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Conselheiros têm oportunidade de mudar SPFC
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Abilio Diniz

O São Paulo Futebol Clube irá decidir seu futuro no mês de abril. Os conselheiros escolherão o novo presidente, mas escolherão muito mais do que isso: optarão entre continuar vivendo de derrotas, tristezas e má gestão em todos os setores, elegendo pessoas que já comprovaram incapacidade administrativa, ou optarão pela aplicação correta do novo estatuto, pela boa governança, por uma administração profissional que pode trazer de volta as glórias e a liderança do futebol.

O clube sempre esteve dividido entre situação e oposição. Mas para que o SPFC supere sua pior crise e se transforme, o momento agora é de união entre todos para o bem do clube. O Conselho Deliberativo é formado por homens íntegros, honestos e que amam a instituição. Sempre que fui convidado para as reuniões do Conselho, procurei pregar a união de forças por um São Paulo vitorioso. A hora é agora. São os conselheiros que decidirão os destinos do clube.

Chegou o momento de dar um basta naqueles poucos que se aproveitam do São Paulo para satisfazer suas vontades. O clube é maior do que qualquer pessoa.

Temos como candidatos declarados à presidência do clube o Leco, atual presidente, que já demonstrou toda a sua incapacidade tanto na condução do futebol quanto na gestão do clube, e Roberto Natel, que era vice-presidente até pouco tempo e que, creio, representa mais do mesmo.

Do outro lado, temos José Eduardo Mesquita Pimenta, que se lançou candidato semana passada. Pimenta já disse que está absolutamente comprometido com o novo estatuto do SPFC. Suas ideias sobre transformação do clube, administração profissional, importância do Conselho de Administração, são aquelas que acredito serem as melhores para o São Paulo voltar a ser vencedor dentro e fora do campo.

Pimenta foi o presidente mais vitorioso da história do São Paulo. Na sua gestão o clube conquistou o bicampeonato Mundial Interclubes e o bicampeonato da Libertadores, entre outros títulos. Mas, mais importante do que isso, em sua época, ele já falava em profissionalização do SPFC. Sua visão sempre foi essa, e agora ele vislumbra a oportunidade de colocá-la em prática, fazendo história de novo no SPFC.

Além disso, nos balanços de suas gestões, o clube sempre apresentou superávit financeiro. Ou seja, além dos vários títulos, o clube tinha enorme sobra de caixa para realizar boas contratações para a equipe de futebol e realizar outras benfeitorias nas áreas sociais.

O São Paulo precisa desse perfil de gestor: uma pessoa com toda essa experiência administrativa e que esteja de verdade comprometido com o presente e, principalmente, com o futuro.

A gestão atual do São Paulo subaproveita o potencial do clube. Recentemente, por minha conta, encomendei dois estudos sobre o SPFC com duas das maiores consultorias mundiais: da McKinsey, para o Departamento de Futebol, e da Price (PwC), para as contas internas do clube. Os relatórios foram elaborados e apresentados para que houvesse gestão mais eficiente, que permitisse renegociação correta da enorme dívida do clube e estruturação das finanças. Um dos estudos apontou que, se o Centro de Formação de Atletas de Cotia tivesse uma gestão profissional, poderia gerar entre 30 e 50 milhões de euros por ano, além de fortalecer tecnicamente o time profissional de futebol. Isso significaria dar autonomia e independência financeira ao SPFC.

Infelizmente, a atual gestão do SPFC não seguiu as orientações. O clube vive de vendas esporádicas, nem sempre nos momentos corretos. O planejamento é atropelado pela necessidade.

É preciso usar todo esse potencial de maneira profissional e transparente. Sim, o SPFC pode e voltará a ser o melhor clube do país e um dos melhores do mundo. Tenho certeza que o são-paulino não está satisfeito com a situação. Só que essa mudança passa por uma nova gestão. O estatuto está aí para ser aplicado. Não há mais espaço para ofertas de carteirinhas, troca de favores por votos, exemplos de uma administração arcaica.

O SPFC precisa ser administrado como merece.


2017 pode ser muito melhor
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Abilio Diniz

Final de ano é um bom momento para refletir sobre o que deu certo e o que realmente não funcionou. É também boa hora para pensar no futuro e planejá-lo.

Sou uma pessoa otimista e de muita fé. Penso sempre que as coisas podem e devem melhorar, mas temos que trabalhar para isso e fazer a nossa parte.

