Blog do Abilio Diniz

SPFC na Libertadores: a sorte está lançada
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Abilio Diniz

Após tantas rodadas sem expressão, o campeonato paulista finalmente caminha para seu encerramento. No primeiro jogo da semifinal, Corinthians e Palmeiras pelo menos fizeram um grande jogo que valeu a pena assistir e, nos pênaltis, o alviverde levou a melhor.

Já no segundo clássico de hoje, os são-paulinos esperavam um elenco mais determinado, que pudesse fazer do jogo uma boa oportunidade para alavancar um ritmo ofensivo para o jogo de quarta-feira, que realmente importa. Mas não foi o que aconteceu.

Até que o SPFC não jogou tão mal no começo. Teve boas oportunidades para marcar, mas faltou categoria aos atacantes para definir as jogadas.

Categoria que faltou também à defesa, que ficou assistindo Geuvânio avançar do meio do campo e fuzilar Rogério Ceni.

Milton Cruz mexeu no intervalo e colocou Luiz Fabiano no lugar de Paulo Miranda passando Hudson para lateral direita, abrindo mão de três homens no meio do campo. Não mudou muita coisa. Pato perdeu um gol incrível e ninguém fez mais muita coisa. O Santos ficou esperando o erro do São Paulo para matar o jogo.

Ao SPFC, Falta categoria e falta garra. Além disso, falta confiança principalmente quando as coisas correm mal. Aí tudo fica pior.
Luiz Fabiano ainda fez um gol e o tricolor deu sufoco no final do jogo, mas já era tarde e não foi possível evitar a derrota.

Para o São Paulo acabou este enfadonho campeonato. Agora vem o jogo que define tudo. O jogo com o Corinthians e o que vai acontecer com o SPFC nesta fase tão triste. A sorte está lançada.


Quando o momento é difícil, o sofrimento aumenta
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Abilio Diniz

Os são-paulinos ficaram aliviados com a vitória sofrida frente ao Danúbio, no Uruguai. Com três pontos à frente do San Lorenzo, além da diferença de três gols de saldo, esta posição dava ao São Paulo uma vantagem confortável apesar de ter um jogo a mais que seu adversário direto pela segunda vaga do grupo e a quase certeza de continuar na Libertadores.

Tudo isso porque ninguém poderia imaginar que o Corinthians não fosse capaz de vencer o San Lorenzo no Itaquerão. Mas, para aumentar o sofrimento dos são-paulinos, foi isso mesmo que aconteceu. O empate de zero a zero obriga o SP a ter que vencer o Corinthians no Morumbi dia 22, último jogo desta fase de grupo.

Impossível? Não, não é impossível! Mas o São Paulo vai ter que jogar um futebol que ainda não jogou este ano. E pode jogar!

O São Paulo está muito longe de ter um grande elenco, mas também não é tão ruim assim. Se todos seus jogadores resolverem se doar, entenderem que é fundamental para o clube e para eles continuarem na competição e se dispuserem a ganhar todas as divididas, marcar com pressão, correr como nunca, se antecipar aos adversários, enfim, fazer tudo aquilo que o futebol moderno exige, tenho certeza que o São Paulo terá grande chance de bater o Corinthians.

Milton Cruz, como já tenho dito aqui, tem procurado fazer algo diferente com os elementos que tem em mãos: tem poucas opções e tem um time de jogadores assustados, sem confiança e talvez até desmotivados. Jogadores que estão inseguros e antes de procurar acertar, priorizam não errar. Por isso, se livram da bola o mais rápido possível, tocando de lado ou dando chutões – jeito mais fácil de não se comprometerem.

Milton está armando o time no 4, 5 , 1, para mim, um esquema ao mesmo tempo ousado e eficiente. Ele não tem uma defesa de confiança e nem grandes atacantes. Com mais gente no meio do campo, pode marcar melhor e, teoricamente, chegar na área adversária com mais gente. Para isso, é preciso que o time defenda em bloco e suba ao ataque em grande velocidade e de forma compacta.

Com cinco homens capazes no meio campo, Denilson, Wesley, Hudson, Ganso e Michel Bastos e com Pato mais avançado, este esquema tático pode funcionar muito bem.

É preciso apenas que os jogadores resolvam ter atitude e correr o que não correram até agora.

Espero que Milton Cruz não desanime, que mantenha esse esquema inclusive no jogo deste domingo contra o Santos, que será um bom teste.


Para seguir adiante
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Abilio Diniz

Corinthians e San Lorenzo fizeram ontem uma partida equilibrada. Cada um correndo atrás de um bom resultado para garantir a classificação e o resultado foi o empate em 0 a 0.

