Blog do Abilio Diniz

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Palmeiras: Título merecido
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Abilio Diniz

O título de Campeão Brasileiro de 2016 está em mãos merecidas. O Palmeiras foi o melhor time durante a competição e apenas confirmou ontem o que já era esperado.

Aliás, que linda festa do Palmeiras em seu estádio. Os torcedores estão de parabéns. Proporcionaram um espetáculo muito bonito e emocionante.

Quero aqui elogiar o presidente alviverde, Paulo Nobre. É injusto dizer que ele apenas colocou dinheiro no clube. Ele pôs gestão, o principal. Dinheiro se arruma com bons projetos e com boa gestão.

Hoje, o Palmeiras tem organização administrativa e não é surpresa que esteja colhendo os frutos de ter sido bem dirigido.

Parabéns também ao técnico Cuca. Ele implantou planejamento e filosofia de jogo, e raramente o Palmeiras se viu ameaçado durante o Campeonato. Melhor defesa, segundo melhor ataque, nenhuma expulsão, maior número de rodadas na liderança. Os números são incontestáveis e comprovam o merecimento da conquista do time.

Era possível perceber no decorrer das partidas que os jogadores haviam comprado a ideia de Cuca. Brigavam por toda bola, se dedicavam e se encaixaram como time.

A somatória de uma gestão profissional com bom comando técnico, mais a qualidade e disposição dos jogadores só poderia dar nisso: Título mais do que merecido. Parabéns aos palmeirenses.


Esperando Cuca, Palmeiras bate o São Paulo
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Abilio Diniz

Com um técnico interino e vindo de uma derrota em casa na Libertadores, que resultou na demissão de Marcelo Oliveira, o Palmeiras foi mais competente e bateu o São Paulo neste domingo no Pacaembu.

O São Paulo foi melhor na primeira metade da etapa inicial e deu a impressão que venceria o jogo. Mas após os 25 minutos, o Palmeiras saiu do campo de defesa, avançou a marcação, passou a pressionar o São Paulo e equilibrou o jogo.

Aí o São Paulo novamente mostrou suas fragilidades. Não adianta reclamar dos jogadores e nem dar desculpa de ter jogado com um time misto, até mesmo porque o Palmeiras fez seus gols quando Ganso, Centurion e Calleri já estavam em campo.

Os jogadores lutaram e fizeram o que podiam, mesmo Michel Bastos, que participou pouco do jogo por estar confinado ao lado do gramado em um posicionamento totalmente equivocado.

Que Edgardo Bauza ainda não mostrou a que veio, está cada vez mais claro, mas tenho dito seguidamente que o problema é muito mais sério. A cartolagem do São Paulo é, no mínimo, profundamente incompetente.

É triste ter que fazer tantas críticas ao meu time do coração. É frustrante ter que acompanhar de longe o que acontece com o São Paulo neste momento.

Estamos observando uma gestão temerária, acompanhada de vários pedidos de verificações de contas de transações de jogadores, que, embora talvez necessários, acabam por trazer um clima de guerra interna e se traduzem na péssima condução do departamento de futebol.

Minha esperança é que os Conselheiros se unam e consigam trazer paz para o São Paulo, buscando pessoas capacitadas para dirigir o clube e que pensem no melhor para a instituição, e não apenas no seu conforto e bem-estar individual.


Palmeiras, campeão com justiça
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Abilio Diniz

Foi uma decisão emocionante, digna de uma final de campeonato.

O título da Copa do Brasil para o Palmeiras, com a vitória nos pênaltis, coroou o time que não abdicou de atacar desde o primeiro minuto de jogo para tentar reverter uma desvantagem razoável.

Se o Santos foi superior no primeiro jogo na Vila Belmiro, o Palmeiras dominou amplamente a partida em seu estádio e soube construir o placar se impondo sempre durante os noventa minutos.

Ao final da primeira partida, escrevi neste espaço que a disputa estava aberta e foi exatamente isso que aconteceu.