2017 será fundamental para o São Paulo retomar o seu caminho de glórias. Passo importante foi dado em 2016 com a aprovação do novo estatuto profissionalizante.

Agora é hora de união do clube em torno de um projeto vitorioso. Sem situação e oposição, sem brigas particulares por poder. As melhores cabeças devem estar no comando das decisões. Que dirigentes, conselheiros, profissionais e ex-presidentes, cada um com sua experiência, se sentem à mesa e discutam o melhor para o SPFC. O clube só tem a ganhar com um debate produtivo e responsável.

Tenho esperança de que o novo estatuto do São Paulo seja o pontapé inicial para novos tempos. As diretrizes para uma melhor gestão estão lá. Esperamos que a diretoria a ser eleita nas próximas eleições as aplique de maneira correta.

Dento do campo as esperanças também se renovam. A presença do ídolo Rogerio Ceni no comando técnico do SPFC pode resgatar nossa tradição de sempre lutar por vitórias e títulos jogando o melhor futebol. Tomara que Rogério tenha as condições necessárias para desenvolver o seu trabalho. Estarei torcendo muito por isso.

Um Feliz Natal a todos e um 2017 cheio de paz, saúde e felicidade. Que Deus abençoe a todos.


Parabéns aos conselheiros do SPFC
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Abilio Diniz

Quero aqui dar os parabéns aos Conselheiros do São Paulo que deram uma bela demonstração de responsabilidade e respeito à instituição ao rejeitarem a proposta de antecipação de receitas da TV aberta para 2019.

Tenho dito faz tempo que percebo uma mudança muito positiva dentro do São Paulo, apesar do fracasso da atual direção do clube.

O SPFC não é de seus dirigentes, mas dos sócios representados pelos seus conselheiros, a quem os dirigentes devem submeter suas metas, prestar contas e apresentar resultados. E tanto os associados quanto seus conselheiros vêm assumindo cada vez mais suas responsabilidades, participando com bastante importância dos destinos do clube.

É uma evolução extremamente bem-vinda e positiva. O São Paulo é maior do que todos nós e assim deve ser tratado. Chega de despotismo e decisões impostas de cima para baixo, de forma arrogante, sem fundamentação nos fatos e nas melhores práticas, mas baseadas em motivações desconhecidas ou mal explicadas.

Felizmente, isso está mudando. Foi assim na aprovação do novo estatuto no Conselho, na vitória do SIM na Assembleia Geral dos Sócios e agora também na reunião de ontem do Conselho.

Todos que derrotaram a proposta da diretoria estavam pensando no bem do SPFC. A vitória não é de um grupo político, é do São Paulo, que retornará brevemente ao seu posto de referência em gestão e de conquistas dentro do campo se o novo estatuto for aplicado de forma correta.

Alegações da atual diretoria de que falta dinheiro no final do ano têm uma única razão: a má gestão. O SPFC não poderia comprometer receitas de 2019 (!) para tapar buracos que a gestão atual tentou esconder o ano todo, alegando que estava saneando as finanças. Ora, não só não saneou nada, como levou o time a um dos piores momentos de sua história.

É através de atitudes como a de ontem do Conselho que o clube se recuperará e se fortalecerá cada vez mais. Como são-paulino, estou muito orgulhoso.


Proposta da Diretoria do SPFC afronta a boa gestão
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Abilio Diniz

Nesta terça-feira haverá uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do São Paulo, convocada pela direção do clube, para tratar da renovação de contrato com a TV aberta para o ano de 2019. É fácil entender por que essa proposta é absurda e nociva aos interesses do SPFC.

O primeiro motivo é óbvio. O sócio do São Paulo acaba de aprovar por imensa maioria de votos a mudança do estatuto do clube, que passa a vigorar em janeiro. Daqui a quatro meses, com a eleição da nova Diretoria, o SPFC finalmente deverá ser gerido de maneira profissional, com a descentralização de poder e com verdadeira governança. É o melhor reforço que o clube poderia ter. Agora vêm as perguntas: Por que não esperar apenas quatro meses para se discutir a renovação de um contrato que acabará só em dezembro de 2018? Por que essa pressa toda em rasgar o novo estatuto do clube e agir de modo atabalhoado e amador? Não seria mais correto que este contrato pudesse ser discutido de maneira profissional pelo Conselho de Administração estabelecido pelo novo estatuto?

