestão moderna, profissional e eficiente nas entidades esportivas. Com um modelo de administração correto, não só o desempenho das equipes e atletas melhorarão, como as empresas se sentirão mais seguras para investir mais no esporte. 

A ideia central do Pacto Pelo Esporte é estabelecer critérios de governança para a realização de patrocínios e investimentos em clubes, federações e confederações. O acordo foi assinado por 20 das maiores empresas brasileiras em outubro do ano passado.

O apoio de um clube do porte do Flamengo tem significado enorme, pois revela o avanço que campanhas como essa, em prol da boa gestão esportiva, têm conquistado. Cresce a percepção de que a gestão profissional é condição necessária para o desenvolvimento dos esportes em nosso país.

Apóio o Pacto Pelo Esporte e sou parceiro da Atletas pelo Brasil. O trabalho da Atletas pelo Brasil é muito bem conduzido pela craque do vôlei Ana Moser e conta com o apoio de personalidades importantes e respeitadas do esporte brasileiro, como Bernardinho, Raí, Lars Grael, Paula, Cafu, Gustavo Borges, Hortência, Paulo André, entre outros atletas e ex-atletas.

Como amante e praticante de esporte e por entendê-lo como ferramenta eficiente de inclusão social e desenvolvimento, espero que iniciativas como essa prosperem e deem frutos. O caminho da gestão esportiva eficiente tem muitos obstáculos no Brasil pois enfrenta estruturas e práticas arcaicas e enraizadas. Mas o inconformismo contra elas está aumentando e no domingo marcou um gol ao entrar em campo com a camisa do Flamengo.

Conheça mais sobre o Pacto pelo Esporte no site http://pactopeloesporte.org.br/


Futebol alegre do Audax derruba o Corinthians
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Abilio Diniz

A classificação do Audax contra o Corinthians foi um prêmio para o futebol. Em um meio em que precisamos tanto de novidades táticas, o estilo de jogo adotado pelo técnico Fernando Diniz deve ser observado. A chegada de seu time à final do Campeonato Paulista é um sinal de que, sim, é possível ousar, tentar algo novo e ter sucesso.

O jogo foi um duelo tático interessantíssimo. Tite é um ótimo treinador e seu time sabe jogar. O Corinthians apresenta um numero grande de jogadas, ultrapassagens, triangulações. É uma equipe muito difícil de ser batida, ainda mais no seu estádio.

Fernando Diniz conseguiu.

Enfrentando muito mais dificuldades do que contra o São Paulo, o Audax jogou novamente seu futebol alegre, competente e até certo ponto irresponsável e encarou o Corinthians de igual para igual. O time trocou passes, fez tabelas, lances de efeito. E teve muita competência nas finalizações, tanto no tempo normal quanto nos pênaltis.

Parabéns ao Fernando Diniz pela ousadia e ao Mário Teixeira, ex-diretor do Bradesco, por manter no Audax a estrutura de uma empresa.

Eu, que iniciei a história desse clube anos atrás e assisti ao seu crescimento ano após ano, fico muito feliz em ver que o modelo prosperou.


Na base da raça, São Paulo se classifica na Libertadores
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Abilio Diniz

Foi na raça. Em um jogo em que sobrou emoção e sofrimento, o São Paulo conseguiu se classificar às oitavas-de-final da Copa Libertadores da América ao empatar com o The Strongest na desumana altitude de La Paz.

A missão está cumprida. Agora, o São Paulo enfrentará o Toluca, do México, na próxima fase. Como torcedor estou satisfeito com a classificação, mas é preciso saber separar as coisas.

Há muito a melhorar e tenho certeza que todo são-paulino sabe disso. O The Strongest é muito fraco. Não é o Audax. Incrível como o São Paulo conseguiu perder para este time jogando no Pacaembu. Mesmo com a altitude, os bolivianos não conseguiam trocar passes ou criar jogadas.

O São Paulo novamente jogou com muita raça e pouca técnica. A dedicação dos jogadores foi nítida. Vários atletas sem fôlego durante o jogo, mas mesmo assim se entregaram até os últimos instantes.

O que não precisava acontecer era a expulsão do goleiro Dênis. Quase ele coloca tudo a perder por um erro infantil. Era claro que o árbitro iria expulsá-lo por cera. Ele não poderia ter dado essa chance.

Sorte que o zagueiro Maicon, um dos melhores do São Paulo jogando na linha, também deu sua contribuição como goleiro, segurando duas bolas até certo ponto difíceis para quem não é do ramo.

A maior preocupação que fica é pela expulsão de Calleri, artilheiro do Tricolor e da Libertadores. Ele tem salvado o São Paulo com seus gols e ficará de fora da primeira partida contra o Toluca, no Morumbi, onde seria ideal fazer um bom resultado.

