Blog do Abilio Diniz

Arquivo : Campeonato Paulista

SPFC não consegue criar e perde no Morumbi
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Abilio Diniz

Novamente o São Paulo não teve uma boa proposta de jogo para enfrentar um adversário com características táticas muito bem definidas. A dificuldade foi evidente e o resultado foi uma dura derrota por 2 x 0 para o Corinthians no jogo de ida da semifinal do Campeonato Paulista.

Todos sabem como atua o time de Carille. Defesa fechada, muita marcação, jogo truncado, sem deixar o adversário criar. O SPFC não conseguiu encontrar uma forma eficiente de neutralizar esse esquema tático.

O time de Rogério Ceni continuou com sua maneira de jogar, buscando o ataque sempre, com muita posse de bola e troca de passes, mas hoje com pouca efetividade. Foram poucos lances de gol, a não ser chutes de longa distância e bolas alçadas na área para cabeceio de Pratto, hoje pouco inspirado.

Perdendo por 2 x 0, Rogério colocou Gilberto no lugar de Luiz Araújo na volta do intervalo, deixando claro que iria priorizar o chuveirinho. O SPFC conseguiu pressionar mais, mas na realidade foi o Corinthians que caiu de produção depois da saída de Jadson, perdendo sua força de ter um contra-ataque eficiente.

O momento do São Paulo não é bom. Há uma desvantagem importante de dois gols na Copa do Brasil para enfrentar o Cruzeiro, em Belo Horizonte e agora, o mesmo prejuízo para jogar contra o Corinthians no Itaquerão.

É nítido o esforço de Rogério Ceni, que tem demonstrado trabalhar muito para tirar o time dessa situação. Mesmo assim, o SPFC continua sua trajetória perdedora também em 2017.

É preciso mudar o São Paulo e a esperança é a eleição deste dia 18. Quem sabe esta terça-feira passa para a história como o dia do renascimento do SPFC. Acredito muito que a aplicação do novo estatuto é a única saída para que o clube volte a seus momentos de glória e de vitórias. Que os conselheiros do São Paulo também compreendam a importância deste momento e façam sua escolha corretamente.


SPFC vence em jogo morno no Morumbi
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Abilio Diniz

É difícil tornar emocionante um jogo de campeonato regional entre um grande e um time do interior. O São Paulo, mesmo assim, fez sua parte e venceu o Linense por 2 x 0, dando um grande passo para se classificar à semifinal do Campeonato Paulista.

O Linense jogou pelo empate e veio completamente fechado. O São Paulo, mesmo vencendo, teve dificuldades para furar essa retranca, principalmente no primeiro tempo. O time teve muita posse de bola e não foi ameaçado, mas a falta de criatividade fazia com que a partida ficasse muito burocrática e com poucas chances de gol.

Logo no início da segunda etapa, o SPFC conseguiu marcar seu gol em uma jogada ocasional. Após um cruzamento, Rodrigo Caio cabeceou para o meio da área, mas a bola bateu em um zagueiro do Linense e matou o goleiro.

O gol poderia ser a chave para que o time do interior se abrisse mais em busca do empate. Entretanto, isso não aconteceu. Contra um adversário que seguiu fechado, o São Paulo seguia com controle do jogo, mas sem criar grandes oportunidades.

Com a expulsão de um jogador do Linense, o São Paulo se aproveitou e marcou seu segundo gol no final do jogo com Pratto, para aumentar mais a vantagem para o jogo de volta, no próximo final de semana.

Em uma partida morna, o destaque ficou para o bom trabalho de Jucilei, que dominou completamente o meio de campo. O SPFC ganha uma opção interessante tanto para o sistema defensivo, quanto para a saída de bola.


SPFC, em tarde infeliz, perde para o Palmeiras
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Abilio Diniz

Hoje foi o dia em que nada funcionou para o São Paulo. O time não esteve bem coletivamente, nem individualmente. O Palmeiras soube neutralizar os pontos fortes do SPFC e saiu vencedor.

Rogério Ceni entrou em campo com uma forma diferente de jogar. Não foi apenas o fato de atuar sem Cueva e estar com três homens no meio de campo. Diferentemente dos outros jogos o SPFC não conseguiu atacar. O time ficou preso atrás, os meias não avançaram e o ataque foi totalmente inofensivo.

No primeiro tempo, o jogo não foi uma maravilha técnica e o 0x0 parecia ser o resultado mais lógico, até que novamente o sistema defensivo não funcionou. Douglas e principalmente o instável Bufarini entregaram a bola para Dudu, que com toda sua habilidade e categoria viu Denis adiantado e bateu por cobertura para marcar seu gol.

