Blog do Abilio Diniz

Arquivo : fevereiro 2016

São Paulo joga mal de novo e perde para a Ponte Preta
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Abilio Diniz

Não é de hoje que o São Paulo vem jogando mal. Neste sábado, o time do Morumbi novamente não fez uma boa partida contra a Ponte Preta e saiu derrotado de Campinas.

As duas últimas vitórias do São Paulo, contra Rio Claro e Novorizontino, também vieram com más atuações. Os resultados positivos foram frutos mais da falta de qualidade dos adversários do que por méritos do time de Bauza.

Alías, Bauza já treina o São Paulo faz dois meses e ainda não conseguiu dar um padrão de jogo ao time.

O São Paulo não tem nenhuma jogada ensaiada, não ataca e nem defende de forma compacta. É lento e sem criatividade. Joga mais na base do chutão da bola parada e do chuveirinho na área.

Convenhamos, é muito pouco para uma equipe que deveria ambicionar conquistas nesta temporada.

A missão se torna ainda mais difícil porque daqui dez dias o São Paulo joga seu futuro na Libertadores contra o River Plate, na Argentina.

A terrível derrota para o The Strongest no Pacaembu obriga o São Paulo a buscar pontos fora de casa se quiser passar à próxima fase da competição.

Do jeito que está, a tarefa será complicada. É preciso melhorar muito até lá.


Só valeu pelos três pontos
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Abilio Diniz

A vitória desta quarta-feira por 2 x 0 contra o Novorizontino serviu apenas para o São Paulo somar os três pontos na tabela de classificação.

Faltou brilho e bom futebol para os jogadores que não vinham atuando regularmente.

Entendo que nessas partidas é preciso que os jogadores considerados reservas aproveitem a oportunidade de apresentar um bom desempenho para colocar um ponto de interrogação na cabeça do treinador. Não foi isso que se viu no Pacaembu.

O futebol apresentado foi o mesmo do time principal. Nada de jogadas trabalhadas, pouca qualidade e muitos passes errados.

Nem mesmo a entrada de alguns titulares no segundo tempo serviu para mudar o panorama do jogo.

O São Paulo venceu porque, mesmo jogando mal, conseguiu ser superior a um limitado time do Novorizontino.

Três pontos na tabela, mas muito trabalho pela frente.


Com atuação sofrível, São Paulo vence
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Abilio Diniz

O São Paulo venceu o Rio Claro pelo Campeonato Paulista por 1 x 0 neste domingo, no Pacaembu, com um futebol muito pobre.

É verdade que o time estava intranquilo pelas duas derrotas seguidas e também pelo ambiente horroroso causado pela cartolagem. Mas não é apenas isso; a equipe não tem um esquema tático definido, não cria e nitidamente não tem jogadas ensaiadas.

O meio-campo, formado por Hudson e Thiago Mendes, não avança, não chega no ataque e não tem criatividade alguma.

O time do Rio Claro veio para não tomar gols, esperar por um erro do adversário e fazer o seu. Quase conseguiu em uma única jogada, num chute de fora da área em que a bola passou rente à trave de Dênis, mas felizmente para o São Paulo, pelo lado de fora.

Não dá também para entender a teimosia de Bauza em manter Centurion no time. O argentino está em péssima fase, totalmente inseguro, e, consequentemente, com péssimas atuações.

O São Paulo está em um momento muito ruim. O que está acontecendo no futebol sem dúvida é consequência da má administração.

É preciso mudar. Sem mudanças é possível que o ano de 2016 seja pior que 2015 e com consequências muito graves, principalmente no futebol.


São Paulo joga muito mal e se complica na Libertadores
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Abilio Diniz

O São Paulo parece andar para trás. Depois de alguns jogos até interessantes no início do ano, o time sofreu muito quando encontrou times bem montados defensivamente e saiu derrotado nas duas partidas em que precisou mostrar alternativas: Corinthians e The Strongest.

