Blog do Abilio Diniz

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São Paulo vence, mas não por méritos próprios
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Abilio Diniz

Na sétima rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo enfrenta a Chapecoense e mesmo jogando mal, conquista a vitória e a liderança.

Para quem viu o jogo, o cenário ainda não é tão animador. A vitória do São Paulo não foi por méritos próprios, mas por incompetência da Chapecoense.

É claro que ainda é cedo e o time ainda não assimilou os métodos do técnico colombiano. Osório começou jogando de forma bem diferente. Dois laterais pela esquerda, Carlinhos e Reinaldo e pela direita, Michel Bastos e Thiago Mendes. Só Luis Fabiano mais à frente. O esquema não funcionou. Souza marcou um belo gol e este 1×0 foi o resultado final.

No segundo tempo, Osório foi substituindo na base das contusões e não houve padrão de jogo definido. O jogo foi feio, principalmente se levarmos em consideração que a Chapecoense é um time muito fraco.

Mas foi um bom resultado, por ter sido a primeira vitória fora de casa e por dar tranquilidade para Osório treinar o time e buscar um padrão tático de jogo para que a torcida são-paulina possa esperar por atuações e resultados melhores.


Bom jogo no Morumbi
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Abilio Diniz

Vitória sofrida do São Paulo, porém merecida.  O time apresentou as mesmas falhas de sempre, mas mesmo assim foi bem superior ao time do Santos.

Apesar de o jogo não ter sido de alto nível, foi emocionante com 5 gols , duas viradas e muita luta. Aliás a luta e a garra tem sido característica do time do SP, desde que Milton Cruz assumiu.

No primeiro tempo o São Paulo partiu para cima do Santos de forma avassaladora. Um verdadeiro rolo compressor. Porém, não conseguiu traduzir em oportunidades de gol sua superioridade: marcou um gol num chute de fora da área de Michel Bastos, que embora forte e ter batido no chão foi perfeitamente defensável.

O Santos empatou num pênalti involuntário de Denilson que Rogério defendeu, mas no rebote, Ricardo Oliveira marcou. No segundo tempo, o Santos desempatou logo nos primeiros minutos numa falha de Rogério e em mais um dos costumeiros e ridículos erros de posicionamento da defesa são-paulina. Para a sorte do SPFC, Paulo Miranda empatou de cabeça poucos minutos depois.

Daí para frente, o tricolor lutou e buscou o gol da vitória, mas teve muita dificuldade. Incrível a queda de rendimento físico do time no segundo tempo. Isto já tinha acontecido domingo passado em Porto Alegre. É preciso olhar com cuidado para isso.

Hoje tive a oportunidade de falar por telefone com o novo técnico do São Paulo, Juan Carlos Osório e gostei. Tive uma excelente impressão. Numa rápida conversa, ele me passou ser uma pessoa firme e determinada, porém humilde.

Humildade para mim é um valor fundamental. Começou no São Paulo dando apoio a Milton e foi premiado com uma vitória importante. É preciso que os torcedores o recebam bem, lhe deem apoio e se, for preciso, tempo. Acho que ele merece isso.


São Paulo poderia ter vencido o Inter
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Abilio Diniz

O limitado time do São Paulo fez um bom jogo em Porto Alegre hoje. No primeiro tempo foram pelo menos três chances claras de gol sem sofrer nenhum perigo.

No segundo tempo, a impressão é que o elenco cansou mostrando suas já conhecidas fragilidades. Errou muitos passes. Michel Bastos, Pato e Thiago Mendes renderam menos. Será que está faltando melhorar o preparo físico?

Apesar dos pesares, porém, o resultado de hoje não deixou de ser um bom empate na casa do adversário.

São Paulo não deixou o Inter jogar. Fez boa marcação e não sofreu perigo. Foi uma boa despedida do período de Milton Cruz no comando do São Paulo, que fez um excelente trabalho, com seu conhecimento e bom relacionamento com os jogadores.

É importante que o São Paulo e os torcedores reconheçam isso. Que venha o colombiano Osório, bem-vindo!

E que Milton continue dando todo apoio a ele, para que se adapte ao time do São Paulo e ao futebol brasileiro.

Começa então uma nova era já na quarta-feira feira contra o Santos.


Será que o problema é o técnico?
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Abilio Diniz

Os cartolas do São Paulo correm atrás de um técnico. De preferência estrangeiro porque tem mais charme e facilita o jogo para a plateia.

