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Arquivo : Dunga

Vexame: Brasil eliminado da Copa América
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Abilio Diniz

O Brasil conseguiu a proeza de ser eliminado da Copa América na primeira fase. O grupo da nossa seleção tinha o Peru, o Equador e o Haiti e duas equipes se classificavam às quartas-de-final da competição. O time de Dunga terminou em terceiro lugar. É uma grande vergonha.

A derrota para o Peru foi a gota d’água de uma campanha que vem ruim desde as Eliminatórias e apenas foi confirmada nesta Copa América.

Na partida deste domingo, a Seleção Brasileira foi muito superior no primeiro tempo. O time mais leve que foi escalado fez com que a seleção dominasse o meio-campo e não tivesse problemas na defesa. Alisson não pegou na bola. Faltava um pouco mais no ataque, mas a qualidade dos jogadores brasileiros se sobressaía.

Philippe Coutinho foi o destaque da primeira etapa, mostrando que pode merecer um lugar no time, mesmo com o retorno de Neymar. O Brasil poderia ter ido para o intervalo vencendo o jogo, não fosse o gol incrível perdido por Willian e as defesas importantes do goleiro peruano.

No segundo tempo, o Peru voltou melhor e dificultou as coisas para o Brasil. A Seleção não mostrava a tranquilidade do início do jogo. Dunga tirou Gabriel, um pouco disperso, e colocou Hulk. Mas quem saiu na frente foi o Peru.

Não importa se foi com a mão, com a barriga ou com a coxa; o fato é que o Peru fez o que o Brasil não conseguiu fazer: o gol. Vale lembrar que, contra o Equador, fomos favorecidos pelo árbitro que anulou gol legítimo do adversário em falha de Alisson.

O Brasil precisa jogar mais do que isso; não pode ficar sujeito a tomar um gol e ser eliminado. Agora, acabou a Copa América e vêm as Olimpíadas e as Eliminatórias.

Vai continuar tudo assim? Para o bando encastelado na CBF está tudo bem? Vamos só colocar a culpa no árbitro?

Os brasileiros merecem mais do que isso.


Brasil goleia, mas resultado não serve como parâmetro
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Abilio Diniz

O Brasil cumpriu sua obrigação. Enfrentando uma seleção muito inferior, o time de Dunga fez o que dele se esperava: goleou o Haiti por 7 x 1.

Esse é o tipo de jogo em que não se pode tirar grandes conclusões. O adversário, fraquíssimo, não permite que se faça uma avaliação definitiva.

A maior prova de que a partida não pode servir de parâmetro é que as principais referências e comentários sobre o jogo são pelo placar emblemático de 7 x 1 e a lembrança óbvia da derrota para a Alemanha na Copa. O desempenho da Seleção ficou em segundo plano.

Entretanto, foi interessante ver Philippe Coutinho marcando seus gols em chutes de fora da área, como faz pelo Liverpool, ou Gabriel, indo às redes novamente. São jogadores jovens que têm qualidade para servir à Seleção Brasileira por muitos anos.

Os três gols marcados no primeiro tempo e os quatro no segundo não podem e nem vão iludir o torcedor. O Brasil treinou em campo durante os noventa minutos, fez seus gols como quis e ainda conseguiu levar um, em falha do sistema defensivo.

O que se espera da Seleção de Dunga, há tempos, é uma equipe melhor dentro de campo, atuando com uma tática definida, construindo jogadas, fazendo tabelas, atacando seus adversários e mostrando mais do que se viu até agora.

É inegável que, com esse grupo que temos, é possível mostrar um melhor futebol.

Vamos ver o que Dunga poderá apresentar para o torcedor ainda no decorrer dessa Copa América.


Empate contra Equador mostra que Brasil precisa evoluir
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Abilio Diniz

Não foi a estreia dos sonhos da Seleção Brasileira na Copa América. O empate por 0 x 0, na verdade só aconteceu porque o juiz da partida anulou mal um gol do Equador na segunda etapa da partida.

Até que no primeiro tempo, o Brasil jogou bem. Com um futebol muito diferente do que vinha jogando nas Eliminatórias, a Seleção teve algumas oportunidades para marcar e só não conseguiu por erros de finalização.

Desta vez Dunga surpreendeu, com um futebol de toque de bola rápido, valorizando cada jogada, sem que o time precisasse dar chutões contra um bom time do Equador.

Casemiro elevou o nível do meio campo da Seleção, entrando bem e permitindo mais liberdade a Elias.

Já no segundo tempo, o Brasil voltou diferente, jogando em velocidade menor e dando mais espaços ao Equador, que cresceu na partida.

O juiz salvou o Brasil ao anular incorretamente o gol marcado pelo Equador, por ter considerado que a bola saiu totalmente pela linha de fundo. O chute na direção do gol brasileiro resultou em uma falha inacreditável do goleiro Alisson, que colocou a bola para dentro do gol.