O desempenho do time no jogo desta quarta-feira foi muito abaixo do que podia se esperar. O São Paulo não funcionou individualmente nem coletivamente.

Faltou qualidade para os atletas que teriam que chamar a responsabilidade e faltou um modelo de jogo diferente para ser utilizado quando, desde o primeiro tempo, se notou que as coisas não estavam caminhando bem.

O segundo tempo foi pior ainda. Além de não conseguir criar jogadas, o time claramente sentiu a pressão por um resultado. Depois do gol boliviano, essa pressão aumentou ainda mais, e a equipe se desmantelou de vez.

Ganso, Michel Bastos, jogadores mais experientes e de qualidade, pouco fizeram. Os mais novos de grupo e de idade também desapontaram.

Depois de tanto esforço que o time fez para se classificar ano passado para a Libertadores, ver as coisas iniciarem dessa maneira é desanimador.

Em Libertadores, perder na estreia da fase de grupos, dentro de casa e para um time medíocre pode ser perigoso. O time terá que recuperar esses pontos vencendo uma partida fora do Brasil. Lembrando ainda que, contra o mesmo Strongest, terá que enfrentar também a altitude.

O técnico Bauza precisa mostrar seu trabalho. O torcedor espera ver um time que saiba sair de retrancas e que mostre variações dentro de uma mesma partida quando necessário.

É preciso também observar os resultados dos investimentos e do planejamento do futebol para esta temporada.

Foi um mau começo.


São Paulo perde de novo no Itaquerão
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Abilio Diniz

Quando escrevi meu comentário após o jogo do São Paulo na última quarta-feira pela Libertadores, disse que o primeiro verdadeiro teste de Bauza seria neste domingo, contra o Corinthians de Tite.

Após ver a maneira como o São Paulo jogou contra o fraquíssimo time peruano e conhecendo bem o técnico Corinthiano, concluí que até poderia ter escrito este texto antes do jogo deste domingo.

Na partida contra o Cesar Vallejo, o São Paulo mostrou claramente que não sabe atuar contra times que jogam fechado, que se trancam na defesa e jogam por uma bola.

Era claro que no jogo contra o São Paulo, após ter seu time desmantelado e sem seus dois principais jogadores, Tite não ia colocar seu time no ataque, coisa que dificilmente ele faz.

Não deu outra. O técnico do Corinthians fechou seu time na defesa e jogou no erro do adversário. E os erros vieram.

Acho que não se deve pôr a culpa pela derrota apenas no Lucão. O garoto faz o que pode e realmente não tem levado sorte. Mas atribuir a ele a derrota é querer ignorar a verdade.

Nos primeiros jogos cheguei a elogiar o trabalho do novo técnico são-paulino. Ele estava conseguindo motivar os jogadores e compactar o time. Os volantes se revezavam e chegavam bem no ataque. O São Paulo teve boas atuações, mas contra adversários fracos e que deixaram jogar. Foi assim inclusive contra o Cesar Vallejo no Peru, mas aqui no Pacaembu a coisa mudou e o time teve dificuldades enormes.

É preciso esperar para se ter uma avaliação melhor. Acho que o São Paulo não precisa de reforços, porque já contratou muitos jogadores. Agora é privilegiar a base e dar apoio e segurança ao time.

Quarta-feira tem Libertadores e aqui no Pacaembu há o perigo de mais retranca. É preciso que Bauza arme o time para encarar esse tipo de jogo. Claro que nessas ocasiões a paciência é fundamental, mas é preciso mais do que isso. É preciso que se treine jogadas ensaiadas e que todo o time saiba antecipadamente o que se tem que fazer.

É bom também lembrar que este será o jogo de ida contra o The Strongest. A volta será na altitude de La Paz e lá as coisas se complicam.