Embora reconheça e divulgue que o futebol brasileiro está atrasado no aspecto tático, prefiro sempre procurar melhorar a qualidade técnica dos treinadores brasileiros a trazer estrangeiros. As experiências recentes não são animadoras. O argentino que esteve recentemente no Palmeiras além do desempenho ruim, fez inúmeras contratações equivocadas. Além disso existem alguns técnicos brasileiros que estão tentando evoluir e mereceriam serem considerados.

Milton Cruz está fazendo o que pode, além de conhecer bem o futebol e ser um grande descobridor de bons jogadores, é um cara humilde, do bem e grande são-paulino. Não advogo aqui sua manutenção como técnico do São Paulo neste momento. Ele não tem o glamour que satisfaça os egos da cartolagem. Peço apenas que seja tratado com o respeito e a dignidade que merece.

A realidade é que o elenco do São Paulo é fraco e desbalanceado. É um time horrível? Claro que não. Mas é um grupo de jogadores difícil de ser organizado. A defesa é fraca, o meio de campo é lento e o ataque não tem profundidade. Mas o grande problema do SP é que o seu grande astro ,  Paulo Henrique Ganso, embora capaz de uma ou outra jogada genial é de uma lentidão e desinteresse pelo jogo que faz com que o time não tenha velocidade e não consiga jogar de forma compacta, defendendo e atacando em bloco, como exige o futebol moderno e bem jogado.

Sob o comando de Milton Cruz e num momento de grande inspiração, SPFC fez dois grandes jogos, os melhores dos últimos tempos, contra o Corinthians e o Cruzeiro e até mesmo contra o Flamengo. Mas logo voltou ao padrão normal que beira a mediocridade. Hoje o São Paulo bateu o Joinvile no Morumbi por 3 a 0. Não fez mais que a obrigação. A diferença de qualidade entre os dois times é imensa. Mesmo assim, não jogou bem. O jogo deu sono tal a lentidão que foi jogado.


São Paulo escapa de tomar goleada
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Abilio Diniz

Difícil imaginar que este é o mesmo time que jogou três partidas memoráveis contra Corinthians , Cruzeiro e Flamengo no Morumbi. Hoje, Todos jogaram muito mal, mas o Pior é que não houve vontade e nem espírito de luta.

Não houve marcação sobre pressão nem jogadas pelas laterais e chegadas à linha de fundo. Só jogo de lado. Parecia o time que levava Muricy à loucura. Tudo aquilo que Milton Cruz criou com muitos treinamentos táticos parece que já se perdeu.

Quando um time como o SP tem seu principal jogador na figura de Paulo Henrique Ganso, tudo fica mais difícil. Não adianta achar que é craque e de vez em quando acertar uma ou outra assistência ou realizar alguma jogada vistosa. É preciso mais, muito mais. É preciso ter atitude, se doar, defender e chegar na área, encostar no Pato e não abandoná-lo sozinho.

Esta atitude coloca os companheiros todos para baixo e o Centurión, que os cartolas trouxeram da Argentina de forma estranha. Joga uma partida mais ou menos bem e depois afunda o time como no jogo de hoje.

Este time não ganha uma dividida, é diblado com facilidade, perde na corrida de qualquer adversário. Realmente hoje foi demais. O placar foi injusto para a Ponte. O correto teria sido aplicar uma fantástica goleada no time do SPFC.

Rogério Ceni, apesar de ter falhado no gol da Ponte, evitou no mínimo mais três gols feitos, o travessão mais um e a péssima pontaria dos atacantes da Ponte mais três. 7 a zero teria sido um resultado mais correto.

E agora Milton Cruz tem uma semana para mostrar a este grupo que eles precisam, no mínimo, serem tão profissionais como ele. Precisam assumir uma postura de homens guerreiros, baixarem a cabeça com humildade e lutarem para se recuperarem.

Se Milton conseguir isto, pode voltar aos treinos táticos que deram tão certo em três partidas e os são-paulinos podem voltar a ter esperança de bons resultados no campeonato brasileiro.


São Paulo fora da Libertadores
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Abilio Diniz

Não é fácil digerir uma eliminação tão precoce em uma competição como a Libertadores justamente no momento em que seu time parecia estar finalmente corrigindo erros, evoluindo e encontrando um bom caminho para grandes conquistas. Mas a graça do futebol é que em 90 minutos, tudo pode mudar. Assim foi ontem em São Paulo e Cruzeiro, com mais uma partida brilhante do goleiro Fábio.