Outro fator que preocupa muito é o São Paulo estar fazendo outro mau negócio com a justificativa de pagar dívidas, como disse o presidente Leco ao Blog do Perrone (http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2016/12/leco-diz-que-pretende-antecipar-dinheiro-da-globo-para-pagar-dividas/). Ora, é o mesmo Leco que vendeu a falsa informação de que, apesar dos péssimos resultados em campo, sua gestão ao menos estava “saneando” as finanças do clube. Como dizem, mentira tem perna curta.

Vale lembrar que ainda neste ano o São Paulo já havia adiantado R$60 milhões do contrato também de 2019 com a TV fechada, receita de três anos à frente que, pelo jeito, já foi pelo ralo e que ficou abaixo dos R$ 100 milhões obtidos por outros clubes como Santos, Palmeiras e Grêmio. Sem contar que essa negociação foi feita por Ataíde Gil Guerreiro, que foi expulso pelo Conselho e depois reconduzido por Leco a um cargo de Diretoria, em claro desrespeito à decisão do órgão.

É uma afronta aos associados, que claramente votaram por uma gestão profissional, que essa diretoria, de forma irresponsável e sorrateira, queira comprometer a receita do clube para os próximos anos, contrariamente ao que rege o Profut. Convocaram uma reunião na calada da noite, perto do Natal, sob a justificativa de que não há dinheiro nem para pagar a festa de fim de ano dos funcionários. Puro terrorismo.

Não se pensa em resolver os problemas financeiros do São Paulo para que o clube volte a ser exemplo de gestão e de boas práticas.

Eu ofereci e banquei os serviços da PwC e da McKinsey, duas das melhores consultorias do mundo, para descobrirem a real situação financeira do clube e orientarem o SPFC a equacionar as suas dívidas e aproveitar todos os seus imensos recursos. Os resultados apontaram problemas graves, mas também caminhos viáveis de reestruturação dessa dívida. Nada foi feito da maneira sugerida pelas empresas especializadas. Como o São Paulo quer sair do buraco em que entrou? Aliás, é preciso que os sócios e os conselheiros saibam que a PwC voltou a oferecer mais trabalho para auxiliar o SPFC e o clube negou a ajuda. Por que será?

Desde a venda de Lucas para o Paris Saint Germain que o São Paulo não recebia valores tão consideráveis de receitas extraordinárias como neste ano. E o que aconteceu com esse dinheiro? Virou pó porque o clube gastou mais do que estava planejado no orçamento. Má gestão. Ineficiência. Time quase rebaixado. Um ano horrível, para se esquecer.

Por isso, basta de decisões opacas e baseadas em desejos de apenas uma pessoa. O novo estatuto está aí para administrar o São Paulo de maneira profissional. Será que é impossível esperar quatro meses para a nova gestão tratar de um contrato que acabará apenas em dezembro de 2018?

O Conselho Deliberativo tem em suas mãos mais uma oportunidade de mostrar seu valor aos associados. O momento do SPFC não pode permitir mais decisões erradas. O mesmo conselheiro que aprovou por unanimidade o novo estatuto pode agora impedir que essa aberração de gestão aconteça. Nós, sócios e torcedores, estaremos de olho.


SPFC quer comprometer receitas de TV de 2019!
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Abilio Diniz

Parece que no São Paulo de hoje não se pode ficar feliz por muito tempo. Dois dias depois de uma bela vitória do associado aprovando o novo estatuto do clube, soube da convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para o dia 13 de dezembro com o objetivo de analisar o novo contrato relativo aos direitos de transmissão da TV aberta dos jogos do Campeonato Brasileiro a partir de 2019 (!!!).

Ora, no momento em que o clube aprova estatuto que permitirá ao São Paulo ser administrado de maneira profissional, com diretrizes e um Conselho de Administração, a gestão atual quer assinar um contrato com a TV antecipando novamente receitas para mais de dois anos.

Isso é de um absurdo sem tamanho. Qualquer coisa de imediato pode resolver um problema momentâneo, mas não constrói bases para evoluir. Colocar dinheiro de amanhã para tapar buracos de hoje só alimenta a incompetência. É preciso gestão.

O são-paulino não pode esquecer que movimento semelhante aconteceu já neste ano e, pelo jeito, sem trazer benefício estrutural. O São Paulo assinou a renovação com a Globo para a TV fechada a partir de 2019 e recebeu luvas de R$ 60 milhões em contrato que foi amplamente comemorado pela atual gestão e cujo valor já foi jogado no ralo. Meses depois, soubemos que outros clubes, com orçamento e torcida menores, assinaram acordo semelhante e receberam muito mais do que o São Paulo, valores de cerca de R$ 100 milhões, segundo noticiado pela imprensa. Ou seja, aquele acordo tão festejado se mostrou mera pirotecnia e foi péssimo comercialmente para o clube. Conselheiros, será que repetir o mesmo erro agora é a decisão correta?

