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Competente, São Paulo elimina Atlético na Libertadores
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Abilio Diniz

O São Paulo está na semifinal da Libertadores! Mesmo com a derrota por 2 x 1 para o Atlético, o time do Morumbi garantiu sua vaga entre os quatro melhores times do continente. O gol de cabeça de Maicon, fora de casa, foi o diferencial nos 180 minutos do confronto.

Foi uma partida com dois tempos distintos. A primeira etapa, mais animada, bem jogada e emocionante, com três gols em menos de 15 minutos e duas bolas na trave, uma de cada lado. O segundo tempo, mais truncado e com poucas chances de gol. Bom para o São Paulo, que saiu do Horto com a vaga garantida.

Nem os dois gols marcados pelo Atlético logo no início da partida, em duas falhas do sistema defensivo, foram suficientes para modificar o estilo de jogo do São Paulo. O gol de Maicon serviu para recolocar o time nos eixos e reiniciar o plano tático adotado pelo técnico Bauza.

Mesmo com o jogo mais aberto no primeiro tempo, o São Paulo atuava bem, dominava a partida e procurava controlar o ritmo dentro de campo. O time penetrava na defesa atleticana pelo lado direito, com Bruno e Kelvin, e os volantes tomavam conta do meio de campo, com atuações muito firmes.

O Atlético buscou a vantagem inicial no placar muito mais pelo entusiasmo do que por um esquema de jogo definido. Não havia um domínio evidente e as tentativas aconteciam na base do “abafa”, sem qualquer organização ou tática estipulada e executada.

No segundo tempo, o cenário não se modificou. A diferença foi que poucas chances de gol aconteceram. O São Paulo atuava com competência e muita confiança. Os jogadores trocavam passes com calma e conseguiam segurar a bola e o resultado.

Não deu outra. Fim de jogo e vaga na semifinal. Uma excelente recuperação para um time que por pouco não chegou à fase de mata-mata da Libertadores.

O São Paulo segue mostrando ser muito forte nesta competição. Tem que respeitar essa camisa.


Vitória mostra bom elenco são-paulino
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Abilio Diniz

Boa estreia do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Mais do que vencer o Botafogo fora de casa, o resultado de hoje mostra que há boas opções dentro do elenco. Se forem melhor aproveitados, esses jogadores poderão dar muitas alegrias para os torcedores.

A opção clara de preservar os jogadores titulares para o jogo da quarta-feira contra o Atlético era a oportunidade para que aqueles que não tem atuado regulamente mostrarem serviço.

Jogando contra um Botafogo que, na maioria do tempo esteve muito nervoso e mal em campo, o time alternativo do São Paulo cumpriu bem sua missão. O futebol é feito de oportunidades e os garotos da base mostraram suas caras.

O destaque principal vai para Lucas Fernandes, que tem atuado em algumas partidas no time principal e mostrou hoje que tem qualidade suficiente para ser mais aproveitado. Marcou um belo gol de falta, dando ao São Paulo uma boa opção para as bolas paradas.

Gostei do primeiro tempo do São Paulo. O time se impôs, aproveitou bem as fragilidades do Botafogo e construiu seu resultado. Na segunda etapa era natural que os cariocas pressionassem, mas, mesmo assim, não houve grandes problemas. A entrada de alguns jogadores considerados titulares ajudou o time a garantir o resultado e o bom início no Brasileirão. O placar poderia até ser maior, não fosse um gol mal anulado de Centurión no fim do jogo.

A missão agora é na quarta-feira. A boa vantagem conquistada no primeiro jogo contra o Atlético e a vitória neste domingo devem servir como combustível para os jogadores. Estarei na torcida.


São Paulo vence e leva boa vantagem para o 2º jogo
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Abilio Diniz

A vitória por 1 x 0 contra o Atlético-MG pode sim ser considerada um resultado muito bom para o São Paulo. Jogar no Estádio Independência é sempre muito difícil e atuar por um empate é uma vantagem considerável.

Foi ótimo não ter sido vazado em casa, porque marcar um gol em Belo Horizonte obriga os mineiros a vencerem por dois de diferença. Isso em Libertadores conta muito.

O jogo no Morumbi, com mais de 61 mil pessoas, começou muito feio. Os jogadores resolveram esquecer da bola e se preocuparam em disputar quem mandava em campo. No primeiro tempo, a técnica foi deixada de lado para dar lugar a um festival de discussões, faltas, lances mais violentos e cartões amarelos.