Um São Paulo completamente diferente dos jogos anteriores perdeu para o Cruzeiro nos pênaltis. Depois de partidas brilhantes, com raça, vontade de vencer, velocidade e marcação firme, o SPFC se apequenou e deu lugar à uma péssima atuação, de marcação frouxa, poucas jogadas pelas laterais e quase nenhuma profundidade. Assim, o tricolor cai frente a um time que buscou a vitória o tempo todo.

Ganso desta vez esteve completamente omisso, Michel Bastos não jogou o que sabe e a defesa fez o de sempre, um susto atrás do outro. Os erros de passes não permitiam mais nem ameaças ao gol de Fábio. O 1 x 0 no tempo regulamentar foi pouco diante de tanto sufoco que a defesa passou. Sem o controle da partida, a afobação acabou abrindo espaço para que o Cruzeiro se sentisse à vontade para pressionar e abrir o placar.

O São Paulo poderia ter perdido no tempo normal. O Cruzeiro perdeu várias oportunidades de gol, mas a decisão foi para os pênaltis. É incrível como até nisso fomos incompetentes. Sem querer tirar o mérito de Fábio, perdemos três cobranças de forma bisonha. Luiz Fabiano e Lucão colocaram a bola onde O goleiro queria. Não deu outra, vitória do Cruzeiro.

O Rogério Ceni foi dos poucos que teve atuação muito boa durante o jogo. E ainda colocou o São Paulo em posição de vencer nos pênaltis ao defender a primeira cobrança do Cruzeiro e converter ele mesmo a primeira do São Paulo. Visivelmente emocionado, Ceni se despediu da Libertadores dando o melhor de si, mesmo com seus 42 anos.

Apesar dos pesares, não é pelo resultado de ontem que o trabalho desenvolvido por Milton Cruz até aqui será posto em xeque. A mudança esperada pelos são-paulinos já começou. O elenco já está dando mostras de que pode ser bem trabalhado e conquistar bons resultados. Jogos importantes já foram vencidos, recuperando os ânimos dos jogadores e da torcida. Mas toda mudança requer tempo. E pelo que vemos, a do São Paulo não será tão rápida assim.


São Paulo continua guerreiro
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Abilio Diniz

O São Paulo começou o Campeonato Brasileiro com vitória importante. Poupando vários jogadores para o jogo da Libertadores contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte o SPFC conseguiu, com um time misto, suprir com garra as deficiências técnicas.

Novamente um grande trabalho de Milton Cruz, que não está se importando se é interino ou não, que não foi procurado pelos cartolas para se falar da sua situação, mas também não dá nenhuma demonstração de estar preocupado com isso. Segue orientando e motivando os jogadores com grande competência e os resultados estão acontecendo.

Há muito tempo não se tinha um clima tão bom e uma união tão grande entre os jogadores. O grupo está unido em torno de seu novo líder. A vitória de hoje teve um sabor especial para Milton e todo o grupo.

Ganhar em cima de time dirigido por Wanderley Luxemburgo é sempre mais divertido, principalmente porque o polêmico treinador sabidamente é incensado pelo presidente do SPFC.

Mas os torcedores são-paulinos começam a reconhecer o trabalho do técnico e o esforço dos jogadores. O jogo de hoje não foi fácil, principalmente no primeiro tempo. Alguns jogadores foram muito mal, principalmente Paulo Miranda e Hudson e comprometeram todo o esquema tático. Mas Souza, Rodrigo Caio Luiz Fabiano e Boschilia compensaram e mesmo no primeiro tempo, o São Paulo teve duas chances claras de gol.

Belo trabalho. Agora, o grande jogo quarta-feira contra o Cruzeiro que pode significar a passagem para as quartas-de-final da Libertadores.


Com Morumbi lotado, São Paulo encontra caminho
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Abilio Diniz

A torcida são-paulina fez a sua parte e o tricolor soube retribuir. Com um público expressivo no Morumbi, o elenco entrou em campo como há muito se esperava: com garra, vontade de vencer e ofensivo. Não fossem as grandes defesas de Fábio e alguns erros inacreditáveis na cara do gol, o São Paulo poderia ter liquidado o Cruzeiro neste jogo. Mas valeu.

A base mantida por Milton Cruz mostrou boa evolução tática. O São Paulo começou jogando num ritmo forte e coeso, atacava e defendia de forma compacta, usava bem as laterais do campo e soube manter o ritmo mais agressivo durante todo o jogo. O pênalti claro e não marcado pela arbitragem foi só um detalhe a mais que poderia ter contribuído com o placar.