Não é fácil jogar uma final de campeonato saindo em desvantagem. Mas pareceu que o Palmeiras não se incomodava com isso. O time foi para cima do Santos, abriu 2 x 0, levou o gol que alimentou as chances do adversário e que poderia deixar o aspecto emocional favorecido para os lados do time da Baixada Santista, mas soube controlar os nervos e sair vitorioso da decisão por pênaltis.

Coube ao goleiro Fernando Prass ser o nome da partida. Além de fazer sua parte, defendendo uma cobrança santista, foi ele quem selou a conquista palmeirense batendo o pênalti que garantiu o título.

O futebol é pródigo em criar personagens. Ídolos e vilões se constroem a cada partida. Mas os jogos decisivos se encarregam de carimbar determinados nomes na história dos clubes.

Fernando Prass será um deles. Anos se passarão, mas a imagem do goleiro batendo o pênalti final e sendo abraçado pelos seus companheiros não é certamente das mais comuns e ficará gravada na memória do palmeirense.

Entre esses heróis, não esqueçamos de Dudu. Coube ao atacante marcar os dois importantes gols que garantiram ao Palmeiras a chance de seguir na briga pelo título.

Comemore, palmeirense. Em um ano de reformulação absoluta, conquistar um título da grandeza da Copa do Brasil não é das missões mais fáceis.


Santos vence, mas sonho palmeirense ainda está vivo
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Abilio Diniz

A vitória do Santos por 1 a 0, ontem contra o Palmeiras, deixou aberta a decisão da Copa do Brasil.

Aberta porque, apesar de um domínio maior do time de Dorival Jr sobre o de Marcelo Oliveira, as chances criadas não se concretizaram em gols e ficou a sensação de que o resultado não foi de todo ruim para o Palmeiras.

Vários lances poderiam ter mudado o destino do jogo.

A cabeçada do zagueiro Jackson do Palmeiras, logo no começo do jogo, o pênalti perdido por Gabigol e as boas defesas de Fernando Prass ainda no primeiro tempo, certamente mexeriam com uma partida que, em seu placar final, fez jus ao domínio do Santos, mas permitiu ao Palmeiras sonhar com uma reviravolta na semana que vem em seu estádio.

As dificuldades do Palmeiras aumentarão para a próxima quarta-feira porque perdeu Gabriel Jesus, machucado, ainda no começo do jogo de ontem, e seu bom lateral Lucas, expulso no final do segundo tempo.

Mesmo assim, em torneios de mata-mata, estamos cansados de ver equipes saindo satisfeitas do campo do adversário com uma derrota por um placar pequeno.

Dos males, esse foi o menor para o Palmeiras. Sair da Vila Belmiro perdendo apenas por 1 a 0 para um Santos que envolve os adversários em seu campo como poucas equipes fazem, deixa as coisas ainda indefinidas.

Uma vitória simples leva o jogo para os pênaltis. Convenhamos, não é nada impossível.

Apesar da vantagem do Santos de jogar por um empate apenas, está vivo ainda o sonho palmeirense.


Fim de festa
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Abilio Diniz

Finalmente chegaram ao fim os campeonatos estaduais. As finais até que são emocionantes mas o preço que se paga para chegar a elas é muito alto.

No caso do campeonato paulista, neste ano tivemos a sorte de ter os quatro grandes como finalistas, o que contribuiu muito se ter mais emoção e rendas melhores. Mas a fase de classificação foi um horror, ridícula e totalmente sem sentido.

Quando é que os cartolas da CBF vão pensar menos em si e nas federações e mais no futebol brasileiro? Por que não se preocupam menos em impedir a aprovação da medida provisória, que visa moralizar o futebol brasileiro, e se abrem para repensar o campeonato brasileiro de um modo que caibam muito mais clubes e que joguem praticamente o ano inteiro?

A chegada de Marco Polo Delnero e Walter Feldeman à CBF prometia um pouco mais de diálogo sério com aqueles que lutam pela reconstrução do futebol brasileiro pós Copa de 2014. Mas parece que foi um puro engano. Pelo jeito, o que querem é mais do mesmo e perpetuidade no poder.

