Blog do Abilio Diniz

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São Paulo fora da Libertadores
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Abilio Diniz

Não é fácil digerir uma eliminação tão precoce em uma competição como a Libertadores justamente no momento em que seu time parecia estar finalmente corrigindo erros, evoluindo e encontrando um bom caminho para grandes conquistas. Mas a graça do futebol é que em 90 minutos, tudo pode mudar. Assim foi ontem em São Paulo e Cruzeiro, com mais uma partida brilhante do goleiro Fábio.

Um São Paulo completamente diferente dos jogos anteriores perdeu para o Cruzeiro nos pênaltis. Depois de partidas brilhantes, com raça, vontade de vencer, velocidade e marcação firme, o SPFC se apequenou e deu lugar à uma péssima atuação, de marcação frouxa, poucas jogadas pelas laterais e quase nenhuma profundidade. Assim, o tricolor cai frente a um time que buscou a vitória o tempo todo.

Ganso desta vez esteve completamente omisso, Michel Bastos não jogou o que sabe e a defesa fez o de sempre, um susto atrás do outro. Os erros de passes não permitiam mais nem ameaças ao gol de Fábio. O 1 x 0 no tempo regulamentar foi pouco diante de tanto sufoco que a defesa passou. Sem o controle da partida, a afobação acabou abrindo espaço para que o Cruzeiro se sentisse à vontade para pressionar e abrir o placar.

O São Paulo poderia ter perdido no tempo normal. O Cruzeiro perdeu várias oportunidades de gol, mas a decisão foi para os pênaltis. É incrível como até nisso fomos incompetentes. Sem querer tirar o mérito de Fábio, perdemos três cobranças de forma bisonha. Luiz Fabiano e Lucão colocaram a bola onde O goleiro queria. Não deu outra, vitória do Cruzeiro.

O Rogério Ceni foi dos poucos que teve atuação muito boa durante o jogo. E ainda colocou o São Paulo em posição de vencer nos pênaltis ao defender a primeira cobrança do Cruzeiro e converter ele mesmo a primeira do São Paulo. Visivelmente emocionado, Ceni se despediu da Libertadores dando o melhor de si, mesmo com seus 42 anos.

Apesar dos pesares, não é pelo resultado de ontem que o trabalho desenvolvido por Milton Cruz até aqui será posto em xeque. A mudança esperada pelos são-paulinos já começou. O elenco já está dando mostras de que pode ser bem trabalhado e conquistar bons resultados. Jogos importantes já foram vencidos, recuperando os ânimos dos jogadores e da torcida. Mas toda mudança requer tempo. E pelo que vemos, a do São Paulo não será tão rápida assim.


Com Morumbi lotado, São Paulo encontra caminho
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Abilio Diniz

A torcida são-paulina fez a sua parte e o tricolor soube retribuir. Com um público expressivo no Morumbi, o elenco entrou em campo como há muito se esperava: com garra, vontade de vencer e ofensivo. Não fossem as grandes defesas de Fábio e alguns erros inacreditáveis na cara do gol, o São Paulo poderia ter liquidado o Cruzeiro neste jogo. Mas valeu.

A base mantida por Milton Cruz mostrou boa evolução tática. O São Paulo começou jogando num ritmo forte e coeso, atacava e defendia de forma compacta, usava bem as laterais do campo e soube manter o ritmo mais agressivo durante todo o jogo. O pênalti claro e não marcado pela arbitragem foi só um detalhe a mais que poderia ter contribuído com o placar.

De longe, além do bom jogo apresentado e da importante vitória na competição, o time tem conquistado algo mais relevante para o atual momento: sintonia e renovação nos ânimos do elenco e as pazes com a torcida, que cobrava um futebol mais empolgante. Com um esquema tático sólido e eficiente, parecia o Barcelona. Evidente que faltavam Messi, Neymar, Iniesta e Companhia e por isso o Cruzeiro conseguia se aguentar. O grande trabalho de Milton Cruz está devolvendo aos são-paulinos a alegria de assistir futebol.

Com o início do brasileirão neste fim de semana, o time tem boas oportunidades para fortalecer o esquema tático e manter o ritmo e nível técnico para a Libertadores. O caminho já foi encontrado. Basta seguir evoluindo.

