Blog do Abilio Diniz

São Paulo consegue um bom empate em Buenos Aires
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Abilio Diniz

O São Paulo poderia ter saído da Argentina com uma vitória e isso não seria nenhuma surpresa diante do futebol apresentado pelas duas equipes.

O River Plate não jogou nada, parecia um timinho qualquer. A equipe argentina cometeu vários erros incríveis.

Apesar de não ter feito um primor de partida, ainda sofrendo por não ter um esquema tático definido e com pouca criatividade, o São Paulo usou a estratégia de se fechar na defesa e jogar no erro do adversário. Deu certo, e por muito pouco o time de Bauza não voltou ao Brasil com a vitória, o que melhoraria muito sua condição nesta Libertadores.

Outro ponto a se destacar foi o desempenho do árbitro. O São Paulo sofreu com a atuação do juiz que, em alguns lances duvidosos, acabou favorecendo sempre o time de casa em suas decisões.

É de se louvar o esforço dos jogadores. Não faltou garra e coração. Todos lutaram bravamente e supriram as falhas técnicas com muita entrega e disposição.

Os jogadores deram uma demonstração de que, além de profissionais, são homens de verdade. Ignoraram a postura ridícula e arrogante do gerente Gustavo Oliveira, que os cobrou e criticou em público através da imprensa, e foram à luta.

Quem sabe começa agora uma nova fase, de confiança e otimismo.

O São Paulo infelizmente hoje é muito mal dirigido, principalmente no futebol, e é por isso que decidi me afastar completamente da gestão, mas continuo são-paulino vibrando, sofrendo e torcendo por dias melhores.


São Paulo reflete em campo a má gestão dos cartolas
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Abilio Diniz

O São Paulo perdeu com um futebolzinho digno do momento conturbado que vive. A diferença de qualidade entre os jogadores do SPFC e do São Bernardo é imensa. Se o campeonato terminasse antes do jogo, o São Bernardo estaria rebaixado. Apesar disso, em alguns momentos o time grande, bem treinado, tocando a bola e com esquema tático definido era o São Bernardo.

O São Paulo continua sem esquema de jogo definido, sem jogadas ensaiadas e nunca chega à linha de fundo. Após mais de dois meses, Bauza ainda não mostrou a que veio.

Sou apreciador do futebol bem jogado e de esquemas táticos e dou muito valor ao trabalho dos técnicos. Fico pensando como o San Lorenzo foi campeão da Libertadores na mão de Bauza. O San Lorenzo é o time do nosso querido Papa Francisco, e com certeza ele deve ter rezado muito para o triunfo da equipe argentina.

Hoje o técnico Sergio Soares, que no passado trabalhou comigo no Audax, com um time muito inferior, deu um nó no técnico argentino.

Será que não temos no Brasil técnicos de categoria superior capazes de motivar e dialogar melhor com os jogadores? Claro que sim, mas não com a grife suficiente para satisfazer a cartolagem hoje encastelada no Morumbi, para quem sobra vaidade e soberba, mas falta humildade e competência.

Esses gênios do conhecimento da bola montaram a atual equipe técnica. Retiraram Milton Cruz da coordenação técnica com o pretexto de que estava ultrapassado e o afastaram do campo onde viveu toda a sua vida, justo ele, querido e respeitado pelos jogadores e pela torcida e responsável por salvar o São Paulo no ano passado ao colocar o time na Libertadores.

O São Paulo pode até vencer o River Plate na Argentina na próxima semana, o futebol é imprevisível. Mas o São Paulo precisa mudar. Os dirigentes não são os donos do clube e não podem continuar agindo como se o fossem. Os únicos e verdadeiros donos do São Paulo são seus sócios e seus torcedores, representados pelo Conselho Deliberativo, e eles precisam ser respeitados.

Acredito que os sócios, os torcedores e seus representantes no Conselho serão os agentes que mudarão o São Paulo e com isso ajudarão a transformar o futebol brasileiro.


São Paulo vence, mas não convence
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Abilio Diniz

O Mogi Mirim é um dos últimos colocados no Paulistão e se o campeonato terminasse hoje, estaria rebaixado.

Nada mais normal, portanto, do que um time da envergadura e investimento do São Paulo vencer esta partida. A prática confirmou a teoria: São Paulo 2 x 0 Mogi Mirim.