Se o São Paulo não tivesse entrado nesse clima e pensado somente em jogar futebol, certamente teria levado vantagem, assim como fez nas ótimas partidas contra River e Toluca.

Aliás, sou daqueles que acreditam que o bom futebol sempre prevalece em cima do que se conceitua como “clima de Libertadores”, “jogo pegado” ou “guerra”. Na grande maioria das vezes, ganha quem joga mais bola. Esse deve ser o espírito.

No segundo tempo, os times, apesar de errarem muitos passes, voltaram mais preocupados em jogar futebol. A entrada de Michel Bastos melhorou o São Paulo e acabou sendo dele, em jogada de bola parada, o gol que deu a vitória ao Tricolor.

Aliás, na comemoração do gol, houve a queda de uma das grades de proteção das numeradas do Morumbi. Uma pena que alguns torcedores que caíram de uma altura de cerca de dois metros acabaram se machucando. Ainda bem que, pelas informações iniciais, nenhum teve ferimentos mais sérios. Mesmo assim, é uma cena que assusta muito.

Depois do recomeço da partida até o apito final, não houve qualquer mudança no cenário do jogo. O São Paulo soube controlar o placar e garantir a boa vantagem para quarta que vem.

Não foi um bom jogo de futebol, é preciso reconhecer. Mas nesta fase da competição, vencer dentro de casa é fundamental. E o São Paulo cumpriu a missão. Parabéns aos jogadores que lutaram pela vitória o tempo todo.


São Paulo classificado, mas com sinal de alerta ligado
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Abilio Diniz

Muito importante a classificação para as quartas-de-final da Libertadores. Para um time que estava praticamente condenado a ser eliminado na primeira fase, chegar ao grupo dos oito melhores é um feito.

Mesmo com a derrota por 3 x 1 para o Toluca, o São Paulo garantiu a vaga com a ótima apresentação semana passada no Morumbi, quando goleou os mexicanos por 4 x 0.

Mas é preciso dizer que o São Paulo não jogou bem no México. O time do Toluca é muito fraco. Parecia até que eram eles que não estavam acostumados a jogar na altitude. Ainda assim, os mexicanos dominaram a partida e venceram o jogo com muita facilidade.

Achei o time do São Paulo muito nervoso em campo, e isso resultou em graves erros técnicos e disciplinares. O time entrou na pilha dos mexicanos, com muitas jogadas ríspidas, discussões dentro de campo e uma injustificável expulsão de Centurión por cuspir no adversário já nos acréscimos e com o time classificado.

Recentemente li uma entrevista do diretor de futebol dizendo que, em um trabalho de formiguinha, estavam construindo um novo São Paulo, um time capaz de dar muita alegria aos são-paulinos. Espero que ele esteja certo.

Agora, daqui para frente, precisaremos torcer bastante e esperar que o São Paulo na sequência da Libertadores seja aquele time forte, vibrante e matador dos 4 x 0 no Morumbi, não o time que perdeu no México.


São Paulo em estado de graça
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Abilio Diniz

Que noite memorável! Tenho falado sempre que o São Paulo tem um bom elenco e na noite desta quinta-feira, com o Morumbi lotado e com o espírito de Libertadores, eles comprovaram o que penso. Jogaram como há muito tempo não se via.

Foi a melhor partida do ano sem a menor dúvida. A goleada por 4 x 0 poderia ter acontecido logo no primeiro tempo, tão grande foi a superioridade do São Paulo.

O Toluca nem parecia o time que terminou em primeiro lugar em um dos grupos mais difíceis da primeira fase da Libertadores. Os mexicanos estavam apavorados em campo e a bola parecia queimar nos pés dos jogadores. Mérito dos são-paulinos que marcaram em cima desde o começo da partida e dificultaram muito a vida do adversário.

Paulo Henrique Ganso está no melhor momento de sua carreira. Se continuar assim, vai merecer seu lugar de volta na Seleção Brasileira. Ele está brilhando demais. Procurando o jogo, chamando para si a responsabilidade de organizar o time. Um craque.

Michel Bastos voltou a seus bons tempos. Fez gol e ganhou todas as jogadas. Thiago Mendes também atuou como no ano passado, chegando mais na área adversária, tanto que marcou um golaço tabelando com Ganso. O garoto Kelvin foi muito bem e até Centurion brilhou, marcando duas vezes.

