Blog do Abilio Diniz

Arquivo : SPFC

São Paulo segue vivo na Libertadores
Comentários Comente

Abilio Diniz

Sob pressão, o São Paulo enfrentou o Danúbio com um elenco tenso e sem confiança, mas que lutou até o fim e mereceu a vitória.

É inacreditável. Quando a fase é ruim, tudo acontece. Rogério Ceni tomou um gol incrível. Está certo que o vento atrapalhou, mas um goleiro da sua categoria não pode tomar uma bola destas. Se o jogo já estava tenso, a situação ficou mais complicada depois do gol do Danúbio.

Milton Cruz está tentando fazer algo diferente  para sair da mesmice. Fez um meio campo forte e colocou apenas Pato de atacante, até porque não tinha opções. Luiz Fabiano que entrou no segundo tempo está completamente sem condições físicas e sem ritmo de jogo. Além dele só Centurión, que entrando no final, acabou fazendo o gol da vitória.

Mas, neste momento, o problema do SPFC não é o técnico e nem o esquema tático. O verdadeiro problema é que o elenco é fraco e desbalanceado. Faltam jogadores para o ataque. Além disso, as pressões que o elenco tem sofrido e a má fase deixam o time completamente sem confiança.

O resultado não poderia ser outro: passes errados e chutões para todo o lado, sem consciência, na tentativa de se livrar da bola e da responsabilidade.

Levando em consideração tudo isso, foi um grande resultado. Aos trancos e barrancos, o São Paulo continua na Libertadores e é semi finalista do campeonato paulista. O time vem de três vitórias consecutivas. Isso pode dar confiança e fazer com que os jogadores se acalmem. Se acontecer, pode ser que os são-paulinos venham a ter mais alegria.


São Paulo sob nova direção
Comentários Comente

Abilio Diniz

Nova vitória do São Paulo por 3 a 0. Novamente, bom trabalho de Milton Cruz, que está conseguindo fazer com que os jogadores corram e lutem mais. Até aqui, já é um bom começo. Fazer com que joguem bem é outra conversa.

A ideia que o SPFC tem um time maravilhoso é errada e é coisa de cartola que pouco entende de futebol. O elenco é limitado e é preciso muita competência para se criar um conjunto de qualidade. O Milton está tentando e, embora fique dizendo que não quer ser técnico,  precisa do apoio da torcida e de dirigentes. Neste momento ele é a salvação da lavoura.

Ontem contra o Red Bull Brasil, jogou um primeiro tempo fraquíssimo. A defesa voltou a apresentar o show de horrores costumeiro. Felizmente para o São Paulo, a qualidade dos atacantes adversários também era muito fraca e, mais uma vez, o velho Rogério Ceni fez a diferença. Primeiro com duas grandes defesas e depois fazendo o gol que abriria a porta para a vitória.

No segundo tempo as coisas mudaram. Milton conseguiu fazer com que Ganso finalmente se decidisse jogar adiantado, próximo de Pato. Com isso, deu o passe para o segundo gol e fez, ele mesmo, o terceiro.

Agora vem o jogo mais importante de todos, contra o Danúbio lá no Uruguai. Acredito no trabalho do Milton , ele sabe que não é importante o número de atacantes, volantes ou homens de defesa. O importante é que o time seja compacto, ataque e defenda em bloco. Que todos defendam e sejam capazes de chegar na área e fazer gol. Que sejam capazes de jogar pelas laterais e consigam chegar à linha de fundo para cruzar.

Acredito que este São Paulo vai dar mais atenção ao aspecto tático, vai ensaiar jogadas e vai tentar ser menos previsível. Os  são-paulinos devem torcer e ter esperança de momentos melhores. Que venham os uruguaios.


Bom começo
Comentários Comente

Abilio Diniz

Apesar de não ter feito um grande jogo, o São Paulo mudou. E mudou para melhor. Faltou um pouco de qualidade, mas não faltou vontade. Sob o comando de Milton Cruz, o time renasceu. Correu e vibrou como não fazia há tempos. Marcou firme e agrediu bem mais.

É verdade que o time da Portuguesa é muito fraco, mas o São Paulo fez sua parte. Ainda falta muito, é preciso jogar mais pelas laterais e chegar mais vezes à linha de fundo. Mas, pelo menos, deu para ver que havia orientação para isso.

