Blog do Abilio Diniz

Arquivo : Conselho

Parabéns, Leco
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Abilio Diniz

Parabéns, Leco, você talvez tenha ganho uma das mais importantes eleições já realizadas no São Paulo. Não importam os caminhos percorridos, hoje isso é passado. O que importa é que você chegou lá.

Todos sabem que eu estava em lado contrário, apoiando a candidatura Pimenta, e critiquei muito a sua gestão. Mas isso também já faz parte do passado. O que importa é o presente e o futuro, e é dele que quero lhe falar.

O São Paulo é maior do que os seus dirigentes e os seus momentos. É para isso que devemos olhar. Você é o presidente eleito, e todos devemos agora apoiar o sucesso de sua gestão, pelo bem do nosso São Paulo.

Você recebe um clube com um Conselho totalmente dividido, e isso pode ser muito ruim para a sua gestão.

Eu sempre preguei a união de todos os partidos políticos do clube e de todos os conselheiros. Este apoio é fundamental para o sucesso de qualquer agremiação. Peço que você lute por isso, pacifique a política dentro do São Paulo, procure fazer com que não haja vencidos e vencedores. Assim poderemos levar o clube de novo a ser líder do futebol brasileiro e mundial.

Peço também que você dê força ao novo estatuto. Ele não é ainda o ideal, mas representa um avanço em termos de democratização e de uma nova governança. Sei que não vai ser fácil; tem muita gente próxima a você que prega o presidencialismo sem compartilhamento do poder e quer rever o estatuto. Espero que você resista.

Também espero que você escolha de forma adequada os membros do Conselho de Administração, contemplando os vários partidos existentes no Conselho. Tenho certeza que essa pluralidade democrática contribuirá fortemente para a tão necessária união.

Peço isso porque acredito que o sucesso de sua gestão dependerá muito do apoio que você tiver de todos.

O São Paulo vive um momento ruim, mas acredito que com união, boa gestão, transparência e a aplicação correta do novo estatuto, você poderá superar essa fase com o apoio maciço dos são-paulinos.

Não sou uma pessoa sectária. Acredito na busca de resultados de forma eficiente e pragmática. Sempre apoiarei as boas ações.

Você venceu a eleição, e agora torço para que faça o melhor pelo nosso querido clube.

Leco, eu lhe desejo boa sorte, saúde e que Deus ilumine o seu caminho.


Parabéns aos conselheiros do SPFC
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Abilio Diniz

Quero aqui dar os parabéns aos Conselheiros do São Paulo que deram uma bela demonstração de responsabilidade e respeito à instituição ao rejeitarem a proposta de antecipação de receitas da TV aberta para 2019.

Tenho dito faz tempo que percebo uma mudança muito positiva dentro do São Paulo, apesar do fracasso da atual direção do clube.

O SPFC não é de seus dirigentes, mas dos sócios representados pelos seus conselheiros, a quem os dirigentes devem submeter suas metas, prestar contas e apresentar resultados. E tanto os associados quanto seus conselheiros vêm assumindo cada vez mais suas responsabilidades, participando com bastante importância dos destinos do clube.

É uma evolução extremamente bem-vinda e positiva. O São Paulo é maior do que todos nós e assim deve ser tratado. Chega de despotismo e decisões impostas de cima para baixo, de forma arrogante, sem fundamentação nos fatos e nas melhores práticas, mas baseadas em motivações desconhecidas ou mal explicadas.

Felizmente, isso está mudando. Foi assim na aprovação do novo estatuto no Conselho, na vitória do SIM na Assembleia Geral dos Sócios e agora também na reunião de ontem do Conselho.

Todos que derrotaram a proposta da diretoria estavam pensando no bem do SPFC. A vitória não é de um grupo político, é do São Paulo, que retornará brevemente ao seu posto de referência em gestão e de conquistas dentro do campo se o novo estatuto for aplicado de forma correta.

