Blog do Abilio Diniz

Arquivo : CBF

Vai voltar a alegria ao futebol brasileiro
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Abilio Diniz

Os brasileiros que, como eu, amam o futebol, precisam recuperar a autoestima e a alegria. Para que isso aconteça, necessitamos de vitórias e acho que, agora, temos chance que elas voltem.

Tite na Seleção Brasileira neste momento é, pelo menos, a volta da esperança. O momento exigia mudança e ela está aí.

Sempre é bom lembrar a frase de Einstein: “É insano fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. A continuidade de Dunga à frente da seleção seria um grande erro; nada mudaria porque ele não mudaria. E ele não mudaria porque para mudar é preciso se abrir para aprender, e isso para Dunga não é fácil, porque ele acredita que já sabe tudo.

Estávamos no caminho de não nos classificarmos pela primeira vez para uma Copa do Mundo. A chegada de Tite garante a classificação? Claro que não. É preciso trabalhar, e muito. É preciso também que ele e a Seleção contem com o apoio e o carinho de todos os brasileiros.

Acompanho o trabalho de Tite e gosto muito. Sem desmerecer ninguém, o considero o melhor técnico brasileiro na atualidade. Acredito que, com ele haverá também um comprometimento muito maior dos jogadores com a Seleção.

Tive ocasião de estar com ele logo após o desastre dos 7×1 e admirei sua postura, mesmo depois de ter se preparado longamente para estar pronto para assumir esse desafio e ser preterido por um técnico que já tinha tido sua oportunidade.

Mesmo assim Tite não esmoreceu. Seguiu em frente e realizou um trabalho espetacular no Corinthians. Quantos jogadores perdeu nestes dois últimos anos? Apesar disto não desanimou, foi em frente e reconstruiu.

Tite, boa sorte. Que Deus ilumine seu caminho e que você faça retornar a alegria de torcermos todos pela Seleção Brasileira.


Seleção e SPFC ameaçam paixão pelo futebol
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Abilio Diniz

O empate da seleção brasileira contra o Paraguai na terça-feira trouxe muita angústia, aflição, tristeza e preocupação. Se o Brasil não mudar urgentemente, a classificação para a Copa da Rússia ficará cada vez mais difícil. A esperança não é grande, e já sabemos que os cartolas da CBF não entendem de futebol.

Um dia depois do desastre da seleção, assisti ao empate do São Paulo com o Linense arrancado no último minuto dos acréscimos.

Será que a essa altura da vida vão conseguir fazer com que eu esmoreça a minha paixão pelo futebol? É constrangedor ver o SPFC de hoje. Não dá para comparar a qualidade dos jogadores do São Paulo e do Linense, mas o Linense tinha uma proposta clara de jogo, defensiva, tentando jogar no contra-ataque e aproveitando as inúmeras falhas da defesa tricolor.

E o São Paulo? Qual ê o esquema tático e qual é a proposta de jogo? Isso não existe, e não existe comando. Até quando vão dizer que estão fazendo uma reestruturação e que é preciso dar tempo para que funcione? Quanto tempo vão levar para descobrir as limitações do Bauza?  E os sábios do Morumbi ainda têm coragem de dizer que no meio do ano vão reforçar o elenco. Com que dinheiro? O clube não precisa de jogadores, precisa de competência, mas isso não existe no Morumbi.

Existem incompetentes, e eles são os únicos responsáveis por esse momento tão triste que o São Paulo está vivendo.


Poder e gestão no futebol
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Abilio Diniz

Dias atrás, recebi um telefonema do Aloizio Mercadante, hoje Ministro da Educação. Ele tem ajudado muito o esporte e foi um dos grandes responsáveis pela aprovação do Profut, a lei que finalmente impôs responsabilidades à gestão dos clubes de futebol em troca de refinanciamento de suas dívidas com o governo.

Agora Mercadante estuda a criação de um curso para ajudar a melhorar a gestão no futebol. A iniciativa é muito boa, e disse a ele que pode contar com o meu apoio e o de meu filho João Paulo.

Mas, apesar de muito boa, a iniciativa não vai resolver o grave problema do futebol no Brasil se não mudarmos a qualidade dos dirigentes.

