Palmeiras, campeão com justiça
Abilio Diniz
Foi uma decisão emocionante, digna de uma final de campeonato.
O título da Copa do Brasil para o Palmeiras, com a vitória nos pênaltis, coroou o time que não abdicou de atacar desde o primeiro minuto de jogo para tentar reverter uma desvantagem razoável.
Se o Santos foi superior no primeiro jogo na Vila Belmiro, o Palmeiras dominou amplamente a partida em seu estádio e soube construir o placar se impondo sempre durante os noventa minutos.
Ao final da primeira partida, escrevi neste espaço que a disputa estava aberta e foi exatamente isso que aconteceu.
Não é fácil jogar uma final de campeonato saindo em desvantagem. Mas pareceu que o Palmeiras não se incomodava com isso. O time foi para cima do Santos, abriu 2 x 0, levou o gol que alimentou as chances do adversário e que poderia deixar o aspecto emocional favorecido para os lados do time da Baixada Santista, mas soube controlar os nervos e sair vitorioso da decisão por pênaltis.
Coube ao goleiro Fernando Prass ser o nome da partida. Além de fazer sua parte, defendendo uma cobrança santista, foi ele quem selou a conquista palmeirense batendo o pênalti que garantiu o título.
O futebol é pródigo em criar personagens. Ídolos e vilões se constroem a cada partida. Mas os jogos decisivos se encarregam de carimbar determinados nomes na história dos clubes.
Fernando Prass será um deles. Anos se passarão, mas a imagem do goleiro batendo o pênalti final e sendo abraçado pelos seus companheiros não é certamente das mais comuns e ficará gravada na memória do palmeirense.
Entre esses heróis, não esqueçamos de Dudu. Coube ao atacante marcar os dois importantes gols que garantiram ao Palmeiras a chance de seguir na briga pelo título.
Comemore, palmeirense. Em um ano de reformulação absoluta, conquistar um título da grandeza da Copa do Brasil não é das missões mais fáceis.