Comemorar a classificação é bom e deve ser feito. Mas o torcedor espera agora uma sequência de bons jogos do São Paulo. Estamos aguardando o fim dessa oscilação desde o início do ano.


São Paulo dá vexame e sai do Paulista
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Abilio Diniz

Após o jogo contra o São Bento, critiquei o São Paulo e, principalmente, seu esquema tático de jogo, ou melhor, a ausência dele. Disse que o time poderia passar pelo River Plate na Libertadores com o Morumbi repleto e a torcida apoiando o time. Mas, disse também que contra o Audax, a coisa poderia ser diferente.

Não deu outra. O time argentino não é mais nem sombra daquela equipe do ano passado, quando venceu a Libertadores. Com o estádio cheio e os jogadores atuando com muita garra, vencemos, continuamos vivos na competição, e o que é melhor, dependendo apenas de nós.

Mas, e este domingo? Foi o dia da verdade. O Audax é um time diferente, de uma alegria e beleza que beiram a irresponsabilidade. É uma equipe muito bem dirigida por um jovem técnico brasileiro que, se tiver chance, vai crescer ainda mais e mostrar que o Brasil não precisa de técnicos estrangeiros. Quem não concorda com isso, que dê uma olhada também no Atlético Mineiro dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre.

O Audax sobrou frente ao São Paulo. Fernando Diniz não só deu um nó em Bauza, “El Patón”, como o embrulhou para presente e o ofereceu para os cartolas encastelados no Morumbi. Foi um vexame.

Não dá para não criticar tamanha incompetência, principalmente porque leio nos jornais que “El Patón” quer ainda de três a cinco jogadores. Para que? Para colocá-los em campo e deixá-los perdidos, sem um mínimo esquema tático?

O São Paulo, além de não ter um modelo de jogo, não tem jogadas ensaiadas, não chega nunca à linha de fundo e joga em três blocos que não se entendem – defesa, meio-campo e ataque. É este o futebol moderno?

O Tricolor pode até vencer o The Strongest e continuar na Libertadores; vou torcer bastante por isso. Mas continuará sendo um time com bons jogadores e que poderia ter desempenho muito melhor se fosse bem dirigido. Os são-paulinos merecem muito mais.


Uma vitória fundamental
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Abilio Diniz

Que vitória importante! Os jogadores do São Paulo mostraram bravura, entrega, bom futebol e conseguiram melhorar as condições de classificação para a próxima fase da Libertadores. Agora, um empate na Bolívia contra o The Strongest leva o Tricolor às oitavas de final.

 

Missão simples? Longe disso. A altitude desumana de La Paz talvez seja o maior adversário do São Paulo na próxima quinta-feira. Mas, diante do cenário que se apresentava, jogar por um empate na última rodada é uma evolução considerável.

 

A torcida também fez a sua parte, Para um público de mais de 51 mil pessoas (como é bonito ver o Morumbi lotado…), o São Paulo começou o jogo partindo para cima do River e impondo seu ritmo. Não demorou para o argentino Calleri mostrar seu faro de centroavante e abrir o marcador com um chute forte dentro da área.

 

Mesmo com um começo de segundo tempo mais morno e com o River mais à frente, o time de Bauza manteve o domínio das ações, tanto que antes dos 15 minutos, mais uma vez Calleri apareceu para marcar o segundo do São Paulo. Era o placar que resumia bem o desenho do jogo.

 

Depois do gol, uma confusão entre os jogadores resultou na expulsão de um argentino e um cartão amarelo para o artilheiro Calleri, o que fez Bauza retirá-lo do jogo para não ser expulso.

 

Era o cenário perfeito para ampliar o placar. Entretanto, mesmo com um jogador a mais, o São Paulo levou um gol do River e, por pouco mais de dez minutos, passou por um nervosismo desnecessário pela bela partida que os jogadores faziam até aquele momento. Um empate do River obrigaria o time do Morumbi a vencer na Bolívia.

 

Felizmente nem a expulsão de João Schmidt foi suficiente para mudar o placar do jogo. O São Paulo se segurou e venceu uma partida carregada de pressão.

 

Mesmo com esse pequeno sufoco no final, entendo que os jogadores responderam muito bem à obrigação de vitória. É um bom sinal para os desafios que vêm pela frente.


Problema do São Paulo não são os jogadores
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Abilio Diniz

Com oito jogadores considerados reservas, o São Paulo começou a partida contra o São Bento jogando muito bem. Sufocou o adversário e criou inúmeras chances de gol.

Isso comprova o que tenho dito sempre. O São Paulo tem bons jogadores, um bom elenco, com pelo menos dois atletas para cada posição com condições de serem titulares.

O que falta ao São Paulo é eficiência tática e técnica em todos os níveis, desde os cartolas até seu treinador.