As alterações de Dunga, colocando Gabriel no lugar de Jonas, antes do gol anulado, Lucas, no de Willian, logo depois e Lucas Lima para a saída de Elias, essa já no final do jogo, contribuíram para equilibrar um pouco a partida novamente, mas não foram suficientes para que o placar final fosse alterado.

O Brasil precisa ser mais regular durante os noventa minutos de jogo. Não adiantará jogar bem apenas um tempo da partida. Para o jogo de ontem, foi pouco.


Empate no fim não apaga fraco desempenho do Brasil
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Abilio Diniz

É incrível como os times refletem a capacidade de seus dirigentes.

Apenas os fraquíssimos cartolas encastelados no comando da CBF não conseguem ver que, com este futebolzinho que o Brasil está jogando, não iremos a lugar nenhum e vamos acabar ficando fora da Copa da Rússia.

Vocês já imaginaram a tristeza de todos os brasileiros? Outro vexame seguido depois do terrível 7 a 1 na Copa?

O Brasil vem jogando mal faz tempo e contra o Paraguai conseguiu ser um pouco pior. Defesa com falhas grosseiras de posicionamento, meio de campo inexistente, passes errados, enfim, um time que não está, nem de longe, à altura do futebol brasileiro.

No segundo tempo Dunga ousou mexer, trocando Fernandinho por Hulk, mas não teve nem tempo de ver o resultado, porque o Paraguai marcou o segundo gol logo aos cinco minutos, novamente numa falha grotesca da defesa brasileira.

Pobre seleção brasileira. O retrato do time era seu técnico, Dunga, desanimado na beirada do campo, mostrando claramente que não sabia o que fazer.

Mesmo com tudo isso, o Brasil ainda conseguiu diminuir com Ricardo Oliveira, após chute de Hulk e falha do goleiro paraguaio. E ainda no final, o que parecia impossível aconteceu: Daniel Alves, de pé esquerdo, empatou o jogo.

A seleção comemorou como se fosse o gol de um título, mas nada disso esconde a fragilidade do time brasileiro.


Seleção Brasileira: Empate com sabor de derrota
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Abilio Diniz

Depois de estar ganhando por 2 x 0, o Brasil cedeu o empate, se descontrolou e quase foi derrotado pelo Uruguai, no Recife. O time até que começou bem, fazendo o primeiro gol com 40 segundos de jogo e após o segundo, deu a impressão que poderia golear.

 

Jogando bem do meio para frente, sem centroavante fixo, mas com muita mobilidade e variação de jogadas, a Seleção dominou o jogo no primeiro tempo, até a marcação do gol do Uruguai, numa falha grotesca de posicionamento de Filipe Luis e de David Luiz. Aliás, a defesa foi de enorme vulnerabilidade durante todo o jogo.

 

No começo do segundo tempo o Uruguai empatou, novamente em falha de posicionamento e mais um erro de David Luiz. Daí até o final do jogo, foi um show de horrores. No segundo tempo só deu Uruguai. Luiz Suárez ainda perdeu um gol feito, numa defesa de Allison com o pé, após mais uma falha ridícula de David Luiz.

 

Dunga tentou alguma coisa, mas nada funcionou, principalmente pela insegurança e intranquilidade do time. Colocou Philippe Coutinho no lugar de Fernandinho, abrindo mão de dois volantes de contenção – acho até que já deveria ter feito isso desde o início, com Renato Augusto no lugar de Fernandinho.  Depois, colocou Ricardo Oliveira no lugar de Douglas Costa mudando o esquema de jogo, mas Ricardo mal pegou na bola. Por fim colocou Lucas Lima no lugar de Willian, mais por cansaço. Mas nada adiantou.

 

O empate até que saiu barato. Para piorar o quadro, Neymar tomou cartão amarelo e está fora do jogo contra o Paraguai, em Assunção, na próxima semana

 

Foi impressionante a falta de equilíbrio emocional do time brasileiro. É incrível que jogadores experientes, que atuam nos times mais importantes do mundo possam perder o equilíbrio, cometer erros grosseiros e passar a jogar como um time de divisões inferiores, e não como a Seleção Brasileira.

 

O Brasil perdeu dois preciosos pontos jogando em casa, numa eliminatória duríssima e se não evoluir muito, corre o risco de frustrar o povo brasileiro ficando fora da Copa de 2018.

 

Estamos ainda muito no começo, mas com este futebol, Deus vai ter que mostrar que é realmente brasileiro para conseguirmos chegar à Rússia.

 


Futebol da Seleção não convence
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Abilio Diniz

Não me iludi com o futebol apresentado pela Seleção Brasileira nesses dois jogos pelas eliminatórias.

Contra a Argentina, o time de Dunga escapou de levar uma goleada no primeiro tempo. Esquema tático ruim, time mal posicionado em sua defesa, um meio de campo perdido e ataque inoperante. Uma equipe sem criatividade e ousadia.

Na segunda etapa, quase levamos mais um gol logo nos primeiros minutos, em uma bola na trave, que certamente teria liquidado o jogo. Felizmente, Dunga fez alguma coisa, tirando Ricardo Oliveira, centroavante fixo, e colocando Douglas Costa, deslocando Neymar para o meio, com liberdade para se movimentar.

