Blog do Abilio Diniz

Arquivo : dezembro 2016

2017 pode ser muito melhor
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Abilio Diniz

Final de ano é um bom momento para refletir sobre o que deu certo e o que realmente não funcionou. É também boa hora para pensar no futuro e planejá-lo.

Sou uma pessoa otimista e de muita fé. Penso sempre que as coisas podem e devem melhorar, mas temos que trabalhar para isso e fazer a nossa parte.

2017 será fundamental para o São Paulo retomar o seu caminho de glórias. Passo importante foi dado em 2016 com a aprovação do novo estatuto profissionalizante.

Agora é hora de união do clube em torno de um projeto vitorioso. Sem situação e oposição, sem brigas particulares por poder. As melhores cabeças devem estar no comando das decisões. Que dirigentes, conselheiros, profissionais e ex-presidentes, cada um com sua experiência, se sentem à mesa e discutam o melhor para o SPFC. O clube só tem a ganhar com um debate produtivo e responsável.

Tenho esperança de que o novo estatuto do São Paulo seja o pontapé inicial para novos tempos. As diretrizes para uma melhor gestão estão lá. Esperamos que a diretoria a ser eleita nas próximas eleições as aplique de maneira correta.

Dento do campo as esperanças também se renovam. A presença do ídolo Rogerio Ceni no comando técnico do SPFC pode resgatar nossa tradição de sempre lutar por vitórias e títulos jogando o melhor futebol. Tomara que Rogério tenha as condições necessárias para desenvolver o seu trabalho. Estarei torcendo muito por isso.

Um Feliz Natal a todos e um 2017 cheio de paz, saúde e felicidade. Que Deus abençoe a todos.


Parabéns aos conselheiros do SPFC
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Abilio Diniz

Quero aqui dar os parabéns aos Conselheiros do São Paulo que deram uma bela demonstração de responsabilidade e respeito à instituição ao rejeitarem a proposta de antecipação de receitas da TV aberta para 2019.

Tenho dito faz tempo que percebo uma mudança muito positiva dentro do São Paulo, apesar do fracasso da atual direção do clube.

O SPFC não é de seus dirigentes, mas dos sócios representados pelos seus conselheiros, a quem os dirigentes devem submeter suas metas, prestar contas e apresentar resultados. E tanto os associados quanto seus conselheiros vêm assumindo cada vez mais suas responsabilidades, participando com bastante importância dos destinos do clube.

É uma evolução extremamente bem-vinda e positiva. O São Paulo é maior do que todos nós e assim deve ser tratado. Chega de despotismo e decisões impostas de cima para baixo, de forma arrogante, sem fundamentação nos fatos e nas melhores práticas, mas baseadas em motivações desconhecidas ou mal explicadas.

Felizmente, isso está mudando. Foi assim na aprovação do novo estatuto no Conselho, na vitória do SIM na Assembleia Geral dos Sócios e agora também na reunião de ontem do Conselho.

Todos que derrotaram a proposta da diretoria estavam pensando no bem do SPFC. A vitória não é de um grupo político, é do São Paulo, que retornará brevemente ao seu posto de referência em gestão e de conquistas dentro do campo se o novo estatuto for aplicado de forma correta.

Alegações da atual diretoria de que falta dinheiro no final do ano têm uma única razão: a má gestão. O SPFC não poderia comprometer receitas de 2019 (!) para tapar buracos que a gestão atual tentou esconder o ano todo, alegando que estava saneando as finanças. Ora, não só não saneou nada, como levou o time a um dos piores momentos de sua história.

É através de atitudes como a de ontem do Conselho que o clube se recuperará e se fortalecerá cada vez mais. Como são-paulino, estou muito orgulhoso.


Proposta da Diretoria do SPFC afronta a boa gestão
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Abilio Diniz

Nesta terça-feira haverá uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do São Paulo, convocada pela direção do clube, para tratar da renovação de contrato com a TV aberta para o ano de 2019. É fácil entender por que essa proposta é absurda e nociva aos interesses do SPFC.