Uma equipe do porte do São Paulo não merece ser administrada dessa maneira. O presidente atual continua sem gestão e compromete receitas da futura diretoria do presidente eleito em abril do próximo ano. E mais, fazê-lo dois dias após a aprovação de um estatuto que tem tudo para recolocar o clube no seu caminho correto é, no mínimo, uma afronta a quem participou da elaboração e aprovação do documento.

Por esse tipo de atitude é que o São Paulo chegou a essa situação. Pergunto aos torcedores, conselheiros e sócios: não seria melhor que o clube fosse aos poucos se adaptando ao novo modelo do estatuto que será colocado em prática em abril do ano que vem? Se as coisas continuarem assim, imaginem o impacto que o novo presidente terá quando assumir e ter que governar os próximos três anos com a receita de 2019 já comprometida.

Mais do que este novo estatuto, o São Paulo precisará de um presidente comprometido com a modernidade, a gestão profissional e governança corporativa, que o implemente da maneira correta. Simplesmente trocar um presidente por outro da mesma categoria não resolve e só perpetua a incompetência.

É preciso mudar. Senão, todo nosso esforço pelo estatuto terá sido em vão.


São-paulinos aprovam mudanças na gestão
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Abilio Diniz

O primeiro passo foi dado. Conseguimos elaborar e aprovar um novo estatuto com o qual o São Paulo pode retomar o caminho do sucesso.

Quero aqui saudar e agradecer aos são-paulinos que apoiaram essa iniciativa. As questões políticas foram deixadas de lado pelo bem do clube. O São Paulo precisava urgentemente de mudanças na gestão, e a grande votação de hoje comprovou o diagnóstico.

Os sócios, verdadeiros donos do clube, votaram sim por mudanças e avanços. Agora é preciso dar mais um passo fundamental: fazer com que o novo estatuto seja cumprido.

Trabalhei muito para que esse estatuto fosse elaborado, dando ênfase ao profissionalismo, à descentralização do poder e à gestão eficiente.

O estatuto novo pode ser um forte fator de mudança, principalmente se os novos dirigentes a serem escolhidos em abril do ano que vem forem homens comprometidos com o profissionalismo.

O São Paulo tem tudo para ser referência mundial. Só precisa de ambição e competência.


Pobre São Paulo
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Abilio Diniz

É certo que estamos no final da temporada e que o jogo não valia mais nada, mas é muito triste ver o que está acontecendo com o São Paulo.

A melancólica derrota deste domingo para a Chapecoense reflete o resultado de um mau planejamento feito por uma administração desastrada.

2016 é um ano para ser esquecido. O triste resultado de tudo isso é que quase caímos para a Série B. A 13ª colocação na tabela não passa nem perto das tantas glórias que o São Paulo viveu em sua história.

O time perdeu 14 jogos na competição e venceu apenas 12. Passar os últimos meses fazendo contas para fugir do rebaixamento é uma vergonha.

Mas nem tudo está perdido. O Conselho Deliberativo já aprovou o novo estatuto, que agora tem que ser também aprovado pela assembleia dos sócios. Esse estatuto traz a esperança de que o São Paulo possa vir a ser administrado de uma maneira democrática, participativa e com muito mais competência.

Mas é preciso ressaltar que esse novo estatuto não atende aos interesses da turma da soberba encastelada no Morumbi e eles podem tentar influenciar negativamente a aprovação.

É importante que os sócios, os verdadeiros donos do clube, não se deixem iludir e votem firmemente pela aprovação do estatuto.


Parabéns, Conselheiros São-Paulinos
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Abilio Diniz

Fiquei extremamente feliz ao saber que o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou por unanimidade o novo estatuto do clube nesta quarta-feira.

É um passo muito grande na direção da modernidade. Era impossível imaginar o SPFC sendo administrado por mais tempo com regras tão arcaicas como as atuais. O prejuízo já foi grande demais.

Os conselheiros são-paulinos deram uma prova de amor ao clube ao deixarem de lado posições políticas e pensarem exclusivamente no melhor para o São Paulo.

Estou bastante satisfeito porque o texto traz avanços significativos quanto à melhoria da gestão, à descentralização do poder e ao aumento da importância do sócio nas decisões, bandeiras que eu defendo há tanto tempo e segui defendendo agora na elaboração do texto final.