O SPFC voltou modificado para o segundo tempo. Não só pela entrada de Wellington Nem, no lugar de Jucilei, mas também na forma de jogar. Rogério tentou dar mais agressividade ao time, mas logo no inicio tomou o segundo gol. Rogério tentou então o tudo ou nada, mas deu o nada. Tirou João Schmidt e colocou Lucas Fernandes novamente procurando melhorar a ofensividade. Mas, em nova falha da defesa, o time tomou o terceiro gol.

Uma tarde infeliz do São Paulo, que vinha jogando tão bem. Digo sempre que o Campeonato Paulista e os regionais não valem nada. Só existem para que os cartolas da CBF se perpetuem no poder. Por isso esses campeonatos só valem para se fazer experiências e preparar as equipes para torneios que sejam realmente importantes.

Claro que, para os são-paulinos ficou a tristeza de mais uma derrota para o Palmeiras e por um placar dilatado. Mas a hora é de levantar a cabeça, ter confiança e acreditar no trabalho de Rogério. O ano está apenas começando.

O mais importante vem pela frente e, mesmo em termos de Campeonato Paulista, temos muita folga para recuperação.


Empate no fim do jogo castiga o SPFC
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Abilio Diniz

Mais uma vez Rogério Ceni fez a diferença e a torcida compareceu em peso ao Morumbi. Foram mais de 43 mil pessoas em um sábado à noite. O são-paulino está fazendo sua parte. Uma pena que o resultado não tenha sido o esperado.

Em sua estreia, Lucas Pratto fez um belo gol no começo do jogo. Gol de centroavante.

O Mirassol é um bom time e mostrou porque estava com 100% de aproveitamento. O time do interior chegou algumas vezes no ataque surpreendendo a defesa do São Paulo mesmo com o resultado negativo. Chegou até a marcar um gol no começo do segundo tempo, mas o atacante estava um pouco à frente.

O SPFC seguiu atacando e fez o segundo gol com Rodrigo Caio. Com 2×0 no placar, Rogério colocou Bufarini no lugar de Cícero, buscando proteger um pouco mais a defesa e logo em seguida, fez entrar Neílton no lugar de Luiz Araújo, que hoje fez muitas escolhas erradas na hora de concluir. O garoto é muito bom, mas precisa ter mais calma na hora do chute ou do último passe.

Momentos depois, em uma falha grotesca de Maicon, o Mirassol diminuiu e cresceu na partida. O São Paulo pareceu ter se desequilibrado e novamente em outro erro da defesa, desta vez de Sidão, o Mirassol quase empatou. Quase no fim do jogo, em nova falha de posicionamento de toda defesa, o Mirassol chegou ao segundo gol.

O empate no Morumbi não foi um bom resultado, mas é preciso considerar que o Mirassol é um bom time e tem o seu mérito. Além disso, Rogério está aproveitando o Campeonato Paulista e testando formas de jogar e também jogadores.

É o momento de apoiar o time e compreender alguns tropeços.


Mais um empate sem graça do São Paulo
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Abilio Diniz

Em um clássico recheado de desfalques, o São Paulo apenas empatou com o Santos, na Vila Belmiro por 1 x 1. Mais uma vez o time de Bauza não conseguiu mostrar qualidade tática, nem evolução.

Ainda não foi desta vez que vimos um bom jogo do São Paulo neste ano. Isso é o que mais me preocupa. As partidas se sucedem e não vejo uma equipe bem montada em campo.

Ficamos todos torcendo pelo momento em que haverá uma exibição de gala, mas isso não acontece.

Falar novamente sobre os problemas táticos do São Paulo é chover no molhado. Não é de hoje que o time sofre contra rivais com bons esquemas de jogo. Uma equipe que está há dez partidas sem vencer clássicos regionais, claramente está apresentando problemas.

Se seguir dessa maneira, é óbvio que o time vai continuar patinando em jogos mais complicados. E às portas da definição da vaga na Libertadores e afunilando o Campeonato Paulista, essa falta de qualidade poderá ser fatal.

Tenho escrito há muito tempo. O São Paulo precisa de grandes mudanças. E para ontem. Corremos sério risco de sermos coadjuvantes nas competições deste ano se nada acontecer.


Vitória magra não esconde erros do São Paulo
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Abilio Diniz

Mesmo jogando um futebol muito pobre, o São Paulo conseguiu vencer o Botafogo por 1 x 0 e se manteve na liderança de seu grupo no Campeonato Paulista, empatado com o Audax em número de pontos, mas na frente pelo saldo de gols.

Como torcedor, é evidente que um gol nos últimos minutos de uma partida, ainda mais de um atacante que não marcava fazia 11 jogos, traz um pouco de alívio. Mas não se pode querer tapar o sol com a peneira.