O primeiro motivo é óbvio. O sócio do São Paulo acaba de aprovar por imensa maioria de votos a mudança do estatuto do clube, que passa a vigorar em janeiro. Daqui a quatro meses, com a eleição da nova Diretoria, o SPFC finalmente deverá ser gerido de maneira profissional, com a descentralização de poder e com verdadeira governança. É o melhor reforço que o clube poderia ter. Agora vêm as perguntas: Por que não esperar apenas quatro meses para se discutir a renovação de um contrato que acabará só em dezembro de 2018? Por que essa pressa toda em rasgar o novo estatuto do clube e agir de modo atabalhoado e amador? Não seria mais correto que este contrato pudesse ser discutido de maneira profissional pelo Conselho de Administração estabelecido pelo novo estatuto?

Outro fator que preocupa muito é o São Paulo estar fazendo outro mau negócio com a justificativa de pagar dívidas, como disse o presidente Leco ao Blog do Perrone (http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2016/12/leco-diz-que-pretende-antecipar-dinheiro-da-globo-para-pagar-dividas/). Ora, é o mesmo Leco que vendeu a falsa informação de que, apesar dos péssimos resultados em campo, sua gestão ao menos estava “saneando” as finanças do clube. Como dizem, mentira tem perna curta.

Vale lembrar que ainda neste ano o São Paulo já havia adiantado R$60 milhões do contrato também de 2019 com a TV fechada, receita de três anos à frente que, pelo jeito, já foi pelo ralo e que ficou abaixo dos R$ 100 milhões obtidos por outros clubes como Santos, Palmeiras e Grêmio. Sem contar que essa negociação foi feita por Ataíde Gil Guerreiro, que foi expulso pelo Conselho e depois reconduzido por Leco a um cargo de Diretoria, em claro desrespeito à decisão do órgão.

É uma afronta aos associados, que claramente votaram por uma gestão profissional, que essa diretoria, de forma irresponsável e sorrateira, queira comprometer a receita do clube para os próximos anos, contrariamente ao que rege o Profut. Convocaram uma reunião na calada da noite, perto do Natal, sob a justificativa de que não há dinheiro nem para pagar a festa de fim de ano dos funcionários. Puro terrorismo.

Não se pensa em resolver os problemas financeiros do São Paulo para que o clube volte a ser exemplo de gestão e de boas práticas.

Eu ofereci e banquei os serviços da PwC e da McKinsey, duas das melhores consultorias do mundo, para descobrirem a real situação financeira do clube e orientarem o SPFC a equacionar as suas dívidas e aproveitar todos os seus imensos recursos. Os resultados apontaram problemas graves, mas também caminhos viáveis de reestruturação dessa dívida. Nada foi feito da maneira sugerida pelas empresas especializadas. Como o São Paulo quer sair do buraco em que entrou? Aliás, é preciso que os sócios e os conselheiros saibam que a PwC voltou a oferecer mais trabalho para auxiliar o SPFC e o clube negou a ajuda. Por que será?

Desde a venda de Lucas para o Paris Saint Germain que o São Paulo não recebia valores tão consideráveis de receitas extraordinárias como neste ano. E o que aconteceu com esse dinheiro? Virou pó porque o clube gastou mais do que estava planejado no orçamento. Má gestão. Ineficiência. Time quase rebaixado. Um ano horrível, para se esquecer.

Por isso, basta de decisões opacas e baseadas em desejos de apenas uma pessoa. O novo estatuto está aí para administrar o São Paulo de maneira profissional. Será que é impossível esperar quatro meses para a nova gestão tratar de um contrato que acabará apenas em dezembro de 2018?

O Conselho Deliberativo tem em suas mãos mais uma oportunidade de mostrar seu valor aos associados. O momento do SPFC não pode permitir mais decisões erradas. O mesmo conselheiro que aprovou por unanimidade o novo estatuto pode agora impedir que essa aberração de gestão aconteça. Nós, sócios e torcedores, estaremos de olho.