O alvinegro fez sua parte. Talvez a falta de Guerrero em campo tenha sido determinante para um Corinthians menos agressivo. Mas nada que tire o mérito de Tite e da equipe que, com maturidade, soube sentir o momento de se fechar mais para evitar que o time argentino marcasse e saísse com a vitória. O Corinthians fez o que era necessário e garantiu sua classificação.

Como são-paulino, me preocupo menos com o último jogo desta fase da Libertadores do que com os problemas internos que o SPFC precisa resolver, se pretende avançar na competição. As duas últimas atuações do Corinthians apresentaram oscilações de seu elenco, o que pode ser bem aproveitado pelo São Paulo na próxima quarta-feira. Além disso, Milton Cruz tem conseguido tirar o melhor que pode do elenco.

É verdade que o setor defensivo do São Paulo apresenta recorrentes falhas, muitas delas grotescas. O meio campo continua dependendo de atuações inspiradas de Paulo Henrique Ganso e o time ainda precisa se articular com velocidade. Mas, no geral, a renovada nos ânimos do elenco pode influenciar. Além disso, temos um cenário favorável: jogaremos em casa, com o apoio da torcida – que precisa comparecer ao Morumbi.

Entretanto, mais importante que tudo isso, o São Paulo não pode entrar em campo pensando que, dependendo da atuação do San Lorenzo, pode se classificar com um empate. É preciso entrar com garra e sede de vitória. Nenhum outro resultado interessa.


São Paulo segue vivo na Libertadores
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Abilio Diniz

Sob pressão, o São Paulo enfrentou o Danúbio com um elenco tenso e sem confiança, mas que lutou até o fim e mereceu a vitória.

É inacreditável. Quando a fase é ruim, tudo acontece. Rogério Ceni tomou um gol incrível. Está certo que o vento atrapalhou, mas um goleiro da sua categoria não pode tomar uma bola destas. Se o jogo já estava tenso, a situação ficou mais complicada depois do gol do Danúbio.

Milton Cruz está tentando fazer algo diferente  para sair da mesmice. Fez um meio campo forte e colocou apenas Pato de atacante, até porque não tinha opções. Luiz Fabiano que entrou no segundo tempo está completamente sem condições físicas e sem ritmo de jogo. Além dele só Centurión, que entrando no final, acabou fazendo o gol da vitória.

Mas, neste momento, o problema do SPFC não é o técnico e nem o esquema tático. O verdadeiro problema é que o elenco é fraco e desbalanceado. Faltam jogadores para o ataque. Além disso, as pressões que o elenco tem sofrido e a má fase deixam o time completamente sem confiança.

O resultado não poderia ser outro: passes errados e chutões para todo o lado, sem consciência, na tentativa de se livrar da bola e da responsabilidade.

Levando em consideração tudo isso, foi um grande resultado. Aos trancos e barrancos, o São Paulo continua na Libertadores e é semi finalista do campeonato paulista. O time vem de três vitórias consecutivas. Isso pode dar confiança e fazer com que os jogadores se acalmem. Se acontecer, pode ser que os são-paulinos venham a ter mais alegria.


São Paulo sob nova direção
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Abilio Diniz

Nova vitória do São Paulo por 3 a 0. Novamente, bom trabalho de Milton Cruz, que está conseguindo fazer com que os jogadores corram e lutem mais. Até aqui, já é um bom começo. Fazer com que joguem bem é outra conversa.

A ideia que o SPFC tem um time maravilhoso é errada e é coisa de cartola que pouco entende de futebol. O elenco é limitado e é preciso muita competência para se criar um conjunto de qualidade. O Milton está tentando e, embora fique dizendo que não quer ser técnico,  precisa do apoio da torcida e de dirigentes. Neste momento ele é a salvação da lavoura.

Ontem contra o Red Bull Brasil, jogou um primeiro tempo fraquíssimo. A defesa voltou a apresentar o show de horrores costumeiro. Felizmente para o São Paulo, a qualidade dos atacantes adversários também era muito fraca e, mais uma vez, o velho Rogério Ceni fez a diferença. Primeiro com duas grandes defesas e depois fazendo o gol que abriria a porta para a vitória.

No segundo tempo as coisas mudaram. Milton conseguiu fazer com que Ganso finalmente se decidisse jogar adiantado, próximo de Pato. Com isso, deu o passe para o segundo gol e fez, ele mesmo, o terceiro.

