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Com atuação sofrível, São Paulo vence
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Abilio Diniz

O São Paulo venceu o Rio Claro pelo Campeonato Paulista por 1 x 0 neste domingo, no Pacaembu, com um futebol muito pobre.

É verdade que o time estava intranquilo pelas duas derrotas seguidas e também pelo ambiente horroroso causado pela cartolagem. Mas não é apenas isso; a equipe não tem um esquema tático definido, não cria e nitidamente não tem jogadas ensaiadas.

O meio-campo, formado por Hudson e Thiago Mendes, não avança, não chega no ataque e não tem criatividade alguma.

O time do Rio Claro veio para não tomar gols, esperar por um erro do adversário e fazer o seu. Quase conseguiu em uma única jogada, num chute de fora da área em que a bola passou rente à trave de Dênis, mas felizmente para o São Paulo, pelo lado de fora.

Não dá também para entender a teimosia de Bauza em manter Centurion no time. O argentino está em péssima fase, totalmente inseguro, e, consequentemente, com péssimas atuações.

O São Paulo está em um momento muito ruim. O que está acontecendo no futebol sem dúvida é consequência da má administração.

É preciso mudar. Sem mudanças é possível que o ano de 2016 seja pior que 2015 e com consequências muito graves, principalmente no futebol.


São Paulo joga muito mal e se complica na Libertadores
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Abilio Diniz

O São Paulo parece andar para trás. Depois de alguns jogos até interessantes no início do ano, o time sofreu muito quando encontrou times bem montados defensivamente e saiu derrotado nas duas partidas em que precisou mostrar alternativas: Corinthians e The Strongest.

O desempenho do time no jogo desta quarta-feira foi muito abaixo do que podia se esperar. O São Paulo não funcionou individualmente nem coletivamente.

Faltou qualidade para os atletas que teriam que chamar a responsabilidade e faltou um modelo de jogo diferente para ser utilizado quando, desde o primeiro tempo, se notou que as coisas não estavam caminhando bem.

O segundo tempo foi pior ainda. Além de não conseguir criar jogadas, o time claramente sentiu a pressão por um resultado. Depois do gol boliviano, essa pressão aumentou ainda mais, e a equipe se desmantelou de vez.

Ganso, Michel Bastos, jogadores mais experientes e de qualidade, pouco fizeram. Os mais novos de grupo e de idade também desapontaram.

Depois de tanto esforço que o time fez para se classificar ano passado para a Libertadores, ver as coisas iniciarem dessa maneira é desanimador.

Em Libertadores, perder na estreia da fase de grupos, dentro de casa e para um time medíocre pode ser perigoso. O time terá que recuperar esses pontos vencendo uma partida fora do Brasil. Lembrando ainda que, contra o mesmo Strongest, terá que enfrentar também a altitude.

O técnico Bauza precisa mostrar seu trabalho. O torcedor espera ver um time que saiba sair de retrancas e que mostre variações dentro de uma mesma partida quando necessário.

É preciso também observar os resultados dos investimentos e do planejamento do futebol para esta temporada.

Foi um mau começo.


São Paulo perde de novo no Itaquerão
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Abilio Diniz

Quando escrevi meu comentário após o jogo do São Paulo na última quarta-feira pela Libertadores, disse que o primeiro verdadeiro teste de Bauza seria neste domingo, contra o Corinthians de Tite.

Após ver a maneira como o São Paulo jogou contra o fraquíssimo time peruano e conhecendo bem o técnico Corinthiano, concluí que até poderia ter escrito este texto antes do jogo deste domingo.

Na partida contra o Cesar Vallejo, o São Paulo mostrou claramente que não sabe atuar contra times que jogam fechado, que se trancam na defesa e jogam por uma bola.

Era claro que no jogo contra o São Paulo, após ter seu time desmantelado e sem seus dois principais jogadores, Tite não ia colocar seu time no ataque, coisa que dificilmente ele faz.

Não deu outra. O técnico do Corinthians fechou seu time na defesa e jogou no erro do adversário. E os erros vieram.

Acho que não se deve pôr a culpa pela derrota apenas no Lucão. O garoto faz o que pode e realmente não tem levado sorte. Mas atribuir a ele a derrota é querer ignorar a verdade.

Nos primeiros jogos cheguei a elogiar o trabalho do novo técnico são-paulino. Ele estava conseguindo motivar os jogadores e compactar o time. Os volantes se revezavam e chegavam bem no ataque. O São Paulo teve boas atuações, mas contra adversários fracos e que deixaram jogar. Foi assim inclusive contra o Cesar Vallejo no Peru, mas aqui no Pacaembu a coisa mudou e o time teve dificuldades enormes.