SPFC quer comprometer receitas de TV de 2019!
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Abilio Diniz

Parece que no São Paulo de hoje não se pode ficar feliz por muito tempo. Dois dias depois de uma bela vitória do associado aprovando o novo estatuto do clube, soube da convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para o dia 13 de dezembro com o objetivo de analisar o novo contrato relativo aos direitos de transmissão da TV aberta dos jogos do Campeonato Brasileiro a partir de 2019 (!!!).

Ora, no momento em que o clube aprova estatuto que permitirá ao São Paulo ser administrado de maneira profissional, com diretrizes e um Conselho de Administração, a gestão atual quer assinar um contrato com a TV antecipando novamente receitas para mais de dois anos.

Isso é de um absurdo sem tamanho. Qualquer coisa de imediato pode resolver um problema momentâneo, mas não constrói bases para evoluir. Colocar dinheiro de amanhã para tapar buracos de hoje só alimenta a incompetência. É preciso gestão.

O são-paulino não pode esquecer que movimento semelhante aconteceu já neste ano e, pelo jeito, sem trazer benefício estrutural. O São Paulo assinou a renovação com a Globo para a TV fechada a partir de 2019 e recebeu luvas de R$ 60 milhões em contrato que foi amplamente comemorado pela atual gestão e cujo valor já foi jogado no ralo. Meses depois, soubemos que outros clubes, com orçamento e torcida menores, assinaram acordo semelhante e receberam muito mais do que o São Paulo, valores de cerca de R$ 100 milhões, segundo noticiado pela imprensa. Ou seja, aquele acordo tão festejado se mostrou mera pirotecnia e foi péssimo comercialmente para o clube. Conselheiros, será que repetir o mesmo erro agora é a decisão correta?

Uma equipe do porte do São Paulo não merece ser administrada dessa maneira. O presidente atual continua sem gestão e compromete receitas da futura diretoria do presidente eleito em abril do próximo ano. E mais, fazê-lo dois dias após a aprovação de um estatuto que tem tudo para recolocar o clube no seu caminho correto é, no mínimo, uma afronta a quem participou da elaboração e aprovação do documento.

Por esse tipo de atitude é que o São Paulo chegou a essa situação. Pergunto aos torcedores, conselheiros e sócios: não seria melhor que o clube fosse aos poucos se adaptando ao novo modelo do estatuto que será colocado em prática em abril do ano que vem? Se as coisas continuarem assim, imaginem o impacto que o novo presidente terá quando assumir e ter que governar os próximos três anos com a receita de 2019 já comprometida.

Mais do que este novo estatuto, o São Paulo precisará de um presidente comprometido com a modernidade, a gestão profissional e governança corporativa, que o implemente da maneira correta. Simplesmente trocar um presidente por outro da mesma categoria não resolve e só perpetua a incompetência.

É preciso mudar. Senão, todo nosso esforço pelo estatuto terá sido em vão.


São-paulinos aprovam mudanças na gestão
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Abilio Diniz

O primeiro passo foi dado. Conseguimos elaborar e aprovar um novo estatuto com o qual o São Paulo pode retomar o caminho do sucesso.

Quero aqui saudar e agradecer aos são-paulinos que apoiaram essa iniciativa. As questões políticas foram deixadas de lado pelo bem do clube. O São Paulo precisava urgentemente de mudanças na gestão, e a grande votação de hoje comprovou o diagnóstico.

Os sócios, verdadeiros donos do clube, votaram sim por mudanças e avanços. Agora é preciso dar mais um passo fundamental: fazer com que o novo estatuto seja cumprido.

Trabalhei muito para que esse estatuto fosse elaborado, dando ênfase ao profissionalismo, à descentralização do poder e à gestão eficiente.

O estatuto novo pode ser um forte fator de mudança, principalmente se os novos dirigentes a serem escolhidos em abril do ano que vem forem homens comprometidos com o profissionalismo.

O São Paulo tem tudo para ser referência mundial. Só precisa de ambição e competência.


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