A final paulista teve como protagonistas Palmeiras e Santos. Dois clubes que estão tentando se reinventar e seguir de forma sólida e sustentável dentro do futebol brasileiro.

Deu Santos, assim como poderia ter dado Palmeiras. O alvinegro praiano venceu no tempo normal e levou a decisão para os pênaltis, o que já é uma forma de decisão que deixa o resultado menos aderente a quem foi o melhor durante a competição, ou pelo menos no jogo final.

No jogo deste domingo poderia ter dado qualquer um. O Santos foi muito melhor no primeiro tempo e o Palmeiras se esforçou e mesmo com um jogador a menos conseguiu levar a decisão para os pênaltis. Ganhou o Santos e está de bom tamanho. O clube com grandes problemas financeiros montou um time de garotos e com um técnico de casa conseguiu jogar um futebol de bom nível e se sagrar campeão.

Parabéns Santos. Bela lição de coragem e vontade de acertar.


Pelo Paulista, São Paulo apresenta show de horrores
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Abilio Diniz

Grande vitória do Palmeiras. Havia muito que o torcedor alviverde esperava ver um time tão bem entrosado, jogando tão bem e vencendo um clássico. Do outro lado, triste, merecida e melancólica derrota do São Paulo. Para nós, felizmente, o jogo não valia nada. Era só mais uma partida pelo campeonato paulista. Mas exatamente por não haver nada em jogo que não se justifica o show de horrores que foi a atuação do SPFC.

O jogo mal havia começado e Rogério Ceni coloca uma bola nos pés do adversário, levando um gol por cobertura, digno de um filme pastelão. Nervoso – sem haver razões para tanto – Rafael Toloi resolve, numa enorme irresponsabilidade, agredir Dudu e deixar o São Paulo com um a menos. E ainda era o começo do jogo. Daí para frente, só deu Palmeiras, que soube aproveitar o espaço deixado por um homem a menos. Dominando a partida, o alviverde chegou ao segundo gol por onde é sempre muito fácil, nas costas do lateral Carlinhos, que é um desastre na marcação e ineficiente no ataque.

Com a desvantagem no placar e no número de jogadores em campo, o SP passou a exibir suas falhas costumeiras: marcação fraca e confusa, lentidão no meio campo e o nítido descontrole emocional. No segundo tempo, Muricy tentou corrigir uma das falhas colocando Centurión no lugar de Ganso. O time até ameaçou ficar mais esperto, mas não durou nada. Logo em seguida o Palmeiras fez o terceiro, novamente nas costas do lateral Carlinhos, que de forma grotesca ficou olhando a bola e se esqueceu de marcar. Para completar o show de horrores, Michel Bastos perde a cabeça e dá uma entrada violenta em Arouca. Mais uma expulsão em mais um lance injustificável e imaturo. Tudo errado.

Daqui a uma semana tem o jogo que vale, pela Libertadores. Este seria o momento de alguém que representasse o São Paulo chamasse para si a responsabilidade e se colocasse junto dos jogadores e, solidário, lhes desse força para levantar a cabeça e continuar na luta. Mas infelizmente o São Paulo não tem ninguém para fazer isso. Sobra para comissão técnica.

Espero que Muricy faça o que realmente tem que ser feito. É preciso escalar na Argentina, contra o San Lorenzo, onze guerreiros: atletas que se doam, que lutem, que dividam todas as bolas, que não desistam nunca, que se preocupem em marcar e não apenas assistir aonde vai a bola.

Um empate na Argentina pode ser suficiente para a classificação. Não vou sugerir que passemos 90 minutos atrás. Isto seria loucura. Mas ê preciso jogar com inteligência. É preciso armar o time para fazer o que o São Paulo nunca faz – fechar o meio campo e ser capaz de atacar, no momento certo e em grande velocidade.

O São Paulo tem jogadores para fazer isso. Só é preciso colocá-los em campo com essa função.