 


Um São Paulo diferente
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Abilio Diniz

O São Paulo entrou em campo completamente diferente das outras partidas disputadas este ano. Desde os primeiros momentos, assumiu uma nova postura. Demonstrou confiança e partiu para cima do adversário. Marcou com pressão, correu, atacou e defendeu de forma compacta. Em outras palavras, fez aquilo que se esperava há muito tempo: jogou pelas laterais e procurou chegar à linha de fundo para cruzar. Enfim, um São Paulo não só em evoluçao técnica e tática, mas guerreiro, lutador e corajoso.

Todo o time lutou pra valer, inclusive Ganso, Luis Fabiano e Souza e o resultado também foi completamente diferente. Com essa determinação, o São Paulo venceu não só o primeiro clássico neste ano, mas também o jogo que lhe dá o direito de continuar na Libertadores. Claro que a expulsão de Emerson Sheik facilitou as coisas, mas é importante notar que até aquele momento,  o SPFC já era muito superior ao Corinthians.

Milton Cruz continuou com suas convicções e colocou novamente 3 volantes. Mas contra o Corinthians parece que o time todo entendeu o que isto significa. O entrosamento que faltou nas partidas anteriores apareceu. Hudson, Michel Bastos e Ganso se revezavam na tarefa de encostar em Luis Fabiano e se tornarem atacantes como ele. Os avanços dos laterais Bruno e Reinaldo encontravam sempre um companheiro próximo para tabelar.

Enfim,  um São Paulo completamente diferente, assimilando bem o novo modelo de jogar imposto por Milton Cruz, desde que assumiu. Se este jogoservir de base,  os são-paulinos têm razão para ficarem esperançosos.

Parabéns Milton Cruz, você agora tem algum tempo para treinar o time de acordo com sua convicção de qual a tática mais adequada para dar ao São Paulo um futebol moderno e vencedor.

 


Quando o momento é difícil, o sofrimento aumenta
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Abilio Diniz

Os são-paulinos ficaram aliviados com a vitória sofrida frente ao Danúbio, no Uruguai. Com três pontos à frente do San Lorenzo, além da diferença de três gols de saldo, esta posição dava ao São Paulo uma vantagem confortável apesar de ter um jogo a mais que seu adversário direto pela segunda vaga do grupo e a quase certeza de continuar na Libertadores.

Tudo isso porque ninguém poderia imaginar que o Corinthians não fosse capaz de vencer o San Lorenzo no Itaquerão. Mas, para aumentar o sofrimento dos são-paulinos, foi isso mesmo que aconteceu. O empate de zero a zero obriga o SP a ter que vencer o Corinthians no Morumbi dia 22, último jogo desta fase de grupo.

Impossível? Não, não é impossível! Mas o São Paulo vai ter que jogar um futebol que ainda não jogou este ano. E pode jogar!

O São Paulo está muito longe de ter um grande elenco, mas também não é tão ruim assim. Se todos seus jogadores resolverem se doar, entenderem que é fundamental para o clube e para eles continuarem na competição e se dispuserem a ganhar todas as divididas, marcar com pressão, correr como nunca, se antecipar aos adversários, enfim, fazer tudo aquilo que o futebol moderno exige, tenho certeza que o São Paulo terá grande chance de bater o Corinthians.

Milton Cruz, como já tenho dito aqui, tem procurado fazer algo diferente com os elementos que tem em mãos: tem poucas opções e tem um time de jogadores assustados, sem confiança e talvez até desmotivados. Jogadores que estão inseguros e antes de procurar acertar, priorizam não errar. Por isso, se livram da bola o mais rápido possível, tocando de lado ou dando chutões – jeito mais fácil de não se comprometerem.

Milton está armando o time no 4, 5 , 1, para mim, um esquema ao mesmo tempo ousado e eficiente. Ele não tem uma defesa de confiança e nem grandes atacantes. Com mais gente no meio do campo, pode marcar melhor e, teoricamente, chegar na área adversária com mais gente. Para isso, é preciso que o time defenda em bloco e suba ao ataque em grande velocidade e de forma compacta.

Com cinco homens capazes no meio campo, Denilson, Wesley, Hudson, Ganso e Michel Bastos e com Pato mais avançado, este esquema tático pode funcionar muito bem.

É preciso apenas que os jogadores resolvam ter atitude e correr o que não correram até agora.