Agora é com o associado. Você, sócio, o verdadeiro dono do São Paulo, tem em suas mãos o poder de votar pela modernidade, pela melhor gestão do seu clube de coração.

A Assembleia Geral do próximo dia 03 de dezembro poderá chancelar a decisão dos conselheiros e iniciar a recuperação do São Paulo.

Só uma gestão eficiente, profissional e transparente poderá tirar o SPFC do lugar onde se encontra hoje e o levar de volta para onde não deveria ter saído.


Como salvar 2017 (2)
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Abilio Diniz

Diante da repercussão do meu post anterior, gostaria de esclarecer alguns pontos em nome de um debate transparente, sincero e produtivo para que o SPFC não tenha um 2017 tão ruim quanto foi este 2016:

1 – Sempre fui a favor da alteração do estatuto do São Paulo. A gestão do clube precisa ser profissionalizada urgentemente. Apoio toda mudança nesse sentido, e esse estatuto é uma grande oportunidade que não devemos desperdiçar. A principal mudança proposta é a criação de um Conselho de Administração, que impedirá a condução do clube por uma única pessoa. O clube não será mais dirigido de forma ditatorial e sem transparência.

2 – Faço propostas às claras, abertas, para serem debatidas pelos conselheiros e todos os são-paulinos, pensando na transição entre a aprovação do estatuto e a eleição no ano que vem. Minha sugestão é que, como em política, se crie um período de transição e se debata a criação de um Conselho de Administração interino que acompanhe este processo até a eleição no mês de abril de 2017.

3 – Parece bom senso e democrática uma transição, já que teremos um novo estatuto e seria curioso ignorá-lo até abril do ano que vem, já que ele será fruto da vontade da maioria. A ideia é de um trabalho conjunto, no espírito do novo estatuto reformador, para dar ao São Paulo um 2017 melhor.

4 – Entendo que o texto final do estatuto traz avanços. Eu preferiria ver os sócios com mais poder, mas os primeiros passos de mudança foram dados.

5 – É preciso que os conselheiros que amam o São Paulo e que querem uma gestão mais eficiente, profissional e transparente, se decidam pelo que entendam ser o melhor, sem pensar em “situação” ou “oposição”. O lado agora deve ser o do SPFC, para que o clube recupere suas glórias e sua postura vitoriosa e não se contente em apenas fugir do rebaixamento.


Como salvar 2017
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Abilio Diniz

No próximo dia 16, o Conselho Deliberativo do São Paulo vai se reunir para votar o novo estatuto. Tenho a satisfação e a honra de ter contribuído. Apresentei muitas ideias no sentido de uma governança mais eficiente e participativa, da modernidade, transparência e profissionalização. Fico feliz em ver que esse espírito permeia a proposta final do estatuto.

Ainda estamos bastante longe do ideal mas há grandes avanços. Entendo que os sócios do clube deveriam ter muito mais poder, mesmo assim estou confiante. Os primeiros passos são importantes e foram dados.

Existe, porém, um problema sério. Mesmo sendo aprovado agora, o novo estatuto, na prática, só terá efeito após a eleição dos novos dirigentes, em abril de 2017.

O ano de 2016 foi um dos piores da história do SPFC e não podemos repetir isso em 2017. Já ficou muito claro o amadorismo e a incompetência dessa gestão, e o São Paulo não merece que isso aconteça novamente. Nós torcedores não queremos mais uma vez termos como aspiração máxima de uma temporada escapar da Série B.

Temos direito de ter uma temporada melhor, mas infelizmente os dirigentes atuais vão continuar até abril, e suas decisões podem vir a prejudicar todo o próximo ano.

Para evitar que isso aconteça, entendo que deve acontecer já uma transição de poder adequada até a eleição do ano que vem, tendo em vista que o novo presidente terá seu mandato regido pela estrutura administrativa do novo estatuto.

Uma sugestão seria a criação de um Conselho de Administração provisório depois da aprovação do estatuto, para garantir essa transição até abril/2017. Temos conselheiros capazes de exercer esta função com competência.

É preciso apenas que eles usem os poderes do novo estatuto para fiscalizar e acompanhar a gestão atual. Iniciar o mais rapidamente possível a gestão do SPFC com as novas diretrizes do estatuto seria mais um passo à frente.

É imprescindível para o São Paulo que 2017 não acabe antes mesmo de começar.