Mas o time não consegue empolgar seu torcedor. O São Paulo dominou toda partida, teve muito mais posse de bola, mas não foi efetivo. A equipe não soube criar, errou passes e teve muita dificuldade para transformar o comando do jogo em mais gols.

O esquema tático do São Paulo, se é que existe, é muito fraco. Jogando contra um time que só se defende, a equipe de Bauza atua com dois volantes e prende os dois atrás. Não há elemento surpresa, muito menos jogadas ensaiadas, nem de linha de fundo.

No segundo tempo, para tentar melhorar as coisas, Bauza teve que promover a entrada de Ganso, que estava no banco. O meia são-paulino deu um pouco mais de opções ao time tricolor e acabou marcando seu gol no fim da partida.

Foi mais uma daquelas vitórias que se contava no início da competição. O grande desafio é ver como o São Paulo irá se comportar contra um time realmente forte.


São Paulo joga mal de novo e perde para a Ponte Preta
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Abilio Diniz

Não é de hoje que o São Paulo vem jogando mal. Neste sábado, o time do Morumbi novamente não fez uma boa partida contra a Ponte Preta e saiu derrotado de Campinas.

As duas últimas vitórias do São Paulo, contra Rio Claro e Novorizontino, também vieram com más atuações. Os resultados positivos foram frutos mais da falta de qualidade dos adversários do que por méritos do time de Bauza.

Alías, Bauza já treina o São Paulo faz dois meses e ainda não conseguiu dar um padrão de jogo ao time.

O São Paulo não tem nenhuma jogada ensaiada, não ataca e nem defende de forma compacta. É lento e sem criatividade. Joga mais na base do chutão da bola parada e do chuveirinho na área.

Convenhamos, é muito pouco para uma equipe que deveria ambicionar conquistas nesta temporada.

A missão se torna ainda mais difícil porque daqui dez dias o São Paulo joga seu futuro na Libertadores contra o River Plate, na Argentina.

A terrível derrota para o The Strongest no Pacaembu obriga o São Paulo a buscar pontos fora de casa se quiser passar à próxima fase da competição.

Do jeito que está, a tarefa será complicada. É preciso melhorar muito até lá.


Só valeu pelos três pontos
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Abilio Diniz

A vitória desta quarta-feira por 2 x 0 contra o Novorizontino serviu apenas para o São Paulo somar os três pontos na tabela de classificação.

Faltou brilho e bom futebol para os jogadores que não vinham atuando regularmente.

Entendo que nessas partidas é preciso que os jogadores considerados reservas aproveitem a oportunidade de apresentar um bom desempenho para colocar um ponto de interrogação na cabeça do treinador. Não foi isso que se viu no Pacaembu.

O futebol apresentado foi o mesmo do time principal. Nada de jogadas trabalhadas, pouca qualidade e muitos passes errados.

Nem mesmo a entrada de alguns titulares no segundo tempo serviu para mudar o panorama do jogo.

O São Paulo venceu porque, mesmo jogando mal, conseguiu ser superior a um limitado time do Novorizontino.

Três pontos na tabela, mas muito trabalho pela frente.


Com atuação sofrível, São Paulo vence
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Abilio Diniz

O São Paulo venceu o Rio Claro pelo Campeonato Paulista por 1 x 0 neste domingo, no Pacaembu, com um futebol muito pobre.

É verdade que o time estava intranquilo pelas duas derrotas seguidas e também pelo ambiente horroroso causado pela cartolagem. Mas não é apenas isso; a equipe não tem um esquema tático definido, não cria e nitidamente não tem jogadas ensaiadas.

O meio-campo, formado por Hudson e Thiago Mendes, não avança, não chega no ataque e não tem criatividade alguma.

O time do Rio Claro veio para não tomar gols, esperar por um erro do adversário e fazer o seu. Quase conseguiu em uma única jogada, num chute de fora da área em que a bola passou rente à trave de Dênis, mas felizmente para o São Paulo, pelo lado de fora.

Não dá também para entender a teimosia de Bauza em manter Centurion no time. O argentino está em péssima fase, totalmente inseguro, e, consequentemente, com péssimas atuações.

O São Paulo está em um momento muito ruim. O que está acontecendo no futebol sem dúvida é consequência da má administração.