Alegações da atual diretoria de que falta dinheiro no final do ano têm uma única razão: a má gestão. O SPFC não poderia comprometer receitas de 2019 (!) para tapar buracos que a gestão atual tentou esconder o ano todo, alegando que estava saneando as finanças. Ora, não só não saneou nada, como levou o time a um dos piores momentos de sua história.

É através de atitudes como a de ontem do Conselho que o clube se recuperará e se fortalecerá cada vez mais. Como são-paulino, estou muito orgulhoso.


Conselho do SPFC está de parabéns
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Abilio Diniz

O Conselho Deliberativo do São Paulo merece aplausos pela decisão de expulsar o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o ex-diretor Ataíde Gil Guerreiro. As atitudes de ambos não condizem com o que se espera de dirigentes de futebol.

O presidente do Conselho, Marcelo Pupo Barboza, merece elogios também pela condução independente e corajosa do caso, assim como o conselheiro Jose Roberto Ópice Blum, que presidiu a comissão de Ética que analisou o assunto.

Como venho escrevendo aqui neste blog, os conselheiros do São Paulo representam os verdadeiros donos do clube. Eles são fundamentais para promover uma gestão moderna e profissional sem a qual o São Paulo não sairá de sua crise atual nem tampouco retomará seus tempos de glória.

Espero que esta ação contundente do Conselho sirva de precedente para que o órgão seja mais atuante na gestão e conduza o clube para novas práticas e nova forma de governança.

Parabéns, conselheiros, vocês deram um exemplo para o futebol brasileiro.


São Paulo empata na Venezuela e se complica na Libertadores
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Abilio Diniz

Um resultado lamentável. Assim pode ser definido o empate contra o fraquíssimo time do Trujillanos. Com o resultado, o São Paulo ficou em situação desesperadora na Libertadores.

São-paulinos, é muito triste o que acontece com nosso querido clube. Os problemas se misturam dentro e fora do campo.

Acaba nem valendo a pena tentar comentar o jogo desta quarta-feira. O São Paulo jogou muito mal e foi totalmente incompetente.  Aliás, nada disso é novo; é mais do mesmo. Sob o comando de Bauza, o São Paulo tem jogado sempre mal, sem criatividade, ordem tática e jogadas ensaiadas.

Os equívocos da direção do SPFC se acumulam. Para que contratar um técnico estrangeiro de nível certamente inferior a muitos que temos aqui? O que explica estourar o caixa do time logo no mês de janeiro atrasando compromissos com os jogadores? Quem vai explicar a contratação do jogador Kieza para quase não atuar e agora, dois meses depois, cedê-lo ao Vitória?

Quem me acompanha por aqui sabe que eu tenho insistido muito nesse tema: o São Paulo tem que mudar. E os donos do clube, seus sócios e torcedores representados pelo Conselho, tem que ser o elemento desta mudança. Não dá mais para seguir assim. Passou da hora.


São Paulo reflete em campo a má gestão dos cartolas
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Abilio Diniz

O São Paulo perdeu com um futebolzinho digno do momento conturbado que vive. A diferença de qualidade entre os jogadores do SPFC e do São Bernardo é imensa. Se o campeonato terminasse antes do jogo, o São Bernardo estaria rebaixado. Apesar disso, em alguns momentos o time grande, bem treinado, tocando a bola e com esquema tático definido era o São Bernardo.

O São Paulo continua sem esquema de jogo definido, sem jogadas ensaiadas e nunca chega à linha de fundo. Após mais de dois meses, Bauza ainda não mostrou a que veio.

Sou apreciador do futebol bem jogado e de esquemas táticos e dou muito valor ao trabalho dos técnicos. Fico pensando como o San Lorenzo foi campeão da Libertadores na mão de Bauza. O San Lorenzo é o time do nosso querido Papa Francisco, e com certeza ele deve ter rezado muito para o triunfo da equipe argentina.

Hoje o técnico Sergio Soares, que no passado trabalhou comigo no Audax, com um time muito inferior, deu um nó no técnico argentino.