De longe, além do bom jogo apresentado e da importante vitória na competição, o time tem conquistado algo mais relevante para o atual momento: sintonia e renovação nos ânimos do elenco e as pazes com a torcida, que cobrava um futebol mais empolgante. Com um esquema tático sólido e eficiente, parecia o Barcelona. Evidente que faltavam Messi, Neymar, Iniesta e Companhia e por isso o Cruzeiro conseguia se aguentar. O grande trabalho de Milton Cruz está devolvendo aos são-paulinos a alegria de assistir futebol.

Com o início do brasileirão neste fim de semana, o time tem boas oportunidades para fortalecer o esquema tático e manter o ritmo e nível técnico para a Libertadores. O caminho já foi encontrado. Basta seguir evoluindo.

 


Um São Paulo diferente
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Abilio Diniz

O São Paulo entrou em campo completamente diferente das outras partidas disputadas este ano. Desde os primeiros momentos, assumiu uma nova postura. Demonstrou confiança e partiu para cima do adversário. Marcou com pressão, correu, atacou e defendeu de forma compacta. Em outras palavras, fez aquilo que se esperava há muito tempo: jogou pelas laterais e procurou chegar à linha de fundo para cruzar. Enfim, um São Paulo não só em evoluçao técnica e tática, mas guerreiro, lutador e corajoso.

Todo o time lutou pra valer, inclusive Ganso, Luis Fabiano e Souza e o resultado também foi completamente diferente. Com essa determinação, o São Paulo venceu não só o primeiro clássico neste ano, mas também o jogo que lhe dá o direito de continuar na Libertadores. Claro que a expulsão de Emerson Sheik facilitou as coisas, mas é importante notar que até aquele momento,  o SPFC já era muito superior ao Corinthians.

Milton Cruz continuou com suas convicções e colocou novamente 3 volantes. Mas contra o Corinthians parece que o time todo entendeu o que isto significa. O entrosamento que faltou nas partidas anteriores apareceu. Hudson, Michel Bastos e Ganso se revezavam na tarefa de encostar em Luis Fabiano e se tornarem atacantes como ele. Os avanços dos laterais Bruno e Reinaldo encontravam sempre um companheiro próximo para tabelar.

Enfim,  um São Paulo completamente diferente, assimilando bem o novo modelo de jogar imposto por Milton Cruz, desde que assumiu. Se este jogoservir de base,  os são-paulinos têm razão para ficarem esperançosos.

Parabéns Milton Cruz, você agora tem algum tempo para treinar o time de acordo com sua convicção de qual a tática mais adequada para dar ao São Paulo um futebol moderno e vencedor.

 


SPFC na Libertadores: a sorte está lançada
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Abilio Diniz

Após tantas rodadas sem expressão, o campeonato paulista finalmente caminha para seu encerramento. No primeiro jogo da semifinal, Corinthians e Palmeiras pelo menos fizeram um grande jogo que valeu a pena assistir e, nos pênaltis, o alviverde levou a melhor.

Já no segundo clássico de hoje, os são-paulinos esperavam um elenco mais determinado, que pudesse fazer do jogo uma boa oportunidade para alavancar um ritmo ofensivo para o jogo de quarta-feira, que realmente importa. Mas não foi o que aconteceu.

Até que o SPFC não jogou tão mal no começo. Teve boas oportunidades para marcar, mas faltou categoria aos atacantes para definir as jogadas.

Categoria que faltou também à defesa, que ficou assistindo Geuvânio avançar do meio do campo e fuzilar Rogério Ceni.

Milton Cruz mexeu no intervalo e colocou Luiz Fabiano no lugar de Paulo Miranda passando Hudson para lateral direita, abrindo mão de três homens no meio do campo. Não mudou muita coisa. Pato perdeu um gol incrível e ninguém fez mais muita coisa. O Santos ficou esperando o erro do São Paulo para matar o jogo.

Ao SPFC, Falta categoria e falta garra. Além disso, falta confiança principalmente quando as coisas correm mal. Aí tudo fica pior.
Luiz Fabiano ainda fez um gol e o tricolor deu sufoco no final do jogo, mas já era tarde e não foi possível evitar a derrota.

Para o São Paulo acabou este enfadonho campeonato. Agora vem o jogo que define tudo. O jogo com o Corinthians e o que vai acontecer com o SPFC nesta fase tão triste. A sorte está lançada.