É preciso mudar. Sem mudanças é possível que o ano de 2016 seja pior que 2015 e com consequências muito graves, principalmente no futebol.


São Paulo joga muito mal e se complica na Libertadores
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Abilio Diniz

O São Paulo parece andar para trás. Depois de alguns jogos até interessantes no início do ano, o time sofreu muito quando encontrou times bem montados defensivamente e saiu derrotado nas duas partidas em que precisou mostrar alternativas: Corinthians e The Strongest.

O desempenho do time no jogo desta quarta-feira foi muito abaixo do que podia se esperar. O São Paulo não funcionou individualmente nem coletivamente.

Faltou qualidade para os atletas que teriam que chamar a responsabilidade e faltou um modelo de jogo diferente para ser utilizado quando, desde o primeiro tempo, se notou que as coisas não estavam caminhando bem.

O segundo tempo foi pior ainda. Além de não conseguir criar jogadas, o time claramente sentiu a pressão por um resultado. Depois do gol boliviano, essa pressão aumentou ainda mais, e a equipe se desmantelou de vez.

Ganso, Michel Bastos, jogadores mais experientes e de qualidade, pouco fizeram. Os mais novos de grupo e de idade também desapontaram.

Depois de tanto esforço que o time fez para se classificar ano passado para a Libertadores, ver as coisas iniciarem dessa maneira é desanimador.

Em Libertadores, perder na estreia da fase de grupos, dentro de casa e para um time medíocre pode ser perigoso. O time terá que recuperar esses pontos vencendo uma partida fora do Brasil. Lembrando ainda que, contra o mesmo Strongest, terá que enfrentar também a altitude.

O técnico Bauza precisa mostrar seu trabalho. O torcedor espera ver um time que saiba sair de retrancas e que mostre variações dentro de uma mesma partida quando necessário.

É preciso também observar os resultados dos investimentos e do planejamento do futebol para esta temporada.

Foi um mau começo.


São Paulo perde de novo no Itaquerão
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Abilio Diniz

Quando escrevi meu comentário após o jogo do São Paulo na última quarta-feira pela Libertadores, disse que o primeiro verdadeiro teste de Bauza seria neste domingo, contra o Corinthians de Tite.

Após ver a maneira como o São Paulo jogou contra o fraquíssimo time peruano e conhecendo bem o técnico Corinthiano, concluí que até poderia ter escrito este texto antes do jogo deste domingo.

Na partida contra o Cesar Vallejo, o São Paulo mostrou claramente que não sabe atuar contra times que jogam fechado, que se trancam na defesa e jogam por uma bola.

Era claro que no jogo contra o São Paulo, após ter seu time desmantelado e sem seus dois principais jogadores, Tite não ia colocar seu time no ataque, coisa que dificilmente ele faz.

Não deu outra. O técnico do Corinthians fechou seu time na defesa e jogou no erro do adversário. E os erros vieram.

Acho que não se deve pôr a culpa pela derrota apenas no Lucão. O garoto faz o que pode e realmente não tem levado sorte. Mas atribuir a ele a derrota é querer ignorar a verdade.

Nos primeiros jogos cheguei a elogiar o trabalho do novo técnico são-paulino. Ele estava conseguindo motivar os jogadores e compactar o time. Os volantes se revezavam e chegavam bem no ataque. O São Paulo teve boas atuações, mas contra adversários fracos e que deixaram jogar. Foi assim inclusive contra o Cesar Vallejo no Peru, mas aqui no Pacaembu a coisa mudou e o time teve dificuldades enormes.

É preciso esperar para se ter uma avaliação melhor. Acho que o São Paulo não precisa de reforços, porque já contratou muitos jogadores. Agora é privilegiar a base e dar apoio e segurança ao time.

Quarta-feira tem Libertadores e aqui no Pacaembu há o perigo de mais retranca. É preciso que Bauza arme o time para encarar esse tipo de jogo. Claro que nessas ocasiões a paciência é fundamental, mas é preciso mais do que isso. É preciso que se treine jogadas ensaiadas e que todo o time saiba antecipadamente o que se tem que fazer.

É bom também lembrar que este será o jogo de ida contra o The Strongest. A volta será na altitude de La Paz e lá as coisas se complicam.