É preciso esperar para se ter uma avaliação melhor. Acho que o São Paulo não precisa de reforços, porque já contratou muitos jogadores. Agora é privilegiar a base e dar apoio e segurança ao time.

Quarta-feira tem Libertadores e aqui no Pacaembu há o perigo de mais retranca. É preciso que Bauza arme o time para encarar esse tipo de jogo. Claro que nessas ocasiões a paciência é fundamental, mas é preciso mais do que isso. É preciso que se treine jogadas ensaiadas e que todo o time saiba antecipadamente o que se tem que fazer.

É bom também lembrar que este será o jogo de ida contra o The Strongest. A volta será na altitude de La Paz e lá as coisas se complicam.


Transparência e participação podem mudar o jogo
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Abilio Diniz

Nunca participei da administração do São Paulo nem de nenhum outro clube de futebol. No ano passado, em virtude das graves dificuldades do clube, procurei, por meio dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, ajudar a superar aquele momento crítico. Tivemos sucesso em mudar a presidência e a diretoria do SPFC. Mas, na minha opinião, o principal não foi atingido, que era colocar o São Paulo num caminho que o tornasse referência nacional e talvez mundial em gestão esportiva.

Na minha atuação junto aos Conselhos, tenho pregado mais transparência e participação desses órgãos na gestão do SPFC. Na minha visão, os sócios e os torcedores do São Paulo são seus verdadeiros donos, representados pelos conselheiros do clube, e as principais decisões devem ser tomadas por esses representantes, com clareza e transparência, para que todos saibam o que se passa e participem.

No sentido de colaborar com o SPFC, estou arcando com os custos de duas das mais importantes consultorias do mundo, a PricewaterhouseCoopers (PwC) e a McKinsey. Elas estão fazendo um trabalho de auditoria e consultoria na parte financeira e no futebol, elaborando sugestões visando a modernidade e a busca de mais eficiência. As consultorias estão avançando nas auditorias que revelarão a verdadeira situação do clube, mas elas não conseguem informação nem espaço para trabalhar no futebol. Parece não haver interesse dos atuais dirigentes na abertura para coisas novas e na transparência.

Depois de tantas derrotas, dentro e fora do campo, o futebol brasileiro está passando por um momento importante que pode redefinir seus rumos.

Uma investigação internacional está finalmente prendendo e apertando o cerco contra dirigentes do futebol brasileiro e internacional, que por décadas exploraram o esporte para benefício próprio.  A nova legislação do futebol brasileiro obriga os clubes a serem mais responsáveis e transparentes na administração. Já na parte da receita dos clubes, uma nova disputa pelos direitos de transmissão dos campeonatos envolve enorme quantidade de dinheiro e obriga os clubes a fazerem planejamento de mais longo prazo.

Nesse contexto de renovação e purificação do futebol, e com toda a minha experiência de gestor, entendo que decisões importantes como a dos direitos de transmissão devam ser tomadas não apenas por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, mas pelo colegiado representativo dos verdadeiros donos do clube, seu Conselho Deliberativo, até porque o que for decidido agora valerá para depois do mandato dos atuais dirigentes são-paulinos.

Os donos do SPFC têm que participar através do Conselho para que haja legitimidade nas decisões da diretoria. Transparência e participação são o nome do jogo.

Considero importante a participação do Conselho mesmo nas contratações e vendas de jogadores, normalmente tão polêmicas. Marcelo Pupo Barboza, presidente do Conselho Deliberativo, está procurando fazer o que pode, nomeando comitês. O problema é que esse trabalho é feito a posteriori, tendo efeitos mais de autópsia do que de prevenção.

Sei que muitos conselheiros defendem que o SPFC deva ser administrado pela paixão e pelo coração. Respeito e concordo. Só que essa força emotiva tem que ser colocada em benefício do São Paulo como um todo, e não administrada apenas por um pequeno grupo no poder.


Goleada mostra bom momento do SPFC: vale a pena torcer
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Abilio Diniz

Pela segunda rodada do paulistão, o São Paulo fez hoje um jogo com pontos altos e baixos. Gostei de algumas coisas outras nem tanto.

Por um lado, gostei muito da garra, da vontade de jogar e vencer, do oportunismo do Calleri e da velocidade do jogo.  Por outro, não gostei quando a velocidade se confundiu com correria e de quando o time se expos aos contra-ataques do adversário.