É uma questão estrutural. A maior parte dos clubes tem seus estatutos elaborados para perpetuar seus dirigentes ou seu grupo no poder. Basta vermos o que está acontecendo com a CBF – o exemplo vem de cima. Todos viram a manobra feita pelo atual presidente para manter seu grupo no poder.

Nos clubes, acontece o mesmo. As pessoas se elegem e imediatamente assumem uma atitude ditatorial, ignorando o Conselho que os elegeu e, consequentemente, seus associados e torcedores.

Algumas vezes se troca seis por meia dúzia. Não adianta apenas bons gestores. Se a estrutura de poder não mudar, vamos avançar pouco, muito pouco.

O que precisamos é dar estímulos para que os clubes sejam como na Europa e nos EUA e se transformem em empresas, com gestão profissional e meritocrática.

Aí sim cursos para melhorar a gestão no futebol trarão os resultados que todos esperam e que o futebol brasileiro urgentemente precisa.


Basta!
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Abilio Diniz

O futebol brasileiro precisa mudar. É uma luta difícil, contra um poder absoluto que amarrou clubes e entidades num esquema apodrecido e corrupto.

A surra que tomamos dos alemães em nossa própria casa na Copa do Mundo deveria servir para detonar esse processo de mudança. Mas nada mudou por causa de uma estrutura fechada, inexpugnável.

Agora, o FBI está avançando contra a sujeira do futebol mundial e brasileiro, e a cúpula da CBF está na mira. Não podemos deixar passar mais essa oportunidade.

Por isso assino embaixo do manifesto que segue:

Brasil, dezembro de 2015

A Confederação Brasileira de Futebol vive a maior crise de sua história.

Seus últimos três presidentes são réus em investigação policial internacional por fraude na CBF e na FIFA. José Maria Marin está preso desde maio, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão indiciados pela Justiça dos EUA desde o dia 3 de dezembro.

Compreendemos que a sucessão determinada por um estatuto viciado, que foi arquitetado e aperfeiçoado para a manutenção do poder nas mãos dessa mesma linhagem, é ilegítima e imoral.

Exigimos a renúncia definitiva de Marco Polo Del Nero e sua diretoria, seguida da convocação de eleições livres e democráticas para o comando da CBF, sem a atual cláusula de barreira, mecanismo que impede a aparição de posições independentes ao sistema vigente, pois exige oito assinaturas de federações e mais cinco de clubes para candidaturas.

A crise de corrupção é a face mais vísivel de um profundo problema estrutural, que travou o desenvolvimento do futebol brasileiro em todas as suas dimensões.

Conclamamos a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal e a Receita Federal a não deixar impunes quem corrompeu ou quer continuar a corromper o futebol pentacampeão mundial.

Aos clubes e federações, pedimos que se paute e vote a alteração de pontos estatutários necessários para a democratização e desenvolvimento de nossa maior paixão, inexorável e sem volta.

De nossa parte, signatários deste manifesto, acreditamos que, caso as mudanças sejam iniciadas, os novos mandatários da CBF, juntamente com os muitos personagens capacitados e honrados da comunidade do futebol saberão criar as condições para a reconstrução da credibilidade, confiança e retomada do protagonismo esportivo do futebol brasileiro, de seus jogadores, da alegria do jogo e, principalmente, dos torcedores.    

Abílio Diniz   Empresário                       

Alberto Helena Jr.   Jornalista Esportivo                       

Alcides Scaglia Doutor em Pedagogia do Esporte                       

Alex Souza Ex-Jogador, Comentarista e Líder do Bom Senso FC                       

Amir Somoggi Consultor de Marketing                       

Ana Lorena Marche Pesquisadora do Futebol – Universidade do Futebol             

Ana Moser Ex-Atleta e Presidente da Atletas pelo Brasil                       

Anderson Jogador de Futsal                       

André Kfouri Jornalista Esportivo                       

André Veras Ex-Atleta e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Antero Greco Jornalista Esportivo                       

Antônio Carlos Almeida Braga – Braguinha Empresário                       

Antonio Prata Escritor e Colunista                       

Bernardinho Treinador de Vôlei e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Bernardo Borges Buarque de Hollanda Pesquisador e Sociólogo                       