Acredito no trabalho do Milton Cruz. Ele conhece muito bem o elenco, é respeitado pelos jogadores e sempre deu muita atenção ao lado tático para armar o time nas vezes que foi chamado.

Mesmo que seja só um interino, precisa ser apoiado pelos dirigentes e pelos torcedores. O São Paulo terá agora jogos decisivos. É importante que jogadores e comissão técnica estejam tranquilos.

Se isto acontecer, é possível que os são-paulinos ainda venham a ter muitas alegrias a curto prazo.


O melhor possível
Comentários Comente

Abilio Diniz

O São Paulo e Muricy Ramalho chegaram, esta tarde, a um entendimento para a saída do treinador. Foi o melhor que poderia acontecer para o São Paulo e para Muricy neste momento. As coisas vinham dando errado há muito tempo: o São Paulo perdia jogos importantes e agora começou a perder até os irrelevantes.

Muricy é um homem sério, honesto, de caráter e um grande treinador. Em 2013, evitou o rebaixamento do São Paulo e, em 2014, levou o time ao vice-campeonato brasileiro. Enfim, merece o maior respeito por parte dos torcedores são-paulinos e também de seus dirigentes. Do jeito que as coisas estavam parecia muito difícil reverter o clima de desânimo que se abateu nos jogadores. Quando é assim, é preciso mudar.

Parabéns aos dirigentes do São Paulo, principalmente, ao vice-presidente de futebol, Ataíde Guerreiro, que, agindo rápido, encontrou uma maneira de fazer esse afastamento sem traumas e com a consideração que todos merecem.

Esperamos que Muricy cuide de sua saúde e que continue contribuindo para o desenvolvimento do futebol brasileiro. O São Paulo também numa decisão rápida já determinou que Milton Cruz dirigirá o time nos próximos jogos. Decisão correta, pois Milton está acostumado a isso; já foi técnico interino inúmeras vezes e não vai tremer nesta nova situação.

Agora é preciso serenidade e muito trabalho, porque, fora o próximo jogo de quarta-feira contra a Portuguesa, que não vale nada, o São Paulo terá dois jogos dificílimos pela frente, contra o RB Brasil pelo campeonato paulista e no dia 15 de abril contra o Danúbio no Uruguai, onde praticamente definirá a sua permanência na Libertadores.

Acredito que o Milton saberá motivar os jogadores e encontrará um esquema tático que possa restabelecer a confiança do time, trazendo para os jogadores e a comissão técnica a determinação que precisam para vencer esses duros obstáculos.


SPFC precisa se transformar para seguir adiante
Comentários Comente

Abilio Diniz

Mais uma triste derrota do São Paulo e agora, num jogo que vale: jogo da Libertadores. Novamente um pouco mais do mesmo.

Muricy até que armou o time com uma proposta de jogo correta para um jogo como este. Fechar o meio campo, travar o jogo e sair no contra ataque. Mas errou ao colocar Paulo Henrique Ganso num jogo onde velocidade e determinação eram fundamentais.

Este erro, somado aos de sempre cometidos pela equipe, custaram a derrota, deixando o SPFC em uma situação difícil na competição.

A falta de qualidade de alguns, a falta de garra de outros, a lentidão de todo o time, a falta de criatividade e profundidade para chegar ao ataque, enfim, tudo aquilo que nos acostumamos a ver neste São Paulo fez com que a defesa adversária não fosse incomodada praticamente o jogo todo.

Realmente, muito triste a atual situação do SPFC, que, pelo menos, ainda só depende de si para se classificar. Mas, para isso, terá um caminho mais difícil que o San Lorenzo. Se jogar o que não jogou até agora, tem chance de se classificar para a segunda fase, mas precisa de uma transformação total para seguir adiante.


Pelo Paulista, São Paulo apresenta show de horrores
Comentários Comente

Abilio Diniz

Grande vitória do Palmeiras. Havia muito que o torcedor alviverde esperava ver um time tão bem entrosado, jogando tão bem e vencendo um clássico. Do outro lado, triste, merecida e melancólica derrota do São Paulo. Para nós, felizmente, o jogo não valia nada. Era só mais uma partida pelo campeonato paulista. Mas exatamente por não haver nada em jogo que não se justifica o show de horrores que foi a atuação do SPFC.