Aliás, gosto muito desse esquema de jogo. Uma equipe leve no ataque e se movimentando bastante. Mesmo sem um centroavante clássico, o time ganhou todas as bolas pelo alto.

Foi uma noite em que tudo deu certo. Os jogadores do São Paulo correram demais, atuaram com garra e disposição durante os 90 minutos da partida e praticamente garantiram a classificação à próxima fase da Libertadores.

Como dá prazer assistir a esse São Paulo.


Conselho do SPFC está de parabéns
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Abilio Diniz

O Conselho Deliberativo do São Paulo merece aplausos pela decisão de expulsar o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o ex-diretor Ataíde Gil Guerreiro. As atitudes de ambos não condizem com o que se espera de dirigentes de futebol.

O presidente do Conselho, Marcelo Pupo Barboza, merece elogios também pela condução independente e corajosa do caso, assim como o conselheiro Jose Roberto Ópice Blum, que presidiu a comissão de Ética que analisou o assunto.

Como venho escrevendo aqui neste blog, os conselheiros do São Paulo representam os verdadeiros donos do clube. Eles são fundamentais para promover uma gestão moderna e profissional sem a qual o São Paulo não sairá de sua crise atual nem tampouco retomará seus tempos de glória.

Espero que esta ação contundente do Conselho sirva de precedente para que o órgão seja mais atuante na gestão e conduza o clube para novas práticas e nova forma de governança.

Parabéns, conselheiros, vocês deram um exemplo para o futebol brasileiro.


São Paulo dá vexame e sai do Paulista
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Abilio Diniz

Após o jogo contra o São Bento, critiquei o São Paulo e, principalmente, seu esquema tático de jogo, ou melhor, a ausência dele. Disse que o time poderia passar pelo River Plate na Libertadores com o Morumbi repleto e a torcida apoiando o time. Mas, disse também que contra o Audax, a coisa poderia ser diferente.

Não deu outra. O time argentino não é mais nem sombra daquela equipe do ano passado, quando venceu a Libertadores. Com o estádio cheio e os jogadores atuando com muita garra, vencemos, continuamos vivos na competição, e o que é melhor, dependendo apenas de nós.

Mas, e este domingo? Foi o dia da verdade. O Audax é um time diferente, de uma alegria e beleza que beiram a irresponsabilidade. É uma equipe muito bem dirigida por um jovem técnico brasileiro que, se tiver chance, vai crescer ainda mais e mostrar que o Brasil não precisa de técnicos estrangeiros. Quem não concorda com isso, que dê uma olhada também no Atlético Mineiro dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre.

O Audax sobrou frente ao São Paulo. Fernando Diniz não só deu um nó em Bauza, “El Patón”, como o embrulhou para presente e o ofereceu para os cartolas encastelados no Morumbi. Foi um vexame.

Não dá para não criticar tamanha incompetência, principalmente porque leio nos jornais que “El Patón” quer ainda de três a cinco jogadores. Para que? Para colocá-los em campo e deixá-los perdidos, sem um mínimo esquema tático?

O São Paulo, além de não ter um modelo de jogo, não tem jogadas ensaiadas, não chega nunca à linha de fundo e joga em três blocos que não se entendem – defesa, meio-campo e ataque. É este o futebol moderno?

O Tricolor pode até vencer o The Strongest e continuar na Libertadores; vou torcer bastante por isso. Mas continuará sendo um time com bons jogadores e que poderia ter desempenho muito melhor se fosse bem dirigido. Os são-paulinos merecem muito mais.


Uma vitória fundamental
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Abilio Diniz

Que vitória importante! Os jogadores do São Paulo mostraram bravura, entrega, bom futebol e conseguiram melhorar as condições de classificação para a próxima fase da Libertadores. Agora, um empate na Bolívia contra o The Strongest leva o Tricolor às oitavas de final.

 

Missão simples? Longe disso. A altitude desumana de La Paz talvez seja o maior adversário do São Paulo na próxima quinta-feira. Mas, diante do cenário que se apresentava, jogar por um empate na última rodada é uma evolução considerável.

 

A torcida também fez a sua parte, Para um público de mais de 51 mil pessoas (como é bonito ver o Morumbi lotado…), o São Paulo começou o jogo partindo para cima do River e impondo seu ritmo. Não demorou para o argentino Calleri mostrar seu faro de centroavante e abrir o marcador com um chute forte dentro da área.