Apesar da liderança do grupo, o aproveitamento é muito ruim: pouco mais de 50% dos pontos conquistados. Se o São Paulo estivesse em uma chave mais forte, estaria fora da zona de classificação. Isso sem contar a situação desesperadora que o time se encontra na Libertadores, com sérias chances de não se classificar para a próxima fase.

Nesta quarta-feira, o São Paulo, mais uma vez, apresentou os defeitos gravíssimos que vem acompanhando o time desde o início deste ano. Estamos no fim de março e o time de Bauza ainda não fez uma partida de encher os olhos do torcedor.

Prova maior disso é que menos de três mil pessoas pagaram ingresso para ver o São Paulo ontem no Pacaembu. Alguém acha que o torcedor está satisfeito com o desempenho do time?

É para estar contente com um time que não sabe o que fazer com a bola, é lento nas transições, não tem nenhuma criatividade, nem jogadas ensaiadas? Não fosse Ganso, com seus gols e assistências, o São Paulo estaria em situação ainda mais complicada.

É muito pouco para um time da envergadura do São Paulo ter que ficar torcendo toda partida por um lance de habilidade individual de algum jogador.

Vencer é bom, mas ganhar com alto nível desempenho é muito melhor, porque dá sustentação e confiança à equipe. Quando enfrentou times com maior qualidade técnica, o São Paulo sofreu muito porque não teve competência para apresentar alternativas de jogo.

Domingo tem clássico contra o Santos. Nosso melhor jogador no ano, Ganso, não irá atuar porque levou o terceiro cartão amarelo. Mais do que nunca, vamos precisar do conjunto e do desempenho tático do time. É esperar para ver.


Fim de festa
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Abilio Diniz

Finalmente chegaram ao fim os campeonatos estaduais. As finais até que são emocionantes mas o preço que se paga para chegar a elas é muito alto.

No caso do campeonato paulista, neste ano tivemos a sorte de ter os quatro grandes como finalistas, o que contribuiu muito se ter mais emoção e rendas melhores. Mas a fase de classificação foi um horror, ridícula e totalmente sem sentido.

Quando é que os cartolas da CBF vão pensar menos em si e nas federações e mais no futebol brasileiro? Por que não se preocupam menos em impedir a aprovação da medida provisória, que visa moralizar o futebol brasileiro, e se abrem para repensar o campeonato brasileiro de um modo que caibam muito mais clubes e que joguem praticamente o ano inteiro?

A chegada de Marco Polo Delnero e Walter Feldeman à CBF prometia um pouco mais de diálogo sério com aqueles que lutam pela reconstrução do futebol brasileiro pós Copa de 2014. Mas parece que foi um puro engano. Pelo jeito, o que querem é mais do mesmo e perpetuidade no poder.

A final paulista teve como protagonistas Palmeiras e Santos. Dois clubes que estão tentando se reinventar e seguir de forma sólida e sustentável dentro do futebol brasileiro.

Deu Santos, assim como poderia ter dado Palmeiras. O alvinegro praiano venceu no tempo normal e levou a decisão para os pênaltis, o que já é uma forma de decisão que deixa o resultado menos aderente a quem foi o melhor durante a competição, ou pelo menos no jogo final.

No jogo deste domingo poderia ter dado qualquer um. O Santos foi muito melhor no primeiro tempo e o Palmeiras se esforçou e mesmo com um jogador a menos conseguiu levar a decisão para os pênaltis. Ganhou o Santos e está de bom tamanho. O clube com grandes problemas financeiros montou um time de garotos e com um técnico de casa conseguiu jogar um futebol de bom nível e se sagrar campeão.

Parabéns Santos. Bela lição de coragem e vontade de acertar.


SPFC na Libertadores: a sorte está lançada
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Abilio Diniz

Após tantas rodadas sem expressão, o campeonato paulista finalmente caminha para seu encerramento. No primeiro jogo da semifinal, Corinthians e Palmeiras pelo menos fizeram um grande jogo que valeu a pena assistir e, nos pênaltis, o alviverde levou a melhor.

Já no segundo clássico de hoje, os são-paulinos esperavam um elenco mais determinado, que pudesse fazer do jogo uma boa oportunidade para alavancar um ritmo ofensivo para o jogo de quarta-feira, que realmente importa. Mas não foi o que aconteceu.

Até que o SPFC não jogou tão mal no começo. Teve boas oportunidades para marcar, mas faltou categoria aos atacantes para definir as jogadas.

Categoria que faltou também à defesa, que ficou assistindo Geuvânio avançar do meio do campo e fuzilar Rogério Ceni.

Milton Cruz mexeu no intervalo e colocou Luiz Fabiano no lugar de Paulo Miranda passando Hudson para lateral direita, abrindo mão de três homens no meio do campo. Não mudou muita coisa. Pato perdeu um gol incrível e ninguém fez mais muita coisa. O Santos ficou esperando o erro do São Paulo para matar o jogo.