Bob Fernandes Jornalista                       

Bruninho Jogador de Vôlei                       

Bruno Gagliasso Ator                       

Carlinhos Neves Preparador Físico                       

Carlos Alberto Vieira Empresário                       

Carlos Bonow Ator                       

Carlos Moreira Jr. Diretor Executivo do Twitter                       

Carlos Roberto Jamil Cury Pesquisador do CNPq                       

Celso Grellet Executivo de Marketing                       

Chico Buarque Compositor e Escritor                       

Claudio Manoel Humorista                       

Claudio Weber Abramo Ex-Diretor Executivo e atual Conselheiro Transparência Brasil                       

Dan Stulbach Ator e Apresentador                       

Daniel Bortoleto Jornalista                       

Daniela Castro Diretora Executiva da Atletas pelo Brasil                       

Dida Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Domingos Meirelles Jornalista e Presidente da Associação Brasileira de Imprensa                       

Dorival Jr. Treinador                       

Eduardo Conde Tega CEO da Universidade do Futebol                       

Eduardo Tironi Jornalista Esportivo                       

Enrico Ambrogini Diretor Executivo Bom Senso FC                       

Falcão Jogador de Futsal                       

Faustão Apresentador                       

Fernando A Fleury Professor e Consultor de Marketing Esportivo                       

Fernando Baptista Diretor Jurídico Bom Senso FC                       

Fernando Calazans Jornalista                       

Fernando Meligeni Ex-Tenista e Apresentador                       

Fernando Prass Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Gilberto Silva Ex-Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Gregorio Duvivier Humorista                       

Guilherme Gomes Jornalista                       

Hélio de la Peña Humorista                       

Helio Paulo Ferraz Ex-Presidente do Flamengo                       

Heloísa Reis Socióloga                       

Ivo Herzog Diretor do Instituto Vladimir Herzog                       

Jô Soares Apresentador, Escritor e Diretor                       

João Batista Freire Doutor em Pedagogia do Esporte                       

João Carlos Assumpção Jornalista Esportivo                       

João Palomino Jornalista Esportivo                       

João Paulo Diniz Empresário                       

João Paulo Medina Presidente da Universidade do Futebol                       

José Luis Portella Coordenador do Estatuto do Torcedor e Colunista Lance!         

José Padilha Cineasta                       

José Paulo Cavalcanti Advogado                       

José Roberto Torero Cineasta                       

José Trajano Jornalista Esportivo                       

Juan Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Juan Pablo Sorín Ex-Jogador e Comentarista                       

Juca Kfouri Jornalista                       

Julio Zaguini Diretor do Google Brasil                       

Kelly Santos Ex-Atleta e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Larissa Galatti Pesquisadora em Esporte                       

Leo Pasquali Ex-Atleta e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Leonardo Sakamoto Jornalista

Lino Castellani      Doutor em Educação

Luciano Huck Apresentador                       

Lucio Flávio Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Luis Fernando Verissimo Escritor                       

Luiz Antônio Almeida Braga Empresário                       

Luiz Fernando Gomes Editor chefe do Lance!                       

Magic Paula Ex-Atleta e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Marcelo Lomba Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Marcelo Tas Apresentador                       

Marcos Joaquim Advogado                       

Mariliz Pereira Jorge Colunista                       

Matinas Suzuki Jornalista                       

Mauricio Ex-Atleta e Membro da Atletas pelo Brasil                       

Mauro Beting Jornalista Esportivo                       

Mauro Cezar Pereira Jornalista Esportivo                    

Nelson Aerts Ex-Atleta e Diretor da Atletas pelo Brasil                       

Oscar Magrini Ator                       

Patricia Medrado Ex-Atleta e Diretor da Atletas pelo Brasil                       

Paulo André Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Paulo Autuori Treinador                       

Paulo Calçade Jornalista Esportivo                       

Pedro Daniel Profissional de Gestão Esportiva                       

Pelé                        

Priscila Ulbrich Marketing e Comunicação                       

PVC Jornalista Esportivo                       

Raí Ex-Jogador e Diretor da Atletas pelo Brasil                       

Renê Simões Treinador                       

Ricardo Berna Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Ricardo Borges Martins Diretor Executivo Bom Senso FC               