Até o gol, as duas melhores oportunidades de marcar tinham sido do Água Santa. A proposta de Edgardo Bauza é que o SPFC tenha uma defesa sólida, muito forte e que dê muita segurança ao time. Gostei muito do Hudson: grande partida. A faixa de capitão parece que lhe deu mais força. Defendeu e chegou no ataque com qualidade. É evidente que com a entrada de Michel Bastos, Ganso e Thiago Mendes tudo ficou mais simples e o segundo gol foi consequência.

Calleri faz seu terceiro gol em duas partidas. Novamente, na área, o argentino mostrou que é mortal. Aos 33 minutos, Thiago Mendes, bem no seu estilo, chegando bem na entrada da área, pegou um rebote e soltou uma bomba para marcar o terceiro.

Boa surpresa o nosso lateral Mateus Caramelo. Jogou muito bem. Quem sabe isso traz juízo aos Cartolas e eles desistam de gastar mais dinheiro buscando jogadores que realmente não precisamos.

Para terminar, belo chute e belo gol de Michel Bastos fechando o placar. Belo trabalho de Bauza, que está trazendo personalidade e confiança ao time.

Vale a pena torcer. O time vive um bom momento.


Corinthians em estado de graça
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Abilio Diniz

Parabéns Corinthians, parabéns corintianos e, mais do que tudo, parabéns Tite. O começo desta temporada parecia prometer um ano sombrio para o Corinthians. Derrotas inexplicáveis, perda de jogadores importantes – tinha tudo para dar errado, mas não deu.

Grande campeonato, campeão com grande folga, exemplo a ser seguido.

E o São Paulo? Neste domingo, o São Paulo, com seu elenco reduzido e pobre em qualidade, embalado pela vitória contra o Atlético Mineiro, fez o que pode, mas não deu sorte.

Para começar, cometeu um grande erro. Com uma defesa que é uma temeridade e a armação no meio de campo entregue a Wesley, decidiu enfrentar o time de Tite de igual para igual. Não deu outra coisa: tremenda e humilhante derrota.

O placar foi um castigo muito pesado, mas neste domingo tudo deu certo para o Corinthians e tudo deu errado para o São Paulo. Falhas de Dênis, e Cassio pegando pênalti; grande atuação do time misto do Corinthians, e desastrosa do time titular do São Paulo.

Mas este é o problema. Que belo time titular o Aidar deixou para o São Paulo. E não foi só o time que foi destruído, mas também o seu patrimônio.

É bom que os são-paulinos saibam da realidade. O São Paulo tem uma situação financeira terrível e não vai poder contratar grandes jogadores. O ano de 2016 pode ser pior do que 2015.

Tem saída para esta crise? Tem, mas é preciso muita competência para superar as dificuldades atuais e preparar o São Paulo para o futuro brilhante que todos os tricolores querem e merecem.

Mas é preciso que todos os torcedores saibam a verdade. O São Paulo está livre do grande flagelo que se abateu sobre ele, mas com um enorme passivo a ser coberto. Para termos dias melhores e um time de futebol à altura de suas tradições, serão necessários tempo e trabalho sério.

Acredito no novo presidente. Leco é uma pessoa séria, bem-intencionada e que ama profundamente o São Paulo.

Existem dois caminhos muito claros pela frente: o da competência, da gestão profissional e da meritocracia ou então o da acomodação. Acredito muito que Leco, pelo menos no futebol, vai profissionalizar o São Paulo.

Se seguir essa linha, talvez ainda venha pela frente uma boa dose de sofrimento, mas também a visualização de um futuro que poderá ser glorioso.


São Paulo sai do G-4
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Abilio Diniz

O São Paulo tropeça nas próprias pernas. Gosto muito do técnico Osório. É um homem dedicado ao futebol, que foi iludido na sua contratação, mas está tentando honrar seu compromisso.

Reconheço muitas qualidades em suas ideias. Respeito seu conceito do rodízio, mas muitas vezes não entendo a lógica que está por trás dele. No dia de hoje foi assim.

Osório trocou quase todo o time, mas manteve os dois piores jogadores da partida contra a Chapecoense: Wesley e Carlinhos.

Wesley foi novamente horrível o jogo inteiro e Carlinhos, se ainda tentou alguma coisa no primeiro tempo, no segundo simplesmente não existiu. Para mim, Osório mexeu mal. Concordo com as entradas de Thiago Mendes e Pato e um pouco menos com a de Bruno, mas na realidade, o grande erro foi manter Wesley e Carlinhos. O meio campo, que já estava fraco antes do intervalo, deixou de existir na segunda etapa.

Quando se esperava que depois do empate o São Paulo fosse para cima em busca da vitória, o que se viu foi o contrário: o Tricolor parou e o Avaí ampliou para 2 a 1. Pobre São Paulo.