Partidas melhores virão
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Abilio Diniz

Sem grandes surpresas, chegamos ao final de mais uma rodada sem graça do Paulistão. Se é que serve de consolo, pelo menos em breve entraremos nas fases eliminatórias, quando os times terão que se obrigar a elevar seu nível técnico para a conquista do primeiro título do ano.

Até aqui, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos, mesmo oscilando suas atuações, somaram seus pontos para seguir em frente. Diferente do ano passado, quando os times do interior surpreenderam em muitas rodadas, eliminaram times principais até a conquista do campeonato pelo Ituano, este ano temos rodadas mornas e muitas vezes entediantes.

Hoje não foi diferente. Poupando titulares, Muricy escala o time misto para enfrentar a equipe mais fraca do Estadual. Sem sufoco, batemos o Marília por 3×0. Não é de se espantar que mais uma vez o público no Morumbi tenha sido tão inexpressivo. Vamos ver se diante do clássico contra o Palmeiras na próxima rodada o torcedor se anima mais.

O Alviverde, por sua vez vem conquistando suas vitórias, demonstrando que o pior já passou. Entretanto, ainda não venceu os clássicos que disputou até agora, para lavar a alma do torcedor palmeirense.

Apesar das falhas contra o Capivariano, o Corinthians de Tite segue vitorioso e contra o Audax, o Santos também cumpre com a obrigação e vence – com um placar magro de 1 a 0, mas vence.

Que venham partidas melhores, para nós e para o nosso futebol


Campeonato Paulista ainda corre em ritmo de treino
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Abilio Diniz

O início de um campeonato, e em especial, o primeiro do ano, geralmente é marcado por equipes ainda sem ritmo, sem entrosamento. Aliás, como já tenho dito, estes campeonatos regionais do jeito que estão montados são um grande erro cometido pela fraquíssima Cartolagem do futebol brasileiro. Esta terceira rodada do Paulistão só nos confirma isso. Até mesmo times fortes e experientes costumam apresentar certas dificuldades e jogam com ritmo de treino.

Foi o caso do São Paulo ontem. Com um futebol ainda abaixo do esperado pelo seu potencial elenco, o time foi bem marcado e encontrou dificuldade nas saídas de bola e na criação das jogadas. Considero normal uma atuação ainda fraca nesta fase inicial do campeonato. Mas precisamos ser realistas: jogamos contra um time que não marcou um ponto em 3 rodadas. O SPFC não jogou bem.

Com a marcação cerrada, o time não encontrou espaço, não soube sair para o jogo, apresentou um meio campo inoperante e assim, foram poucas as oportunidades de gol. O time depende da qualidade individual de seus jogadores que num lance de brilho decidem o jogo. Foi o que aconteceu ontem. Dois lances de craques bem aproveitados, dois a zero para o São Paulo. É bom quando, mesmo não jogando bem, o time consegue um bom resultado. Porém, quem viu o jogo, viu também que o XV poderia ter saído com pelo menos um gol ou até com o empate.

Muricy tem agora um grande elenco. Precisa treinar menos a parte física e muito mais a parte tática, como estão fazendo hoje os líderes do futebol mundial. Vamos seguir os bons exemplos e vamos nos preparar para grandes conquistas.

Clássico da rodada: o primeiro clássico do campeonato tem o tempero especial acrescentado pela rivalidade. Vivendo momentos diferentes, Corinthians e Palmeiras apresentaram um futebol equilibrado. O primeiro já tem um elenco afinado e vem embalado pela grande vitória da Pré-Libertadores. O outro, surpreendeu o início da temporada com a quantidade de bons reforços, formou um time que promete a boa fase que há muito os palmeirenses aguardam. Entretanto, ainda não encontrou o entrosamento necessário para decolar no campeonato. Hoje, os rivais jogaram de igual para igual, mas a falta de sintonia alviverde resultou na falha da defesa, muito bem aproveitada pelo Corinthians.

O Paulistão mal começou. Ainda faltam algumas rodadas para que a sintonia afine e futebol paulista embale.


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