Transparência e participação podem mudar o jogo
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Abilio Diniz

Nunca participei da administração do São Paulo nem de nenhum outro clube de futebol. No ano passado, em virtude das graves dificuldades do clube, procurei, por meio dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, ajudar a superar aquele momento crítico. Tivemos sucesso em mudar a presidência e a diretoria do SPFC. Mas, na minha opinião, o principal não foi atingido, que era colocar o São Paulo num caminho que o tornasse referência nacional e talvez mundial em gestão esportiva.

Na minha atuação junto aos Conselhos, tenho pregado mais transparência e participação desses órgãos na gestão do SPFC. Na minha visão, os sócios e os torcedores do São Paulo são seus verdadeiros donos, representados pelos conselheiros do clube, e as principais decisões devem ser tomadas por esses representantes, com clareza e transparência, para que todos saibam o que se passa e participem.

No sentido de colaborar com o SPFC, estou arcando com os custos de duas das mais importantes consultorias do mundo, a PricewaterhouseCoopers (PwC) e a McKinsey. Elas estão fazendo um trabalho de auditoria e consultoria na parte financeira e no futebol, elaborando sugestões visando a modernidade e a busca de mais eficiência. As consultorias estão avançando nas auditorias que revelarão a verdadeira situação do clube, mas elas não conseguem informação nem espaço para trabalhar no futebol. Parece não haver interesse dos atuais dirigentes na abertura para coisas novas e na transparência.

Depois de tantas derrotas, dentro e fora do campo, o futebol brasileiro está passando por um momento importante que pode redefinir seus rumos.

Uma investigação internacional está finalmente prendendo e apertando o cerco contra dirigentes do futebol brasileiro e internacional, que por décadas exploraram o esporte para benefício próprio.  A nova legislação do futebol brasileiro obriga os clubes a serem mais responsáveis e transparentes na administração. Já na parte da receita dos clubes, uma nova disputa pelos direitos de transmissão dos campeonatos envolve enorme quantidade de dinheiro e obriga os clubes a fazerem planejamento de mais longo prazo.

Nesse contexto de renovação e purificação do futebol, e com toda a minha experiência de gestor, entendo que decisões importantes como a dos direitos de transmissão devam ser tomadas não apenas por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, mas pelo colegiado representativo dos verdadeiros donos do clube, seu Conselho Deliberativo, até porque o que for decidido agora valerá para depois do mandato dos atuais dirigentes são-paulinos.

Os donos do SPFC têm que participar através do Conselho para que haja legitimidade nas decisões da diretoria. Transparência e participação são o nome do jogo.

Considero importante a participação do Conselho mesmo nas contratações e vendas de jogadores, normalmente tão polêmicas. Marcelo Pupo Barboza, presidente do Conselho Deliberativo, está procurando fazer o que pode, nomeando comitês. O problema é que esse trabalho é feito a posteriori, tendo efeitos mais de autópsia do que de prevenção.

Sei que muitos conselheiros defendem que o SPFC deva ser administrado pela paixão e pelo coração. Respeito e concordo. Só que essa força emotiva tem que ser colocada em benefício do São Paulo como um todo, e não administrada apenas por um pequeno grupo no poder.


Vaga garantida, sofrimento desnecessário
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Abilio Diniz

A missão foi cumprida. A vaga para a fase de grupos da Libertadores foi conquistada com uma vitória magra por 1 x 0 em cima do Cesar Vallejo.

O São Paulo fez um primeiro tempo muito ruim. O time peruano é limitado, mas Bauza não soube sair da retranca. O meio do campo esteve preso, avançando muito pouco, com Ganso bastante marcado.

O resumo da primeira etapa foi um São Paulo muito afobado e sem esquema. O empate sem gols favorecia o Tricolor, mas era um placar muito perigoso.

No segundo tempo as coisas não melhoraram muito. Apesar de atacar um pouco mais, o São Paulo continuou sem jogar uma boa partida.

Bauza foi mal ao substituir Ganso, mas deu sorte e Rogério marcou o gol da vitória no final do jogo. Sofrimento desnecessário.

O primeiro e verdadeiro teste de Edgardo Bauza será no domingo no jogo contra o Corinthians.