Ricardo Gomes  Treinador Botafogo         

Roberto Assaf Jornalista                       

Roberto Braga Pedagogo do Esporte – Universidade do Futebol                       

Roberto Volpato Jogador e Líder do Bom Senso FC                       

Rodolfo Mohr Diretor de Comunicação Bom Senso FC                       

Rodrigo Caetano Executivo de Futebol             

Rogério Ceni Ex-jogador          

Roque Junior Treinador                       

Serginho (Escadinha) Jogador de Vôlei                       

Silvio Meira Pesquisador                       

Thiago Lacerda Ator                       

Tiago Spliter Jogador Basquete                       

Tite Treinador                       

Toni Platão Músico                       

Tostão Colunista e Ex-Jogador                       

Ugo Giorgetti Cineasta                       

Vagner Mancini Treinador                       

Vinicius Jogador de Futsal                       

Vladir Lemos Jornalista Esportivo                       

Wagner Moura Ator                       

Waldomiro Ferreira Neto Editor de produção e Colunista do Lance!                  

Walter de Mattos Junior Fundador e editor do Lance!              

Walter Salles Cineasta         

Washington Olivetto Publicitário                       

Zé Mario Presidente da FBTF                       

Zico Ex-Jogador e Treinador                       

Zuza Homem de Mello Musicólogo e Jornalista


Na marca do pênalti
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Abilio Diniz

A ação fulminante da polícia americana contra a corrupção no futebol mundial criou uma oportunidade única de mudar o futebol brasileiro. Precisamos aproveitar essa chance, por mais difícil que seja a batalha.

 

Foi com esse senso de oportunidade que muitos amigos me procuraram para encabeçar uma chapa para concorrer à vaga aberta de vice-presidente da CBF e, a partir daí, chegar à presidência e promover, rapidamente, as mudanças nos estatutos e na governança que tornariam as reformas possíveis.

 

Fiquei honrado pelo apoio de pessoas e entidades tão relevantes, mas, além dos meus compromissos com as empresas onde atuo, não houve tempo hábil para seguir.

 

Continuo disposto a ajudar o nosso futebol a se livrar dessa prisão e torná-lo novamente uma fonte de alegria ao povo brasileiro. Só vamos conseguir isso com mudanças profundas na CBF e também na mentalidade dos dirigentes das federações e dos clubes.

 

Nossa luta continua.

 


Seleção brasileira? Nem no Pan!
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Abilio Diniz

Incrível: estamos  fora da disputa pelo ouro no futebol Pan-Americano.

O Brasil perdeu por 2×1 para o Uruguai, apesar de ter jogado com um homem a mais desde os 10 minutos do primeiro tempo, quando o jogador uruguaio foi expulso.

O Brasil dominou o jogo o tempo todo, mas foi incapaz de criar e de vencer a retranca uruguaia.

Por sorte, aos trinta minutos do segundo tempo, a seleção brasileira conseguiu seu gol através de um pênalti mal batido, defendido pelo goleiro e marcado graças a um rebote.

Porém, mesmo com 10, o Uruguai foi para cima e, em duas falhas da defesa brasileira, conseguiu virar o jogo e se classificar para a final.

É triste, lamentável, mas o problema é bem maior do que isto.

E o time principal? O que vamos fazer nas eliminatórias para a Copa da Rússia, que logo começarão? O que acontecerá?

Pela primeira vez na história, aceitaremos ficar fora de um campeonato mundial?  

O que realmente me preocupa é a postura dos responsáveis pela seleção brasileira e da própria CBF.

É estarrecedor ler a recente entrevista de Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, dizendo que estamos no caminho certo, que tudo está bem e que vamos nos sair bem nas eliminatórias. O que aconteceu com você, Gilmar?  

Precisamos de mudanças e urgentes.

Uma ideia seria pedir a Zico que abandone a ideia de se candidatar à presidência da FIFA e se lançar a presidente da CBF numa campanha por aclamação nacional.

Se isto acontecer poderemos fazer uma grande campanha, um grande movimento nacional, pedindo ao Senhor Marco Polo que, em nome da alegria dos brasileiros e pela volta da dignidade do nosso futebol, renuncie ao seu cargo.

Uma campanha “Renuncia Marco Polo e leva consigo o Gilmar e o Dunga”.