Será que não temos no Brasil técnicos de categoria superior capazes de motivar e dialogar melhor com os jogadores? Claro que sim, mas não com a grife suficiente para satisfazer a cartolagem hoje encastelada no Morumbi, para quem sobra vaidade e soberba, mas falta humildade e competência.

Esses gênios do conhecimento da bola montaram a atual equipe técnica. Retiraram Milton Cruz da coordenação técnica com o pretexto de que estava ultrapassado e o afastaram do campo onde viveu toda a sua vida, justo ele, querido e respeitado pelos jogadores e pela torcida e responsável por salvar o São Paulo no ano passado ao colocar o time na Libertadores.

O São Paulo pode até vencer o River Plate na Argentina na próxima semana, o futebol é imprevisível. Mas o São Paulo precisa mudar. Os dirigentes não são os donos do clube e não podem continuar agindo como se o fossem. Os únicos e verdadeiros donos do São Paulo são seus sócios e seus torcedores, representados pelo Conselho Deliberativo, e eles precisam ser respeitados.

Acredito que os sócios, os torcedores e seus representantes no Conselho serão os agentes que mudarão o São Paulo e com isso ajudarão a transformar o futebol brasileiro.


Transparência e participação podem mudar o jogo
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Abilio Diniz

Nunca participei da administração do São Paulo nem de nenhum outro clube de futebol. No ano passado, em virtude das graves dificuldades do clube, procurei, por meio dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, ajudar a superar aquele momento crítico. Tivemos sucesso em mudar a presidência e a diretoria do SPFC. Mas, na minha opinião, o principal não foi atingido, que era colocar o São Paulo num caminho que o tornasse referência nacional e talvez mundial em gestão esportiva.

Na minha atuação junto aos Conselhos, tenho pregado mais transparência e participação desses órgãos na gestão do SPFC. Na minha visão, os sócios e os torcedores do São Paulo são seus verdadeiros donos, representados pelos conselheiros do clube, e as principais decisões devem ser tomadas por esses representantes, com clareza e transparência, para que todos saibam o que se passa e participem.

No sentido de colaborar com o SPFC, estou arcando com os custos de duas das mais importantes consultorias do mundo, a PricewaterhouseCoopers (PwC) e a McKinsey. Elas estão fazendo um trabalho de auditoria e consultoria na parte financeira e no futebol, elaborando sugestões visando a modernidade e a busca de mais eficiência. As consultorias estão avançando nas auditorias que revelarão a verdadeira situação do clube, mas elas não conseguem informação nem espaço para trabalhar no futebol. Parece não haver interesse dos atuais dirigentes na abertura para coisas novas e na transparência.

Depois de tantas derrotas, dentro e fora do campo, o futebol brasileiro está passando por um momento importante que pode redefinir seus rumos.

Uma investigação internacional está finalmente prendendo e apertando o cerco contra dirigentes do futebol brasileiro e internacional, que por décadas exploraram o esporte para benefício próprio.  A nova legislação do futebol brasileiro obriga os clubes a serem mais responsáveis e transparentes na administração. Já na parte da receita dos clubes, uma nova disputa pelos direitos de transmissão dos campeonatos envolve enorme quantidade de dinheiro e obriga os clubes a fazerem planejamento de mais longo prazo.

Nesse contexto de renovação e purificação do futebol, e com toda a minha experiência de gestor, entendo que decisões importantes como a dos direitos de transmissão devam ser tomadas não apenas por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, mas pelo colegiado representativo dos verdadeiros donos do clube, seu Conselho Deliberativo, até porque o que for decidido agora valerá para depois do mandato dos atuais dirigentes são-paulinos.

Os donos do SPFC têm que participar através do Conselho para que haja legitimidade nas decisões da diretoria. Transparência e participação são o nome do jogo.

Considero importante a participação do Conselho mesmo nas contratações e vendas de jogadores, normalmente tão polêmicas. Marcelo Pupo Barboza, presidente do Conselho Deliberativo, está procurando fazer o que pode, nomeando comitês. O problema é que esse trabalho é feito a posteriori, tendo efeitos mais de autópsia do que de prevenção.