O jogo mal havia começado e Rogério Ceni coloca uma bola nos pés do adversário, levando um gol por cobertura, digno de um filme pastelão. Nervoso – sem haver razões para tanto – Rafael Toloi resolve, numa enorme irresponsabilidade, agredir Dudu e deixar o São Paulo com um a menos. E ainda era o começo do jogo. Daí para frente, só deu Palmeiras, que soube aproveitar o espaço deixado por um homem a menos. Dominando a partida, o alviverde chegou ao segundo gol por onde é sempre muito fácil, nas costas do lateral Carlinhos, que é um desastre na marcação e ineficiente no ataque.

Com a desvantagem no placar e no número de jogadores em campo, o SP passou a exibir suas falhas costumeiras: marcação fraca e confusa, lentidão no meio campo e o nítido descontrole emocional. No segundo tempo, Muricy tentou corrigir uma das falhas colocando Centurión no lugar de Ganso. O time até ameaçou ficar mais esperto, mas não durou nada. Logo em seguida o Palmeiras fez o terceiro, novamente nas costas do lateral Carlinhos, que de forma grotesca ficou olhando a bola e se esqueceu de marcar. Para completar o show de horrores, Michel Bastos perde a cabeça e dá uma entrada violenta em Arouca. Mais uma expulsão em mais um lance injustificável e imaturo. Tudo errado.

Daqui a uma semana tem o jogo que vale, pela Libertadores. Este seria o momento de alguém que representasse o São Paulo chamasse para si a responsabilidade e se colocasse junto dos jogadores e, solidário, lhes desse força para levantar a cabeça e continuar na luta. Mas infelizmente o São Paulo não tem ninguém para fazer isso. Sobra para comissão técnica.

Espero que Muricy faça o que realmente tem que ser feito. É preciso escalar na Argentina, contra o San Lorenzo, onze guerreiros: atletas que se doam, que lutem, que dividam todas as bolas, que não desistam nunca, que se preocupem em marcar e não apenas assistir aonde vai a bola.

Um empate na Argentina pode ser suficiente para a classificação. Não vou sugerir que passemos 90 minutos atrás. Isto seria loucura. Mas ê preciso jogar com inteligência. É preciso armar o time para fazer o que o São Paulo nunca faz – fechar o meio campo e ser capaz de atacar, no momento certo e em grande velocidade.

O São Paulo tem jogadores para fazer isso. Só é preciso colocá-los em campo com essa função.


Repetindo erros, SPFC vai conquistando pontos na Libertadores
Comentários Comente

Abilio Diniz

Finalmente o jogo que valia: o jogo pela Libertadores. E mesmo não jogando bem, o São Paulo conseguiu vencer o San Lorenzo e se manter em uma boa colocação no grupo. Alívio para os são-paulinos, mas não tenhamos ilusões, a falta de criação de jogadas efetivas e de um ataque mais ofensivo continua a pairar sobre o elenco, que se demonstra inseguro.

Com um meio campo lento, sem jogadas de profundidade e uma defesa ainda falha, o São Paulo permitiu claras chances de gol ao San Lorenzo. A bola que Michel Bastos colocou na trave com menos de um minuto de jogo só foi balançar a rede a dois minutos do fim, depois de o time insistir em jogadas pelo meio sem objetividade.

Houve evolução? Claro que sim. Vencemos o San Lorenzo, um bom time, perigoso e atual campeão da Libertadores. Houve mais luta, mas alguns jogadores ainda deixaram muito a desejar. Perdemos talvez a melhor possibilidade de gol logo no começo do jogo, quando Pato saiu machucado. Fizemos um primeiro tempo sofrível, porém tivemos uma melhoria no segundo. Mas no geral, O SPFC é um time inseguro, tenso e com muito medo de errar. Quando o gol demora a sair, os erros se acentuam.

Estamos conquistando pontos importantes, mas rever os mesmos erros a cada jogo só deixa o torcedor desconfiado. Não há dúvida que o clima de intranquilidade instalado entre os dirigentes está afetando o desempenho do time e afastando a torcida. Ontem foi um jogo para mais de 40 mil pessoas e tivemos 25 mil.