Espero que Milton Cruz não desanime, que mantenha esse esquema inclusive no jogo deste domingo contra o Santos, que será um bom teste.


Para seguir adiante
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Abilio Diniz

Corinthians e San Lorenzo fizeram ontem uma partida equilibrada. Cada um correndo atrás de um bom resultado para garantir a classificação e o resultado foi o empate em 0 a 0.

O alvinegro fez sua parte. Talvez a falta de Guerrero em campo tenha sido determinante para um Corinthians menos agressivo. Mas nada que tire o mérito de Tite e da equipe que, com maturidade, soube sentir o momento de se fechar mais para evitar que o time argentino marcasse e saísse com a vitória. O Corinthians fez o que era necessário e garantiu sua classificação.

Como são-paulino, me preocupo menos com o último jogo desta fase da Libertadores do que com os problemas internos que o SPFC precisa resolver, se pretende avançar na competição. As duas últimas atuações do Corinthians apresentaram oscilações de seu elenco, o que pode ser bem aproveitado pelo São Paulo na próxima quarta-feira. Além disso, Milton Cruz tem conseguido tirar o melhor que pode do elenco.

É verdade que o setor defensivo do São Paulo apresenta recorrentes falhas, muitas delas grotescas. O meio campo continua dependendo de atuações inspiradas de Paulo Henrique Ganso e o time ainda precisa se articular com velocidade. Mas, no geral, a renovada nos ânimos do elenco pode influenciar. Além disso, temos um cenário favorável: jogaremos em casa, com o apoio da torcida – que precisa comparecer ao Morumbi.

Entretanto, mais importante que tudo isso, o São Paulo não pode entrar em campo pensando que, dependendo da atuação do San Lorenzo, pode se classificar com um empate. É preciso entrar com garra e sede de vitória. Nenhum outro resultado interessa.


São Paulo segue vivo na Libertadores
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Abilio Diniz

Sob pressão, o São Paulo enfrentou o Danúbio com um elenco tenso e sem confiança, mas que lutou até o fim e mereceu a vitória.

É inacreditável. Quando a fase é ruim, tudo acontece. Rogério Ceni tomou um gol incrível. Está certo que o vento atrapalhou, mas um goleiro da sua categoria não pode tomar uma bola destas. Se o jogo já estava tenso, a situação ficou mais complicada depois do gol do Danúbio.

Milton Cruz está tentando fazer algo diferente  para sair da mesmice. Fez um meio campo forte e colocou apenas Pato de atacante, até porque não tinha opções. Luiz Fabiano que entrou no segundo tempo está completamente sem condições físicas e sem ritmo de jogo. Além dele só Centurión, que entrando no final, acabou fazendo o gol da vitória.

Mas, neste momento, o problema do SPFC não é o técnico e nem o esquema tático. O verdadeiro problema é que o elenco é fraco e desbalanceado. Faltam jogadores para o ataque. Além disso, as pressões que o elenco tem sofrido e a má fase deixam o time completamente sem confiança.

O resultado não poderia ser outro: passes errados e chutões para todo o lado, sem consciência, na tentativa de se livrar da bola e da responsabilidade.

Levando em consideração tudo isso, foi um grande resultado. Aos trancos e barrancos, o São Paulo continua na Libertadores e é semi finalista do campeonato paulista. O time vem de três vitórias consecutivas. Isso pode dar confiança e fazer com que os jogadores se acalmem. Se acontecer, pode ser que os são-paulinos venham a ter mais alegria.


SPFC precisa se transformar para seguir adiante
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Abilio Diniz

Mais uma triste derrota do São Paulo e agora, num jogo que vale: jogo da Libertadores. Novamente um pouco mais do mesmo.

Muricy até que armou o time com uma proposta de jogo correta para um jogo como este. Fechar o meio campo, travar o jogo e sair no contra ataque. Mas errou ao colocar Paulo Henrique Ganso num jogo onde velocidade e determinação eram fundamentais.

Este erro, somado aos de sempre cometidos pela equipe, custaram a derrota, deixando o SPFC em uma situação difícil na competição.

A falta de qualidade de alguns, a falta de garra de outros, a lentidão de todo o time, a falta de criatividade e profundidade para chegar ao ataque, enfim, tudo aquilo que nos acostumamos a ver neste São Paulo fez com que a defesa adversária não fosse incomodada praticamente o jogo todo.