Agora vem o jogo mais importante de todos, contra o Danúbio lá no Uruguai. Acredito no trabalho do Milton , ele sabe que não é importante o número de atacantes, volantes ou homens de defesa. O importante é que o time seja compacto, ataque e defenda em bloco. Que todos defendam e sejam capazes de chegar na área e fazer gol. Que sejam capazes de jogar pelas laterais e consigam chegar à linha de fundo para cruzar.

Acredito que este São Paulo vai dar mais atenção ao aspecto tático, vai ensaiar jogadas e vai tentar ser menos previsível. Os  são-paulinos devem torcer e ter esperança de momentos melhores. Que venham os uruguaios.


Bom começo
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Abilio Diniz

Apesar de não ter feito um grande jogo, o São Paulo mudou. E mudou para melhor. Faltou um pouco de qualidade, mas não faltou vontade. Sob o comando de Milton Cruz, o time renasceu. Correu e vibrou como não fazia há tempos. Marcou firme e agrediu bem mais.

É verdade que o time da Portuguesa é muito fraco, mas o São Paulo fez sua parte. Ainda falta muito, é preciso jogar mais pelas laterais e chegar mais vezes à linha de fundo. Mas, pelo menos, deu para ver que havia orientação para isso.

Acredito no trabalho do Milton Cruz. Ele conhece muito bem o elenco, é respeitado pelos jogadores e sempre deu muita atenção ao lado tático para armar o time nas vezes que foi chamado.

Mesmo que seja só um interino, precisa ser apoiado pelos dirigentes e pelos torcedores. O São Paulo terá agora jogos decisivos. É importante que jogadores e comissão técnica estejam tranquilos.

Se isto acontecer, é possível que os são-paulinos ainda venham a ter muitas alegrias a curto prazo.


O melhor possível
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Abilio Diniz

O São Paulo e Muricy Ramalho chegaram, esta tarde, a um entendimento para a saída do treinador. Foi o melhor que poderia acontecer para o São Paulo e para Muricy neste momento. As coisas vinham dando errado há muito tempo: o São Paulo perdia jogos importantes e agora começou a perder até os irrelevantes.

Muricy é um homem sério, honesto, de caráter e um grande treinador. Em 2013, evitou o rebaixamento do São Paulo e, em 2014, levou o time ao vice-campeonato brasileiro. Enfim, merece o maior respeito por parte dos torcedores são-paulinos e também de seus dirigentes. Do jeito que as coisas estavam parecia muito difícil reverter o clima de desânimo que se abateu nos jogadores. Quando é assim, é preciso mudar.

Parabéns aos dirigentes do São Paulo, principalmente, ao vice-presidente de futebol, Ataíde Guerreiro, que, agindo rápido, encontrou uma maneira de fazer esse afastamento sem traumas e com a consideração que todos merecem.

Esperamos que Muricy cuide de sua saúde e que continue contribuindo para o desenvolvimento do futebol brasileiro. O São Paulo também numa decisão rápida já determinou que Milton Cruz dirigirá o time nos próximos jogos. Decisão correta, pois Milton está acostumado a isso; já foi técnico interino inúmeras vezes e não vai tremer nesta nova situação.

Agora é preciso serenidade e muito trabalho, porque, fora o próximo jogo de quarta-feira contra a Portuguesa, que não vale nada, o São Paulo terá dois jogos dificílimos pela frente, contra o RB Brasil pelo campeonato paulista e no dia 15 de abril contra o Danúbio no Uruguai, onde praticamente definirá a sua permanência na Libertadores.

Acredito que o Milton saberá motivar os jogadores e encontrará um esquema tático que possa restabelecer a confiança do time, trazendo para os jogadores e a comissão técnica a determinação que precisam para vencer esses duros obstáculos.


À espera de milagres
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Abilio Diniz

Não é à toa que critico o formato do Campeonato Paulista. Tão ridículo que mesmo antes de a rodada começar,  o São Paulo já estava classificado para a próxima fase e, além disso, já sabia também quem seria seu adversário. Apesar disso, o time teve mais uma triste atuação. É bom que os torcedores são-paulinos não tenham ilusões. Só por milagre o SPFC será campeão paulista e o que é pior , também só por milagre passará para a próxima fase da Libertadores.

Há tempos que o time não está jogando nada e não se nota nenhuma evolução. E não adianta dizer que começou jogando bem. Hoje o futebol apresentado foi muito pouco para o que se espera do São Paulo – especialmente se pensarmos que em poucos dias o time terá mais um jogo importante pela Libertadores.  Os mesmos erros de sempre, reforçados pela falta de velocidade, falta de qualidade e falta de vontade e espírito de luta. Ao time, falta vontade de vencer a qualquer custo.

