Blog do Abilio Diniz

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Dura estreia diante do forte Audax
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Abilio Diniz

Foi um belo jogo na Arena Barueri. Mesmo com um calor infernal e o estádio quase vazio, São Paulo e Audax disputaram uma boa partida na estreia das duas equipes no Paulistão.

O Audax começou melhor, com seu jogo costumeiro, de muita troca de bola e velocidade. O time de Fernando Diniz se beneficiou de dois erros grosseiros da defesa são-paulina, e em nove minutos, fez 2 x 0. Parecia que se configurava um desastre para o São Paulo.

Mas aos poucos, o jogo foi tomando um outro rumo. Rogério Ceni reposicionou o meio-campo, deu mais consistência à defesa e permitiu a chegada ao ataque com mais perigo. Em boas tramas, Chavez fez dois gols e Cueva colocou uma bola na trave.

No segundo tempo, o jogo começou igual, lá e cá, mas o Audax se aproveitou de nova falha de marcação da defesa do São Paulo e, em um escanteio, voltou a ficar à frente do placar.

O São Paulo procurou reagir. Rogério fez entrar João Schmidt no lugar de Douglas e recuou Rodrigo Caio para a zaga. Parecia que ia dar certo, mas em um contra-ataque rápido, o time do Morumbi sofreu pênalti e o quarto gol do Audax.

Depois disso, não houve mais nada que pudesse ser feito. No final do jogo, as duas equipes já estavam muito cansadas pelo calor e o placar não mudou mais.

Fica a pergunta: foi o São Paulo que jogou mal ou o Audax que jogou bem? Fico mais com a segunda hipótese. O Audax é um time profissionalmente muito bem dirigido, com um bom elenco e um técnico que, embora polêmico, vem fazendo um belo trabalho.


Duelo de goleiros marca o clássico São Paulo e Santos
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Abilio Diniz

São Paulo e Santos fizeram ontem um clássico equilibrado que teve como protagonistas os dois goleiros – em especial, Rogério Ceni, com defesas brilhantes e decisivas. Apesar do 0 a 0, o jogo foi movimentado, longe de ser monótono para o espectador. Mas, como são-paulino, me preocupa que cheguemos à quarta rodada do campeonato repetindo velhos erros, principalmente no aspecto tático.

Mesmo quando é ofensivo, o ataque do São Paulo só apresenta uma jogada: furar a defesa com o toque de bola. Ainda faltam jogadas de fundo e mais efetividade na criação. Assim, o time se vê refém de dias inspirados de Paulo Henrique Ganso. Além disso, a zaga tricolor continua um show de horrores. Não importa quais jogadores Muricy coloca em campo. Ontem, Lucão e Reinaldo foram expostos ao ridículo pelo ataque do Santos. Não fosse a atuação de Rogério, teríamos saído com uma derrota.

Acredito que o ataque são-paulino não seja mais um problema e acho válido esta alternância na escalação de Muricy, ora entrando com Luis Fabiano, ora com Alexandre Pato. Mas ontem, não entendi o porquê da escolha de Ewandro, que mais defendeu do que acompanhou Luis Fabiano nas jogadas. No geral, me pareceu faltar ao elenco ontem mais vontade de vencer.

O que anima para a semana que vem é o confronto contra o Corinthians pela Libertadores. O alvinegro está cada vez mais afinado e teve uma belíssima atuação contra o Once Caldas. Mesmo ontem, quando a classificação para a fase de grupos já era praticamente garantida, o time entrou com garra e só assumiu uma postura mais defensiva após marcar mais um gol.

Na quarta-feira, não haverá favorito. São Paulo e Corinthians farão um jogo que realmente valha a pena assistir em meio aos fracos confrontos do Paulistão. Que vença o melhor.


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