Pobre futebol brasileiro
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Abilio Diniz

Já me manifestei sobre a seleção logo após perdermos do Paraguai.

Não lamentei nossa saída da Copa América. Lamentei, sim, o mau futebol que estamos jogando, medíocre, covarde e completamente sem inspiração, criatividade e alegria.

Lamentei, sim, a má escolha dos convocados e falei claramente da minha preocupação com as eliminatórias. Será que pela primeira vez vamos ter que assistir a um campeonato mundial sem participarmos dele?

Volto agora ao mesmo tema.

Nestes dias me deparo com declarações do Dunga, do Gilmar e do atual presidente da CBF, senhor Del Nero, dizendo que o desempenho da seleção na Copa América, afinal, não foi tão ruim. Que foi um aprendizado para nossos jogadores,  que o grupo não estava completo, que a Europa estava em fim de temporada e uma série de desculpas costumeiras e usadas pelos fracos e perdedores.

Não posso entender o que se passa. Não sei se o senhor Del Nero já jogou bola alguma vez na vida e se ele entende ou não de futebol, mas o que acontece com Dunga e Gilmar, ambos ex grande jogadores?

Será que vimos jogos diferentes, será que eu não entendo nada de futebol?

Mas o que podemos falar de toda a mídia esportiva brasileira, que em menor ou maior tom criticou também, e muito, a péssima atuação da seleção brasileira?

Agora vejo estes senhores anunciarem que vão convocar muitos técnicos brasileiros para ouvi-los e discutir com eles o que se pode fazer pela seleção brasileira.  Que absurdo! Que coisa ridícula.

Se querem ajuda por que não pediram antes? Porque a arrogância e a prepotência não lhes permite.

O que estão buscando agora? Indulgências? Perdão para seus pecados ou simplesmente procurar dividir os possíveis novos fracassos?

Meus caros leitores, não tenho mais paciência para a mediocridade e falta de competência. Eu espero mudanças e vou lutar por elas.

Precisamos de mudanças no comando do futebol brasileiro, na comissão técnica, nos regulamentos, campeonato brasileiro, na direção dos clubes, enfim, espero por mudanças no futebol brasileiro para alegria do nosso povo que canta, vibra e chora com a nossa seleção.


Triste futebol brasileiro
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Abilio Diniz

Não lamento a saída da Copa América, esse é o menor dos males. Lamento, sim, o futebol que estamos jogando, covarde e sem ousadia.

Lamento ver que nossos adversários correm mais do que nós e ganham todas as divididas. Mas, acima de tudo, lamento as declarações de Dunga após a derrota, dizendo que precisamos repensar o futebol brasileiro.

Claro que isto é evidente para todos nós, mas será que é só a cabeça dos jogadores que precisa mudar? Será só isso?

Dunga precisa esquecer que estes caras que dirigem a CBF foram responsáveis para que ele voltasse à seleção e começar a apoiar aqueles que querem as verdadeiras mudanças.

É preciso reestruturar o futebol brasileiro e, para isso, temos que ter verdadeiros gestores no seu comando. Competentes, honestos e comprometidos com as mudanças.

O momento é agora. A Medida Provisória de Responsabilidade Fiscal começa a ser aprovada no Congresso, os primeiros passos concretos começam a ser dados.

Vamos todos caminhar nesta direção, vamos aumentar o número de vozes e a sua altura.

O futebol é do povo, é da nação e a nação brasileira merece muito mais do que temos.

É preciso ordem, capacidade, honestidade e comprometimento com a causa, para que a alegria e o orgulho possam voltar ao futebol brasileiro.


Mensagem ao Menon
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Abilio Diniz

Menon, acompanho sempre o seu blog e os seus comentários. Acho eles sempre inteligentes, e muitas vezes concordo com o que você escreve. Seu post do domingo, dizendo ser difícil torcer pela seleção brasileira porque, de alguma forma, é torcer também pela CBF, me fez pensar. Pelo amor que tenho pelo Brasil, me sinto condenado a torcer sempre pela nossa seleção, mas devo dizer que eu entendo e compartilho do que você falou.