Tenho criticado seguidamente neste blog os erros do São Paulo: a defesa marca mal, o meio de campo, à exceção de Denilson, é de uma lentidão irritante. Ganso pode ser um craque, dar alguns passes lindos, mas não pode passear em campo. Com sua lentidão, é facilmente marcado e as jogadas ficam muito previsíveis. Há várias partidas que o time apresenta um jogo irritante, só tenta entrar pelo meio e com toques curtos, que facilitam muito a marcação adversária. Não tem jogada de linha de fundo, qualquer jogador que pegue a bola na lateral corta para o meio, até porque nenhum jogador encosta para tabelar.

Hoje o ataque foi um desastre. Mesmo no primeiro tempo, com Ewandro pela direita, Centurión pela esquerda e Pato pelo meio, como homem de referência na frente. Acontece que, com isso, Pato não pegou na bola, porque seu jogo cresce quando vem de traz com a bola dominada.Triste momento do São Paulo.

Muricy merece todo apoio e carinho por parte de todos os são-paulinos, mas francamente, as coisas estão muito difíceis.


SPFC precisa se transformar para seguir adiante
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Abilio Diniz

Mais uma triste derrota do São Paulo e agora, num jogo que vale: jogo da Libertadores. Novamente um pouco mais do mesmo.

Muricy até que armou o time com uma proposta de jogo correta para um jogo como este. Fechar o meio campo, travar o jogo e sair no contra ataque. Mas errou ao colocar Paulo Henrique Ganso num jogo onde velocidade e determinação eram fundamentais.

Este erro, somado aos de sempre cometidos pela equipe, custaram a derrota, deixando o SPFC em uma situação difícil na competição.

A falta de qualidade de alguns, a falta de garra de outros, a lentidão de todo o time, a falta de criatividade e profundidade para chegar ao ataque, enfim, tudo aquilo que nos acostumamos a ver neste São Paulo fez com que a defesa adversária não fosse incomodada praticamente o jogo todo.

Realmente, muito triste a atual situação do SPFC, que, pelo menos, ainda só depende de si para se classificar. Mas, para isso, terá um caminho mais difícil que o San Lorenzo. Se jogar o que não jogou até agora, tem chance de se classificar para a segunda fase, mas precisa de uma transformação total para seguir adiante.


O bom futebol brasileiro está de volta?
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Abilio Diniz

Em vez de comentar mais uma rodada do Campeonato Paulista, decidi falar de seleção brasileira. Já me manifestei aqui que gosto muito do Dunga como técnico e estou satisfeito com seu trabalho à frente da seleção, até agora.

Especialmente nesta semana fiquei ainda mais confiante. Menos pelos resultados, mas muito mais pelo lado tático e principalmente pela postura dos jogadores em campo. Temos 11 guerreiros, disciplinados, com determinação e garra. Precisamos tomar cuidado com os excessos. Contra o Chile, fizemos 3 vezes mais faltas que os adversários e tomamos 7 cartões amarelos.

É claro que vitórias são importantes, principalmente contra adversários como a França. É uma delícia ganhar dos franceses e na casa deles. No jogo contra o Chile, não entramos com o time principal e tivemos dificuldades e mesmo assim, vencemos.

Estamos firmes no caminho da recuperação após o trauma da Copa do Mundo. Dunga tem hoje uma base bem formada e o que é incrível, com vários jogadores que participaram do fiasco de 2014.

Jeferson em grande forma se firma como goleiro. Na primeira linha de quatro, Danilo, David Luiz e Miranda estão absolutos. Thiago Silva pode ser boa opção. Na lateral esquerda, Felipe Luiz e Marcelo vão disputar a vaga.

No meio campo, nenhuma dúvida. Luis Gustavo, Elias, Oscar e Wilian estão jogando muito bem e deram show contra os franceses.

Na frente, Neymar e este garoto Firmino que está aparecendo como uma ótima opção a Diego Tardeli.

Temos o time. Mas o que mais gosto é da postura tática do time. Compacto, todos avançam e todos recuam. Defendemos em bloco e atacamos em bloco. Quando somos pressionados, colocamos os 11 atrás da linha da bola. Marcação firme no adversário e não apenas na bola.

Esta é a postura do futebol moderno, sem um homem fixo na frente, que Dunga está incorporando. Que legal. É cedo para excessos de entusiasmo, mas acho que o bom futebol brasileiro pode estar de volta.