Em pouco tempo, o Brasil empatou e deu a falsa impressão que tinha melhorado muito. Só impressão. A Argentina cansou e tudo ficou mais fácil. O empate foi um grande resultado, um prêmio à ineficiência brasileira.

Ontem, contra o Peru, um time muito fraco, Dunga começou a partida na retranca. O adversário brasileiro chegava a formar uma última linha com cinco homens e era preciso chegar no ataque com mais gente.

O Brasil jogava de novo sem criatividade, com lentidão e vivendo da habilidade individual de alguns jogadores, como foi o caso de Willian no primeiro gol.

O início do segundo tempo foi igual e, de novo, em jogada brilhante de categoria individual, Douglas Costa deu o passe para Renato Augusto, que, em uma das raras vezes que chegou na frente, arrematou com categoria.

O Peru cansou e o Brasil fez o terceiro, novamente depois de bom chute de Douglas Costa, que o goleiro rebateu e Filipe Luís só completou para o gol.

O ponto positivo é que Neymar não jogou bem e a seleção se virou assim mesmo. Não podemos ficar sempre na dependência que nosso grande astro esteja em um dia maravilhoso e ganhe os jogos por todo o time.

Em resumo, Dunga pode até classificar o Brasil, mas vamos continuar jogando mal, sofrendo bastante e torcendo para que nossos adversários sejam mais ineficientes que nós.

 


Triste futebol brasileiro
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Abilio Diniz

Não lamento a saída da Copa América, esse é o menor dos males. Lamento, sim, o futebol que estamos jogando, covarde e sem ousadia.

Lamento ver que nossos adversários correm mais do que nós e ganham todas as divididas. Mas, acima de tudo, lamento as declarações de Dunga após a derrota, dizendo que precisamos repensar o futebol brasileiro.

Claro que isto é evidente para todos nós, mas será que é só a cabeça dos jogadores que precisa mudar? Será só isso?

Dunga precisa esquecer que estes caras que dirigem a CBF foram responsáveis para que ele voltasse à seleção e começar a apoiar aqueles que querem as verdadeiras mudanças.

É preciso reestruturar o futebol brasileiro e, para isso, temos que ter verdadeiros gestores no seu comando. Competentes, honestos e comprometidos com as mudanças.

O momento é agora. A Medida Provisória de Responsabilidade Fiscal começa a ser aprovada no Congresso, os primeiros passos concretos começam a ser dados.

Vamos todos caminhar nesta direção, vamos aumentar o número de vozes e a sua altura.

O futebol é do povo, é da nação e a nação brasileira merece muito mais do que temos.

É preciso ordem, capacidade, honestidade e comprometimento com a causa, para que a alegria e o orgulho possam voltar ao futebol brasileiro.


O bom futebol brasileiro está de volta?
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Abilio Diniz

Em vez de comentar mais uma rodada do Campeonato Paulista, decidi falar de seleção brasileira. Já me manifestei aqui que gosto muito do Dunga como técnico e estou satisfeito com seu trabalho à frente da seleção, até agora.

Especialmente nesta semana fiquei ainda mais confiante. Menos pelos resultados, mas muito mais pelo lado tático e principalmente pela postura dos jogadores em campo. Temos 11 guerreiros, disciplinados, com determinação e garra. Precisamos tomar cuidado com os excessos. Contra o Chile, fizemos 3 vezes mais faltas que os adversários e tomamos 7 cartões amarelos.

É claro que vitórias são importantes, principalmente contra adversários como a França. É uma delícia ganhar dos franceses e na casa deles. No jogo contra o Chile, não entramos com o time principal e tivemos dificuldades e mesmo assim, vencemos.

Estamos firmes no caminho da recuperação após o trauma da Copa do Mundo. Dunga tem hoje uma base bem formada e o que é incrível, com vários jogadores que participaram do fiasco de 2014.

Jeferson em grande forma se firma como goleiro. Na primeira linha de quatro, Danilo, David Luiz e Miranda estão absolutos. Thiago Silva pode ser boa opção. Na lateral esquerda, Felipe Luiz e Marcelo vão disputar a vaga.

No meio campo, nenhuma dúvida. Luis Gustavo, Elias, Oscar e Wilian estão jogando muito bem e deram show contra os franceses.

Na frente, Neymar e este garoto Firmino que está aparecendo como uma ótima opção a Diego Tardeli.

Temos o time. Mas o que mais gosto é da postura tática do time. Compacto, todos avançam e todos recuam. Defendemos em bloco e atacamos em bloco. Quando somos pressionados, colocamos os 11 atrás da linha da bola. Marcação firme no adversário e não apenas na bola.

Esta é a postura do futebol moderno, sem um homem fixo na frente, que Dunga está incorporando. Que legal. É cedo para excessos de entusiasmo, mas acho que o bom futebol brasileiro pode estar de volta.


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