Dou muita importância ao trabalho dos técnicos e enfrentar o Tite, o melhor treinador brasileiro em atividade, será um bom termômetro para saber em que estágio o São Paulo está.

Estou bastante curioso para saber qual será a estratégia do técnico Tricolor.


Goleada mostra bom momento do SPFC: vale a pena torcer
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Abilio Diniz

Pela segunda rodada do paulistão, o São Paulo fez hoje um jogo com pontos altos e baixos. Gostei de algumas coisas outras nem tanto.

Por um lado, gostei muito da garra, da vontade de jogar e vencer, do oportunismo do Calleri e da velocidade do jogo.  Por outro, não gostei quando a velocidade se confundiu com correria e de quando o time se expos aos contra-ataques do adversário.

Até o gol, as duas melhores oportunidades de marcar tinham sido do Água Santa. A proposta de Edgardo Bauza é que o SPFC tenha uma defesa sólida, muito forte e que dê muita segurança ao time. Gostei muito do Hudson: grande partida. A faixa de capitão parece que lhe deu mais força. Defendeu e chegou no ataque com qualidade. É evidente que com a entrada de Michel Bastos, Ganso e Thiago Mendes tudo ficou mais simples e o segundo gol foi consequência.

Calleri faz seu terceiro gol em duas partidas. Novamente, na área, o argentino mostrou que é mortal. Aos 33 minutos, Thiago Mendes, bem no seu estilo, chegando bem na entrada da área, pegou um rebote e soltou uma bomba para marcar o terceiro.

Boa surpresa o nosso lateral Mateus Caramelo. Jogou muito bem. Quem sabe isso traz juízo aos Cartolas e eles desistam de gastar mais dinheiro buscando jogadores que realmente não precisamos.

Para terminar, belo chute e belo gol de Michel Bastos fechando o placar. Belo trabalho de Bauza, que está trazendo personalidade e confiança ao time.

Vale a pena torcer. O time vive um bom momento.


São Paulo joga bem, mas perde chance de começar Libertadores com vitória
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Abilio Diniz

O São Paulo apenas empatou por 1 x 1 com o Cesar Vallejo e perdeu a oportunidade de encaminhar já nesta quarta-feira sua classificação para a fase de grupos da Libertadores.

Aliás, a vaga para esta fase foi dura e brilhantemente conseguida num ano muito difícil para o clube, fruto dos desmandos de sua cartolagem.

O time até que não jogou mal. O time peruano é muito fraco e o São Paulo, apesar de ter tido muito mais volume de jogo, não soube chegar à vitória.

Durante todo o jogo, o Tricolor perdeu uma quantidade incrível de gols. Pelas oportunidades e por ter feito um segundo tempo muito bom, merecia ter vencido.

Houve também um gol são-paulino legítimo mal anulado, além do fato de o gol dos peruanos ter sido fruto de um chute brilhante do atacante e não de erro da defesa.

Bauza está fazendo um trabalho sério e competente. Seu esquema de jogo deixa o time compacto, além de estar conseguindo tirar o melhor de seus jogadores. Começa muito bem.

Mesmo podendo ter resolvido a classificação já neste jogo, não tenho dúvida que o São Paulo vai conseguir a vaga na próxima semana no Pacaembu. Entendo que por esse lado os torcedores podem ficar tranquilos.

Eu continuo preocupado é com a cartolagem. O São Paulo merece muito mais. A dupla Ataíde e Gustavo Oliveira entende pouco de futebol e nada de liderança e gestão. E o Leco, depois que assumiu a presidência, se transformou em outra pessoa. A cadeira lhe fez muito mal.

Neste ano não há nada a fazer. Toda a esperança de que o São Paulo poderia voltar a se tornar referência no futebol nacional e até mundial vai ter que esperar.

Os são-paulinos têm que torcer para que Bauza e seus comandados tenham serenidade para trabalhar e compensar as falhas extracampo.


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