A seleção acaba nos remetendo sempre à CBF e às articulações de seus dirigentes. E à hipocrisia das pessoas que falam bem da seleção porque tem interesses ligados à CBF.

Como sair dessa armadilha?

Acho que pessoas como você, eu e tantos outros que pensam como nós temos que continuar lutando para mudar a CBF e mudar a classe dirigente do futebol brasileiro.

Os caminhos já estão sendo construídos, e precisam ser apoiados. Um movimento no qual acredito muito é o dos jogadores do Bom Senso, que está procurando fazer coisas diferentes.

Nessa hora de virada, é preciso pensar fora da caixa, como, por exemplo, a criação de uma liga de futebol nos moldes da Alemanha e da Inglaterra.

Tudo isso tem que ser pensado e repensado por gente, como nós, que não se acomoda com essa situação lamentável e quer mudanças.

Este é o momento. O Congresso está discutindo a Medida Provisória enviada pelo Executivo que pune a má gestão e recompensa a boa gestão.

Pela primeira vez, Executivo e Legislativo, ou pelo menos uma parte do Legislativo, estão de fato engajados em melhorar o nosso futebol.

Vamos fazer com que as coisas realmente aconteçam para que o futebol brasileiro finalmente se modernize.

O futebol é viável como empresa, é viável como liga. O que precisamos são dirigentes dedicados, preparados e de boa-fé.

Continue assim. Continue falando. Eu seguirei falando aqui também. Mas vou sempre torcer pela seleção brasileira.


A nossa parte no escândalo da FIFA
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Abilio Diniz

As investigações das autoridades americanas contra os principais dirigentes do futebol mundial me dão a esperança de que, finalmente, poderemos ver o início de uma nova era nesse esporte tão amado e também tão maltratado no Brasil e no mundo. Foi a maior vitória do futebol mundial dos últimos tempos, e aconteceu fora dos gramados.

Há muito tempo sabemos que essa casta há décadas encrustada na FIFA e em outras importantes entidades do futebol usa o esporte somente para benefício próprio, passando por cima de tudo que apareça, inclusive das leis.

A renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a prisão de outros dirigentes, inclusive um ex-presidente da CBF, deve ser o pontapé inicial para devolver o futebol ao povo, que é o seu único dono.

Mas, apesar da comemoração da torcida, o jogo não está ganho. É preciso lembrar que na semana passada, poucos dias depois da prisão dos dirigentes num hotel em Zurique, a FIFA reelegeu com relativa folga Blatter e sua turma para um novo mandato à frente da organização até 2019! Foi um constrangimento e uma ofensa em nível planetário, que a renúncia atenua um pouco. Esses mesmos dirigentes agora terão de eleger um novo presidente.

O que fazer? Como garantir que a maior conquista do futebol mundial em décadas, ocorrida, sintomaticamente fora dos campos, se transforme de fato em um caminho para o avanço do esporte mais amado do mundo? Torcer só não basta.

Aqui no Brasil já temos uma iniciativa muito importante pela melhoria do futebol: a Medida Provisória em tramitação no Congresso que estabelece que os clubes terão de aperfeiçoar sua gestão para refinanciar suas dívidas milionárias com a União.

A CBF, cujo vice-presidente hoje aguarda numa prisão suíça a extradição para os EUA, as federações estaduais e dirigentes de futebol em geral já fazem grande pressão no Congresso brasileiro contra as mudanças propostas. Esse mesmo Congresso, diante do escândalo mundial, acaba de aprovar a criação de uma CPI para investigar tanto a FIFA quanto a CBF.

Há uma ligação clara entre os desmandos no futebol mundial e os desmandos na gestão dos clubes brasileiros. O combate numa frente ajuda no combate na outra frente. Que a CPI ajude na aprovação da MP.

O Poder Executivo fez a sua parte. Agora a bola está no Congresso Nacional. O futuro do futebol brasileiro está nas mãos de nossos deputados e senadores. Que eles defendam o povo brasileiro que tanto ama o futebol e aprovem a MP que pode mudar a história do futebol brasileiro. Assim vamos fazer a nossa parte para começar a limpeza e a reestruturação do nosso futebol.

Isso o FBI não fará por nós. Quem tem que mudar esse estado lamentável do futebol brasileiro somos nós mesmos.