Ao SPFC, Falta categoria e falta garra. Além disso, falta confiança principalmente quando as coisas correm mal. Aí tudo fica pior.
Luiz Fabiano ainda fez um gol e o tricolor deu sufoco no final do jogo, mas já era tarde e não foi possível evitar a derrota.

Para o São Paulo acabou este enfadonho campeonato. Agora vem o jogo que define tudo. O jogo com o Corinthians e o que vai acontecer com o SPFC nesta fase tão triste. A sorte está lançada.


Bom começo
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Abilio Diniz

Apesar de não ter feito um grande jogo, o São Paulo mudou. E mudou para melhor. Faltou um pouco de qualidade, mas não faltou vontade. Sob o comando de Milton Cruz, o time renasceu. Correu e vibrou como não fazia há tempos. Marcou firme e agrediu bem mais.

É verdade que o time da Portuguesa é muito fraco, mas o São Paulo fez sua parte. Ainda falta muito, é preciso jogar mais pelas laterais e chegar mais vezes à linha de fundo. Mas, pelo menos, deu para ver que havia orientação para isso.

Acredito no trabalho do Milton Cruz. Ele conhece muito bem o elenco, é respeitado pelos jogadores e sempre deu muita atenção ao lado tático para armar o time nas vezes que foi chamado.

Mesmo que seja só um interino, precisa ser apoiado pelos dirigentes e pelos torcedores. O São Paulo terá agora jogos decisivos. É importante que jogadores e comissão técnica estejam tranquilos.

Se isto acontecer, é possível que os são-paulinos ainda venham a ter muitas alegrias a curto prazo.


Pelo Paulista, São Paulo apresenta show de horrores
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Abilio Diniz

Grande vitória do Palmeiras. Havia muito que o torcedor alviverde esperava ver um time tão bem entrosado, jogando tão bem e vencendo um clássico. Do outro lado, triste, merecida e melancólica derrota do São Paulo. Para nós, felizmente, o jogo não valia nada. Era só mais uma partida pelo campeonato paulista. Mas exatamente por não haver nada em jogo que não se justifica o show de horrores que foi a atuação do SPFC.

O jogo mal havia começado e Rogério Ceni coloca uma bola nos pés do adversário, levando um gol por cobertura, digno de um filme pastelão. Nervoso – sem haver razões para tanto – Rafael Toloi resolve, numa enorme irresponsabilidade, agredir Dudu e deixar o São Paulo com um a menos. E ainda era o começo do jogo. Daí para frente, só deu Palmeiras, que soube aproveitar o espaço deixado por um homem a menos. Dominando a partida, o alviverde chegou ao segundo gol por onde é sempre muito fácil, nas costas do lateral Carlinhos, que é um desastre na marcação e ineficiente no ataque.

Com a desvantagem no placar e no número de jogadores em campo, o SP passou a exibir suas falhas costumeiras: marcação fraca e confusa, lentidão no meio campo e o nítido descontrole emocional. No segundo tempo, Muricy tentou corrigir uma das falhas colocando Centurión no lugar de Ganso. O time até ameaçou ficar mais esperto, mas não durou nada. Logo em seguida o Palmeiras fez o terceiro, novamente nas costas do lateral Carlinhos, que de forma grotesca ficou olhando a bola e se esqueceu de marcar. Para completar o show de horrores, Michel Bastos perde a cabeça e dá uma entrada violenta em Arouca. Mais uma expulsão em mais um lance injustificável e imaturo. Tudo errado.

Daqui a uma semana tem o jogo que vale, pela Libertadores. Este seria o momento de alguém que representasse o São Paulo chamasse para si a responsabilidade e se colocasse junto dos jogadores e, solidário, lhes desse força para levantar a cabeça e continuar na luta. Mas infelizmente o São Paulo não tem ninguém para fazer isso. Sobra para comissão técnica.

Espero que Muricy faça o que realmente tem que ser feito. É preciso escalar na Argentina, contra o San Lorenzo, onze guerreiros: atletas que se doam, que lutem, que dividam todas as bolas, que não desistam nunca, que se preocupem em marcar e não apenas assistir aonde vai a bola.

Um empate na Argentina pode ser suficiente para a classificação. Não vou sugerir que passemos 90 minutos atrás. Isto seria loucura. Mas ê preciso jogar com inteligência. É preciso armar o time para fazer o que o São Paulo nunca faz – fechar o meio campo e ser capaz de atacar, no momento certo e em grande velocidade.

O São Paulo tem jogadores para fazer isso. Só é preciso colocá-los em campo com essa função.