Esperamos que esta vitória traga mais tranquilidade a Muricy e aos jogadores e possa trazer luz e serenidade aos homens responsáveis pela condução do nosso querido tricolor.


Enquanto a quarta-feira não chega
Comentários Comente

Abilio Diniz

Por enquanto, vamos nos contentando com as partidas sem emoção dos campeonatos regionais. Nesta última rodada, o Corinthians de Tite parou no time bem arrumado do Red Bull. O Santos passeou em Marília e o Palmeiras penou para passar pelo XV de Piracicaba. O São Paulo? Conseguiu vencer a Ponte Preta em um momento importante. O time tem jogo decisivo na quarta-feira contra o San Lorenzo pela Libertadores: um jogo para decidir o presente e o futuro.

O São Paulo precisa de tranquilidade e confiança para vencer o momento difícil que está passando. Por este motivo a vitória deste domingo foi importante. Jogou mal como nos últimos jogos, o começo foi horrível com o adversário ameaçando golear. Muricy armou o time com três zagueiros como no jogo contra a Bragantino. Mas desta vez a mágica não funcionou. Boschilia esqueceu a lateral e foi armar o meio campo. Por esta avenida, a Ponte penetrou e numa jogada mortal de linha de fundo e ajudada pela falha grotesca de Auro com a colaboração de Rogério, que ficou olhando, marcou o primeiro gol.

Logo em seguida Rogério se redimiu e salvou o que seria o segundo e o travessão se encarregou de salvar mais um. Em ritmo de treino, o São Paulo cochilava em campo. Thiago Mendes não armava nada e Hudson ficou perdido sem saber se avançava ou defendia. Cafu parecia confuso,  Ewandro e Kardec não existiram. Um a zero foi pouco para a Ponte.

Justiça seja feita, no segundo tempo as coisas mudaram porque mudou o esquema tático e a atitude dos jogadores. Muricy desmanchou os esquema com três zagueiros, colocou Boschilia realmente no meio e finalmente o time começou a correr. Mesmo sem jogar minimamente bem, a mudança foi suficiente para virar o jogo numa bela e rara jogada de Kardec, que deu o passe no meio campo e correu para a área para enfiar o peito na bola e marcar. Esta vitória pode dar força para o jogo de quarta-feira, aquele que realmente vale.

A torcida precisa fazer sua parte. Os são-paulinos precisam esquecer os problemas do clube e lotar o Morumbi. O São Paulo é maior que as dificuldades do momento. É preciso acreditar e fazer a nossa parte. Vamos torcer e apoiar


O fosso entre Londres e São Paulo
Comentários Comente

Abilio Diniz

Para os admiradores do futebol, a semana chega ao fim com um contrassenso gritante do esporte. De um lado, temos jogos espetaculares da Champions League, com disputas acirradas, com a garra e entrega de seus jogadores, com estádios cheios e confrontos de encher os olhos de qualquer torcedor. Enquanto isso, aqui no Brasil, seguimos com os apáticos Campeonatos Regionais, inexpressivos dentro e fora de campo.

Quem viu o eletrizante PSG e Chelsea em Londres, decidido na prorrogação, com decisivas atuações de craques brasileiros, e viu no dia seguinte São Paulo e São Bento ou qualquer outro jogo dos campeonatos estaduais teve uma clara dimensão do tamanho do fosso que separa o futebol europeu do futebol brasileiro.

É lamentável o cenário no qual se encontra o nosso futebol e mais lamentável ainda o fato de praticamente nada estar sendo feito por nossos dirigentes para mudar esse cenário, que ficou claro na Copa do Mundo e mais claro ainda desde então.

E o problema não está na falta de talentos individuais. Se não houvesse bons jogadores brasileiros, a Europa e seus clubes não estariam cheios deles, muitos dando show nos campeonatos nacionais e na própria Champions. O que lamento é a limitação tática na qual se encontra a maioria de nossos clubes – mesmo nos que atualmente disputam a Libertadores da América.