Sei que muitos conselheiros defendem que o SPFC deva ser administrado pela paixão e pelo coração. Respeito e concordo. Só que essa força emotiva tem que ser colocada em benefício do São Paulo como um todo, e não administrada apenas por um pequeno grupo no poder.


O São Paulo avança
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Abilio Diniz

Participei na segunda-feira da reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo e mais uma vez fui muito bem recebido. Queria agradecer o convite, a recepção e, acima de tudo, o enorme apoio dado não ao Abilio, mas à proposta de profissionalizar e moralizar a gestão.

Foi a paixão que me fez estar no Morumbi. Sou muito disciplinado com agenda, e tinha compromisso assumido meses atrás de abrir congresso de investidores em Nova York. Acabei falando ao Conselho tricolor 12 horas antes da palestra em NY. E o esforço valeu.

Saí da reunião mais feliz do que entrei. O apoio praticamente unânime dos conselheiros presentes à realização de uma auditoria séria e independente, que se reporte também ao Conselho Deliberativo, é um primeiro passo na dura caminhada para tornar o São Paulo exemplo no futebol brasileiro e mundial.

O São Paulo tem que mudar não apenas para retornar às glórias do passado, mas para viver um sonho grande de ser o clube mais eficiente e vitorioso do Brasil.

Não quero poder nenhum no São Paulo. Mas quero poder ajudar com o que aprendi na vida. E não foi pouco.

Estou lutando para que meus filhos tenham sempre orgulho do clube que decidiram amar. O São Paulo não pertence ao presidente de turno, mas sim aos sócios e torcedores da grande nação são-paulina. Nosso clube não pode ser tratado desse jeito.

A vitória da boa gestão nesta semana no Conselho é o primeiro passo do caminho. Entendo que é preciso andar mais rápido, dada a situação crítica do clube. Mas pelo menos começamos a andar.


Aos conselheiros e diretores do São Paulo
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Abilio Diniz

Quem acompanha este blog sabe como venho tentando ajudar o São Paulo a encontrar saídas para a sua grave crise financeira. E a única saída possível é também uma grande oportunidade: profissionalizar a gestão. Não temos mais tempo a perder.

Apresentei uma proposta nesse sentido em reunião do Conselho Deliberativo e pude ver o enorme apoio de vocês. Desde então, porém, nada de concreto aconteceu.

Segundo relatos da mídia, hoje haverá uma reunião do Conselho Consultivo, da qual fui excluído, para discutir o plano de profissionalização. À noite, segundo esses relatos, a diretoria deve se reunir também para apreciar o plano. Pode até aprová-lo, mas o que importa é a sua execução.

A diretoria e todos os conselheiros precisam assumir as responsabilidades deste momento crítico e apoiar uma profissionalização verdadeira da gestão. A atuação do Conselho Deliberativo é fundamental, pois representa os verdadeiros donos do São Paulo – os seus sócios e a sua imensa torcida.

Como nas empresas, o Conselho precisa estar perto do presidente e da diretoria na condução da gestão em momento tão crítico. O CEO do São Paulo e o Instituto Áquila, ambos contratados pelo presidente Aidar, redigiram o novo plano e devem prestar contas ao Conselho, como acontece nas gestões profissionais das boas empresas.

Não é possível uma organização com uma receita da ordem de R$ 220 milhões por ano e uma dívida quase impagável da ordem de R$ 270 milhões ser gerida de forma não profissional. A administração precisa ser feita por pessoas dedicadas em tempo integral, com sólida formação nas áreas em que atuam.

Não há tempo a perder. O SPFC pode ficar sem dinheiro para cumprir suas obrigações em semanas. Para cobrir o rombo, já se discute pedir adiantamento pela transmissão do Campeonato Paulista de 2016. O dinheiro do patrocínio da Under Armour até o final de 2016 já foi antecipado e gasto. Ou seja, para resolver o problema presente está se criando um problema futuro. Essa conta não fecha.