Neste fim de semana as coisas começaram a ficar mais claras. O Brasileirão está nas mãos de Corinthians e Atlético Mineiro. Grande vitória do time de Tite, que mostra cada vez mais a sua grande competência. Se o Corinthians de hoje é o que é, o grande responsável é seu técnico.

Por falar em treinador, grande recuperação do Atlético, muito bem dirigido por Levir Culpi. A equipe mineira matou o Flamengo.

Sempre gostei de prestar muita atenção nos técnicos; sou daqueles que acreditam que a tática pode fazer a diferença e que um bom treinador pode mudar uma equipe.

Querem outro exemplo? É só olhar para o Palmeiras de Marcelo Oliveira.


Jogo horrível no Morumbi
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Abilio Diniz

Como pode um time jogar tão bem uma partida como a de domingo contra o Grêmio fora de casa e se apresentar de maneira tão ruim como nesta quinta-feira no Morumbi?

O empate de 0 a 0 contra a Chapecoense é daqueles resultados que fazem diminuir as esperanças de classificação entre os quatro melhores do Campeonato Brasileiro.

Não me refiro ao número de pontos ou a classificação do time na tabela, porque o São Paulo somou mais um ponto e gravita no grupo dos times com chances de chegar à Libertadores. O que me preocupa é a oscilação do time dentro da competição.

Hoje o time sofreu com a falta de criatividade do meio de campo. Carlinhos e Wesley não conseguiram criar as jogadas e Pato, hoje irreconhecível, e Luis Fabiano pouco produziram.

As mexidas do técnico Osorio fizeram o time ganhar mais velocidade, mas ainda assim o time seguiu atuando de maneira desorganizada. As chegadas ao ataque adversário só aconteceram em algumas jogadas pelas beiradas do campo.

As poucas oportunidades de gols só poderiam resultar no placar em branco.


Era um jogo para trazer os três pontos
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Abilio Diniz

Em um jogo de muitos erros de passes e finalizações, o São Paulo apenas empatou com o Joinville por 0 a 0. O Tricolor perdeu a chance de conquistar sua terceira vitória seguida e aumentar a confiança de todos para as próximas partidas.

Além de elevar a autoestima, era muito importante voltar de Santa Catarina com os três pontos para as pretensões de buscar uma melhor colocação no Campeonato Brasileiro. Mas infelizmente, isso não foi possível.

Compreendo que os muitos desfalques que o técnico Osorio teve acabaram por dificultar um pouco mais a missão são-paulina, mas entendo que voltar com a vitória na bagagem era uma missão possível de ser realizada.

É verdade também que o São Paulo teve boas chances de gol; Pato e Michel Bastos perderam gols incríveis. Por outro lado, o Joinville também desperdiçou ótimas oportunidades, acertando inclusive, três bolas na trave do goleiro Renan Ribeiro. No fim, muitas emoções, mas nada de gols.

Sigo defendendo a tese que o time tem que buscar manter a regularidade se quiser subir mais na tabela de classificação. O campeonato premia os que menos oscilam e infelizmente o SPFC não consegue engatar boa sequência de vitórias.

O próximo desafio do Tricolor será contra o Internacional, sábado, no Morumbi. O time gaúcho virá embalado depois de golear o Vasco por 6 a 0.

Será uma boa oportunidade de demonstrar força e fazer a lição de casa. Estarei torcendo muito para que isso aconteça.


São Paulo perde a segunda seguida no Morumbi
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Abilio Diniz

A torcida está revoltada, grita por Lugano, chama o time de sem vergonha e pega no pé de Paulo Henrique Ganso.

Entendo a revolta e o comportamento dos torcedores, até porque sou um deles, mas é preciso dirigir os protestos para o lugar certo.

Não tenhamos ilusões.

O que está acontecendo não é por acaso; este é o São Paulo de hoje.

O que falar de um time que tem grandes pretensões e no Campeonato Brasileiro perde em casa, de goleada, de um time na zona do rebaixamento?

E na Copa do Brasil? Perde também em casa, de um time que é o último colocado na Série B.

O que falar de um time que não tem padrão de jogo e muito menos um time base?

Um time que a cada dia é diferente?

Que começa um jogo em casa com três zagueiros e acaba perdendo por 3 a 0?

Que, no jogo que deveria ser da recuperação, começa com dois laterais esquerdos e coloca um deles na ponta direita?

Que tem uma defesa que, com qualquer formação, toma gols incríveis, inacreditáveis?

Falar o que? Não dá para analisar nada

O problema não se resume apenas no técnico ou nos jogadores.

O problema é muito maior.

É preciso repensar o São Paulo e fazer alguma coisa antes que seja tarde demais.