Realmente, muito triste a atual situação do SPFC, que, pelo menos, ainda só depende de si para se classificar. Mas, para isso, terá um caminho mais difícil que o San Lorenzo. Se jogar o que não jogou até agora, tem chance de se classificar para a segunda fase, mas precisa de uma transformação total para seguir adiante.


Repetindo erros, SPFC vai conquistando pontos na Libertadores
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Abilio Diniz

Finalmente o jogo que valia: o jogo pela Libertadores. E mesmo não jogando bem, o São Paulo conseguiu vencer o San Lorenzo e se manter em uma boa colocação no grupo. Alívio para os são-paulinos, mas não tenhamos ilusões, a falta de criação de jogadas efetivas e de um ataque mais ofensivo continua a pairar sobre o elenco, que se demonstra inseguro.

Com um meio campo lento, sem jogadas de profundidade e uma defesa ainda falha, o São Paulo permitiu claras chances de gol ao San Lorenzo. A bola que Michel Bastos colocou na trave com menos de um minuto de jogo só foi balançar a rede a dois minutos do fim, depois de o time insistir em jogadas pelo meio sem objetividade.

Houve evolução? Claro que sim. Vencemos o San Lorenzo, um bom time, perigoso e atual campeão da Libertadores. Houve mais luta, mas alguns jogadores ainda deixaram muito a desejar. Perdemos talvez a melhor possibilidade de gol logo no começo do jogo, quando Pato saiu machucado. Fizemos um primeiro tempo sofrível, porém tivemos uma melhoria no segundo. Mas no geral, O SPFC é um time inseguro, tenso e com muito medo de errar. Quando o gol demora a sair, os erros se acentuam.

Estamos conquistando pontos importantes, mas rever os mesmos erros a cada jogo só deixa o torcedor desconfiado. Não há dúvida que o clima de intranquilidade instalado entre os dirigentes está afetando o desempenho do time e afastando a torcida. Ontem foi um jogo para mais de 40 mil pessoas e tivemos 25 mil.

Esperamos que esta vitória traga mais tranquilidade a Muricy e aos jogadores e possa trazer luz e serenidade aos homens responsáveis pela condução do nosso querido tricolor.


São Paulo segue vivo na Libertadores
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Abilio Diniz

 O jogo era em casa, mas havia pressão: o São Paulo precisava vencer para não se complicar nas próximas rodadas da Libertadores. Com este cenário, o time entrou em campo com uma postura diferente da apresentada contra o Corinthians e fez 4 a 0 no Danúbio. Apesar da goleada, não foi uma partida primorosa, mas o elenco fez o suficiente para conseguir a vitória. O suficiente para seguir vivo na competição e apagar a apática atuação da estreia.

No primeiro tempo, com duas jogadas de linha de fundo, Pato fez dois lindos gols – o primeiro, realmente uma pintura. Tenho reclamado muito que o São Paulo raramente consegue atacar pelas laterais do campo e chegar à linha de fundo e ontem comprovamos a eficácia desta jogada. Além disso, o time começou o jogo bem articulado e soube aproveitar as falhas do adversário.

No segundo tempo, entretanto, o time quebrou o ritmo, se mostrou desatento e teve mais dificuldade. Por pouco não sofremos gol, numa cabeçada que passou rente à trave. Com uma postura mais acomodada, o que não se espera de um time que busca o título, o São Paulo começou a passar sufoco até Reynaldo, recebendo um belo passe de Michel Bastos e contando com a ajuda de um defensor do Danúbio marcar o terceiro gol. Mesmo com um futebol inferior ao apresentado na primeira etapa, o time ainda chegou ao quarto gol, selando uma importante vitória e com um bom saldo de gols. Mas para seguir em frente e para pensar em título ainda precisa evoluir muito.

Precisamos de menos toquinhos, mais velocidade e jogadas de profundidade. O time precisa ficar ligado o tempo todo, correr e se doar mais, errar menos passes e buscar mais eficiência. Muricy precisa cuidar mais do lado tático, ter mais jogadas ensaiadas e buscar formas alternativas para vencer defesas retrancadas.

Mas valeu a vitória. Pato teve grande atuação, marcou dois gols e foi o destaque do time. Reinaldo também jogou muito bem. De uma maneira geral todos foram bem, mas alguns jogadores ainda precisam correr mais e render aquilo que se espera deles.


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