O Itaú BBA fez um relatório demolidor sobre a situação (leia o relatório completo aqui). Começa assim: “Se autodestruirá em 3, 2, 1… O São Paulo está em rota de colisão com um muro. Não tem segredo, e os sinais são claros”. A análise do banco inclusive faz uma série de propostas de gestão profissional para o São Paulo totalmente em linha com as minhas propostas.

A situação, insisto, é grave e urgente. Os bancos credores podem em breve cobrar essa fatura e, em caso de não pagamento, tomar as garantias da dívida, entre elas o patrimônio social do clube. Nunca imaginei que o São Paulo fosse chegar a esse ponto.

Meu objetivo aqui é unir o São Paulo. Só juntos poderemos tirá-lo da beira do abismo. O São Paulo é grande demais para ficar refém de pequenos interesses e grandes egos.

Temo que essas reuniões fechadas levem a decisões de conchavo que tenham como objetivo apenas preservar interesses individuais e criar uma fachada de profissionalização.

Na minha trajetória, enfrentei situações delicadas de empresas com muito mais crédito na praça que o São Paulo, que precisaram de muito foco, muita seriedade e muita competência para se reerguerem. Isso é possível. Mas precisa ser feito logo e da forma certa.

Senhores conselheiros e diretores, tentei aqui jogar luz sobre a situação terrível do nosso amado tricolor. Fui até onde pude. A partir daqui, preciso de ajuda. Peço que atuem visando o melhor interesse do clube. Conto com vocês.

 


É preciso salvar o SPFC enquanto há tempo
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Abilio Diniz

Comentar o jogo de hoje é falar mais do mesmo. Não entendo o que o treinador colombiano Juan Carlos Osorio quer fazer. Entendo que ele está sob muita pressão e inseguro, mas poderia tentar fazer o mais simples.

Além do esquema tático equivocado, a defesa continua um desastre, o meio-campo, sem criatividade e o ataque, improdutivo. Enfim, mais do mesmo.

É preciso que os são-paulinos estejam preparados e não tenham ilusões. Infelizmente, não vejo chance de melhoria no curto prazo. Como disse no meu último post, é preciso repensar o São Paulo.

Todos sabem que sou são-paulino e estou tentando ajudar, mas está muito difícil. Neste fim de semana vimos mais uma decisão estranha: a venda de Rafael Tolói. O que tem de errado? Talvez nada, não fosse Tolói, apesar das críticas, o menos ruim dos zagueiros disponíveis.

O São Paulo precisa muito de dinheiro, mas por que vender um jogador no qual o clube tem participação baixa e pelo qual vai receber tão pouco que não compensa a venda? Além disso, é preciso perguntar o que fez a atual direção com o dinheiro da venda de oito jogadores? Pôs no ralo, visto que até agora não foi dado nenhum passo concreto para resolver os problemas estruturais que levam ao desequilíbrio financeiro.

A imprensa diz que o novo CEO do clube ainda vai apresentar o plano de ação detalhado para a profissionalização da gestão, mas isso não é motivo para a inércia e o imobilismo. Não há tempo.

O SPFC de tantas tradições e seus associados correm risco enorme. As dívidas pioram a cada dia e estão se tornando impagáveis, ameaçando o patrimônio do clube. Diante disso, é preciso comando, determinação, velocidade e, principalmente, credibilidade. É preciso ação.

Como membro do Conselho Consultivo, tenho tentado ajudar o São Paulo através do seu presidente, Carlos Miguel Aidar. Mas é preciso que ele coopere e se concentre nos interesses do São Paulo.

Vou continuar tentando ajudar porque desistir é palavra que não consta do meu vocabulário. Não desisto nunca, mas preciso de ajuda. O São Paulo tem nos seus Conselhos Consultivo e Deliberativo homens formidáveis, de bem, alguns ex-presidentes e ex-diretores.

Peço a todos que ajudem a unir o clube e a somar esforços para tentar salvar o São Paulo enquanto há tempo.


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