É claro que temos exceções, mas no fundo os torcedores estão insatisfeitos. Queremos ver partidas emocionantes. O que dizer de São Paulo x São Bento? Um jogo que chamou mais atenção em seus aspectos externos do que no campo. Em uma noite como a de ontem, 4.000 torcedores se deram ao trabalho de ir ao Morumbi e acabaram mais protestando contra o que viram que torcendo nos 90 minutos de baixíssimo nível técnico. O tricolor consegue uma vitória sofrida por 1 a 0 em um jogo sofrível até para o mais apaixonado dos são-paulinos. Lamentável.

É preocupante imaginar que prestes a disputar um jogo importante na Libertadores tenha sido este 1 a 0 o melhor que o São Paulo conseguiu fazer. Não estávamos com time B ou C. Em campo, o ataque formado por Michel Bastos, Pato, Kardec e Centurión deveria ser suficiente para uma atuação mais ofensiva. Mas o time não encontrou espaço para boas jogadas e não aproveitou a fraqueza do adversário para testar jogadas ensaiadas e corrigir os erros que vem repetindo. Foi só mais do mesmo.

Se a vitória deveria embalar os ânimos da equipe para o jogo contra o San Lorenzo, deixou a desejar. Gostaria de estar mais animado e confiante para os próximos confrontos pela Libertadores. Pode ser que eu me surpreenda, mas acho que não estamos preparados. Como torcedor, continuo esperando o melhor, mesmo estando desapontado.


São-paulinos, o melhor está por vir
Comentários Comente

Abilio Diniz

Em clássico pelo Paulistão, o São Paulo tem nova derrota para o Corinthians. Mas não há motivo para tristeza. O jogo de hoje não valia nada, como não valem nada os campeonatos regionais. Eles só fazem sentido para os cartolas da CBF, que se negam a buscar um formato mais inteligente em benefício do futebol brasileiro.

Mas vamos ao jogo: apesar de o São Paulo ter atuado um pouco melhor do que no primeiro confronto contra o Corinthians neste ano – naquela apática partida pela Libertadores, o time de Muricy repetiu os mesmos erros quem vem cometendo.

Mesmo dominando a posse de bola e com um maior número de finalizações que o alvinegro, o São Paulo não conseguiu marcar – assim como aconteceu contra o Rio Claro na rodada anterior.

A defesa continua só olhando a bola, sem marcar o jogador adversário, deixando-o livre, como aconteceu com o Danilo, que recebeu a bola completamente sem marcação. Além disso, o São Paulo se mantém muito lento na transição defesa-ataque.

O time até tentou jogar pelas laterais, mas não conseguiu chegar à linha de fundo. Em resumo, o São Paulo só tem uma jogada: tabelinha se entradas pelo meio. Quando joga contra uma defesa bem armada, não consegue fazer nada.

Enquanto o São Paulo não tem jogadas ensaiadas, o Corinthians tem várias – tanto que Danilo chegou a declarar no intervalo que seu gol foi resultado de uma jogada ensaiada.

São-paulinos, reconheço que perder para um rival é sempre doído. Mas, quem sabe o episódio de hoje possa ser revertido em um aprendizado. Os jogos que valem realmente algo vêm pela frente.

Daqui a duas semanas, enfrentaremos o San Lorenzo pela Libertadores. Quem assistiu ao jogo dos argentinos contra o Corinthians, viu que o time é um adversário difícil. E o jogo que poderemos realmente lavar a alma é o último da fase de grupos pela Libertadores, contra o Corinthians no Morumbi.

Ainda estamos no começo do ano. Temos tempo para nos recuperar. Mas, para isso, é preciso trabalhar e treinar o lado tático, criar jogadas ensaiadas, fazer com que os jogadores se conscientizem de que a marcação deve ser dura, além de conferir velocidade à transição defesa-ataque e criar meios para chegar à linha de fundo.

Não vamos nos lamentar. Vamos olhar com otimismo para frente e ter em mente que para jogar contra o Corinthians de Tite é preciso muito mais que futebol. É preciso também uma boa dose de esperteza.

Por último, uma palavra sobre o Palmeiras, que conquistou sua sexta vitória consecutiva. O Alviverde agora vive uma boa fase com um bom elenco, um belo estádio e conta com forte patrocínio. Enfim, tem tudo para voltar a brilhar. Resta saber se Oswaldo de Oliveira conseguirá dar ao Palmeiras tudo o que ele precisa. Vamos ver.