Brasil goleia, mas resultado não serve como parâmetro
Abilio Diniz
O Brasil cumpriu sua obrigação. Enfrentando uma seleção muito inferior, o time de Dunga fez o que dele se esperava: goleou o Haiti por 7 x 1.
Esse é o tipo de jogo em que não se pode tirar grandes conclusões. O adversário, fraquíssimo, não permite que se faça uma avaliação definitiva.
A maior prova de que a partida não pode servir de parâmetro é que as principais referências e comentários sobre o jogo são pelo placar emblemático de 7 x 1 e a lembrança óbvia da derrota para a Alemanha na Copa. O desempenho da Seleção ficou em segundo plano.
Entretanto, foi interessante ver Philippe Coutinho marcando seus gols em chutes de fora da área, como faz pelo Liverpool, ou Gabriel, indo às redes novamente. São jogadores jovens que têm qualidade para servir à Seleção Brasileira por muitos anos.
Os três gols marcados no primeiro tempo e os quatro no segundo não podem e nem vão iludir o torcedor. O Brasil treinou em campo durante os noventa minutos, fez seus gols como quis e ainda conseguiu levar um, em falha do sistema defensivo.
O que se espera da Seleção de Dunga, há tempos, é uma equipe melhor dentro de campo, atuando com uma tática definida, construindo jogadas, fazendo tabelas, atacando seus adversários e mostrando mais do que se viu até agora.
É inegável que, com esse grupo que temos, é possível mostrar um melhor futebol.
Vamos ver o que Dunga poderá apresentar para o torcedor ainda no decorrer dessa Copa América.