Transparência e participação podem mudar o jogo
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Abilio Diniz

Nunca participei da administração do São Paulo nem de nenhum outro clube de futebol. No ano passado, em virtude das graves dificuldades do clube, procurei, por meio dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, ajudar a superar aquele momento crítico. Tivemos sucesso em mudar a presidência e a diretoria do SPFC. Mas, na minha opinião, o principal não foi atingido, que era colocar o São Paulo num caminho que o tornasse referência nacional e talvez mundial em gestão esportiva.

Na minha atuação junto aos Conselhos, tenho pregado mais transparência e participação desses órgãos na gestão do SPFC. Na minha visão, os sócios e os torcedores do São Paulo são seus verdadeiros donos, representados pelos conselheiros do clube, e as principais decisões devem ser tomadas por esses representantes, com clareza e transparência, para que todos saibam o que se passa e participem.

No sentido de colaborar com o SPFC, estou arcando com os custos de duas das mais importantes consultorias do mundo, a PricewaterhouseCoopers (PwC) e a McKinsey. Elas estão fazendo um trabalho de auditoria e consultoria na parte financeira e no futebol, elaborando sugestões visando a modernidade e a busca de mais eficiência. As consultorias estão avançando nas auditorias que revelarão a verdadeira situação do clube, mas elas não conseguem informação nem espaço para trabalhar no futebol. Parece não haver interesse dos atuais dirigentes na abertura para coisas novas e na transparência.

Depois de tantas derrotas, dentro e fora do campo, o futebol brasileiro está passando por um momento importante que pode redefinir seus rumos.

Uma investigação internacional está finalmente prendendo e apertando o cerco contra dirigentes do futebol brasileiro e internacional, que por décadas exploraram o esporte para benefício próprio.  A nova legislação do futebol brasileiro obriga os clubes a serem mais responsáveis e transparentes na administração. Já na parte da receita dos clubes, uma nova disputa pelos direitos de transmissão dos campeonatos envolve enorme quantidade de dinheiro e obriga os clubes a fazerem planejamento de mais longo prazo.

Nesse contexto de renovação e purificação do futebol, e com toda a minha experiência de gestor, entendo que decisões importantes como a dos direitos de transmissão devam ser tomadas não apenas por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, mas pelo colegiado representativo dos verdadeiros donos do clube, seu Conselho Deliberativo, até porque o que for decidido agora valerá para depois do mandato dos atuais dirigentes são-paulinos.

Os donos do SPFC têm que participar através do Conselho para que haja legitimidade nas decisões da diretoria. Transparência e participação são o nome do jogo.

Considero importante a participação do Conselho mesmo nas contratações e vendas de jogadores, normalmente tão polêmicas. Marcelo Pupo Barboza, presidente do Conselho Deliberativo, está procurando fazer o que pode, nomeando comitês. O problema é que esse trabalho é feito a posteriori, tendo efeitos mais de autópsia do que de prevenção.

Sei que muitos conselheiros defendem que o SPFC deva ser administrado pela paixão e pelo coração. Respeito e concordo. Só que essa força emotiva tem que ser colocada em benefício do São Paulo como um todo, e não administrada apenas por um pequeno grupo no poder.


Vaga garantida, sofrimento desnecessário
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Abilio Diniz

A missão foi cumprida. A vaga para a fase de grupos da Libertadores foi conquistada com uma vitória magra por 1 x 0 em cima do Cesar Vallejo.

O São Paulo fez um primeiro tempo muito ruim. O time peruano é limitado, mas Bauza não soube sair da retranca. O meio do campo esteve preso, avançando muito pouco, com Ganso bastante marcado.

O resumo da primeira etapa foi um São Paulo muito afobado e sem esquema. O empate sem gols favorecia o Tricolor, mas era um placar muito perigoso.

No segundo tempo as coisas não melhoraram muito. Apesar de atacar um pouco mais, o São Paulo continuou sem jogar uma boa partida.

Bauza foi mal ao substituir Ganso, mas deu sorte e Rogério marcou o gol da vitória no final do jogo. Sofrimento desnecessário.

O primeiro e verdadeiro teste de Edgardo Bauza será no domingo no jogo contra o Corinthians.

Dou muita importância ao trabalho dos técnicos e enfrentar o Tite, o melhor treinador brasileiro em atividade, será um bom termômetro para saber em que estágio o São Paulo está.

Estou bastante curioso para saber qual será a estratégia do técnico Tricolor.