De novo, Bauza foi mal. No segundo tempo, o São Bento mudou completamente a forma de atuar, passou a comandar o jogo e terminou vencedor. O São Paulo tinha volume, mas, de novo, faltava objetividade, um mínimo de esquema tático e jogadas ensaiadas.

Centurión começou muito bem e depois sumiu. Os volantes não chegaram no ataque e nem se apresentaram como alternativa de jogo. Jogando assim, as coisas ficam mais difíceis mesmo.

Li que torcedores cercaram o ônibus do São Paulo na saída do estádio em Sorocaba chamando o time de “sem vergonha”. Entendo que o torcedor tem direito de protestar pacificamente, mas acho as críticas mal endereçadas, porque os jogadores têm feito o que podem dentro de campo. Eles não são o problema no São Paulo hoje.

O time tem agora duas partidas muito importantes: na quarta-feira, contra o River Plate, da Argentina, quando praticamente decide seu futuro na Libertadores, e no final de semana contra o Audax, pelas quartas-de-final do Paulistão.

Contra os argentinos, dá para ganhar. O time do River deste ano não é sombra da equipe do ano passado. Já contra o Audax, a parada pode ser mais complicada. Mas, um jogo de cada vez.

Espero que os são-paulinos lotem o Morumbi nesta quarta-feira e aplaudam muito o time. Os jogadores têm se esforçado. Não têm culpa da bagunça administrativa e, portanto, merecem todo o apoio. Vamos torcer.


São Paulo faz sua obrigação e goleia o Trujillanos
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Abilio Diniz

O São Paulo cumpriu bem o que se esperava dele: goleou o fraquíssimo time do Trujillanos, da Venezuela. Os 6 x 0 no placar refletiram o claro domínio dos brasileiros durante toda a partida. Destaque para o atacante Calleri, autor de quatro gols.

Desde o início da partida o São Paulo partiu para cima do adversário, empurrando os venezuelanos para dentro do seu campo, e matando o jogo com 3 x 0 ainda antes dos 25 minutos.

É isso mesmo que times melhores têm que fazer com aqueles com qualidade infinitamente inferior. Não dar qualquer chance. E foi o que aconteceu.

O São Paulo encaixou seu jogo e não teve qualquer dificuldade em seguir marcando seus gols também no segundo tempo.

Não me recordo de ter visto no futebol profissional um time tão frágil como esse Trujillanos. Seus jogadores pareciam ter saído de uma pelada entre casados e solteiros. A consequência disso foi o elástico placar construído pelo São Paulo.

Depois do trágico empate contra esse mesmo time na Venezuela, golear e melhorar o saldo de gols era fundamental para manter viva a chance de classificação à próxima fase.

Essa foi uma vitória muito importante. Golear traz sempre uma satisfação maior e ergue a confiança dos jogadores. Entretanto, não se pode acreditar que todos os problemas foram resolvidos.

A caminhada ainda é longa na Libertadores. O São Paulo será colocado à prova contra o River, no Morumbi e depois na altitude da Bolívia contra o The Strongest. São os adversários diretos na briga pelas duas vagas e nessa hora é que vamos saber o real nível do time de Bauza.

Vamos seguir torcendo.


Do Camp Nou ao Morumbi
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Abilio Diniz

Infelizmente comentar jogo do São Paulo é falar sempre a mesma coisa. O SPFC tem um bom elenco; não dá para comparar com o do Oeste. No entanto precisou de um gol ocasional e outro nos acréscimos para vencer o jogo.

É uma pena. Pelo visto o treinador argentino não gosta de treinar, nem pênaltis; neste sábado perdeu mais um – o quinto em seis cobrados neste ano. O time só tem uma jogada: o chuveirinho na área.

Antes de ver o medíocre jogo do São Paulo, assisti à vitória do Real Madrid sobre o Barcelona, no Camp Nou. Um espetáculo.

O jogo até que não foi lá essas coisas, muito truncado, disputado com muito cuidado, mas teve coisas muito bonitas, a começar pelo estádio completamente lotado. Depois foi incrível ver o nó que Zidane, hoje técnico do Real, deu no competente Luis Enrique, técnico do Barça.

O melhor trio de atacantes do futebol mundial, Messi, Luis Suarez e Neymar, não conseguiu jogar devido ao esquema de jogo do time de Madrid. Casemiro ex-jogador do São Paulo foi um monstro. Sem dúvida nenhuma, merece uma oportunidade na seleção brasileira.

O Barça saiu na frente com um belo gol de cabeça de Pique, mas o Real empatou com um lindo gol de Benzema e no final, mesmo com um homem a menos, virou o jogo numa jogada sensacional de Cristiano Ronaldo em cima do nosso conhecido Daniel Alves, uma emoção.

Espero que o leitor compreenda o meu desânimo quando começou o jogo do São Paulo e vi na beirada do campo o argentino Bauza, “El Patón”.


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