 

Mesmo com um começo de segundo tempo mais morno e com o River mais à frente, o time de Bauza manteve o domínio das ações, tanto que antes dos 15 minutos, mais uma vez Calleri apareceu para marcar o segundo do São Paulo. Era o placar que resumia bem o desenho do jogo.

 

Depois do gol, uma confusão entre os jogadores resultou na expulsão de um argentino e um cartão amarelo para o artilheiro Calleri, o que fez Bauza retirá-lo do jogo para não ser expulso.

 

Era o cenário perfeito para ampliar o placar. Entretanto, mesmo com um jogador a mais, o São Paulo levou um gol do River e, por pouco mais de dez minutos, passou por um nervosismo desnecessário pela bela partida que os jogadores faziam até aquele momento. Um empate do River obrigaria o time do Morumbi a vencer na Bolívia.

 

Felizmente nem a expulsão de João Schmidt foi suficiente para mudar o placar do jogo. O São Paulo se segurou e venceu uma partida carregada de pressão.

 

Mesmo com esse pequeno sufoco no final, entendo que os jogadores responderam muito bem à obrigação de vitória. É um bom sinal para os desafios que vêm pela frente.


São Paulo faz sua obrigação e goleia o Trujillanos
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Abilio Diniz

O São Paulo cumpriu bem o que se esperava dele: goleou o fraquíssimo time do Trujillanos, da Venezuela. Os 6 x 0 no placar refletiram o claro domínio dos brasileiros durante toda a partida. Destaque para o atacante Calleri, autor de quatro gols.

Desde o início da partida o São Paulo partiu para cima do adversário, empurrando os venezuelanos para dentro do seu campo, e matando o jogo com 3 x 0 ainda antes dos 25 minutos.

É isso mesmo que times melhores têm que fazer com aqueles com qualidade infinitamente inferior. Não dar qualquer chance. E foi o que aconteceu.

O São Paulo encaixou seu jogo e não teve qualquer dificuldade em seguir marcando seus gols também no segundo tempo.

Não me recordo de ter visto no futebol profissional um time tão frágil como esse Trujillanos. Seus jogadores pareciam ter saído de uma pelada entre casados e solteiros. A consequência disso foi o elástico placar construído pelo São Paulo.

Depois do trágico empate contra esse mesmo time na Venezuela, golear e melhorar o saldo de gols era fundamental para manter viva a chance de classificação à próxima fase.

Essa foi uma vitória muito importante. Golear traz sempre uma satisfação maior e ergue a confiança dos jogadores. Entretanto, não se pode acreditar que todos os problemas foram resolvidos.

A caminhada ainda é longa na Libertadores. O São Paulo será colocado à prova contra o River, no Morumbi e depois na altitude da Bolívia contra o The Strongest. São os adversários diretos na briga pelas duas vagas e nessa hora é que vamos saber o real nível do time de Bauza.

Vamos seguir torcendo.


Seleção e SPFC ameaçam paixão pelo futebol
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Abilio Diniz

O empate da seleção brasileira contra o Paraguai na terça-feira trouxe muita angústia, aflição, tristeza e preocupação. Se o Brasil não mudar urgentemente, a classificação para a Copa da Rússia ficará cada vez mais difícil. A esperança não é grande, e já sabemos que os cartolas da CBF não entendem de futebol.

Um dia depois do desastre da seleção, assisti ao empate do São Paulo com o Linense arrancado no último minuto dos acréscimos.

Será que a essa altura da vida vão conseguir fazer com que eu esmoreça a minha paixão pelo futebol? É constrangedor ver o SPFC de hoje. Não dá para comparar a qualidade dos jogadores do São Paulo e do Linense, mas o Linense tinha uma proposta clara de jogo, defensiva, tentando jogar no contra-ataque e aproveitando as inúmeras falhas da defesa tricolor.

E o São Paulo? Qual ê o esquema tático e qual é a proposta de jogo? Isso não existe, e não existe comando. Até quando vão dizer que estão fazendo uma reestruturação e que é preciso dar tempo para que funcione? Quanto tempo vão levar para descobrir as limitações do Bauza?  E os sábios do Morumbi ainda têm coragem de dizer que no meio do ano vão reforçar o elenco. Com que dinheiro? O clube não precisa de jogadores, precisa de competência, mas isso não existe no Morumbi.

Existem incompetentes, e eles são os únicos responsáveis por esse momento tão triste que o São Paulo está vivendo.