São Paulo sobrevive no Brasileirão
Abilio Diniz
Após a derrota para o Santos, na última quarta-feira, o São Paulo está moribundo na Copa do Brasil, mas ainda sobrevive no Campeonato Brasileiro, com chances de terminar no G4 e disputar a Libertadores em 2016.
Hoje, contra o Coritiba, que é muito fraco e mostrou porque é forte candidato a ser rebaixado, o São Paulo jogou mal, apesar do domínio e da maior posse de bola. Mesmo assim ganhou, naquela que foi a primeira vitória do técnico Doriva.
O São Paulo está mal escalado e mal posicionado em campo, sem esquema tático definido, sem criatividade e com uma defesa que é realmente um ''teste para cardíacos''.
É lamentável, porque o elenco do São Paulo, apesar do desmanche feito na desastrosa administração anterior, ainda é um bom elenco se comparado com a média dos times brasileiros.
Se é assim, por que está jogando tão mal? Por que perdeu do Fluminense, empatou com o Vasco em casa e foi derrotado de forma contundente pelo Santos em pleno Morumbi? É fácil entender, até já falei isto aqui neste blog após o empate contra o Vasco.
O time do São Paulo estava se acostumando a jogar um futebol moderno, com jogadas ensaiadas, transição rápida da defesa para o ataque, criatividade e sobretudo, muita agressividade. De repente muda o técnico e muda tudo. A ordem é ficar atrás, defender a qualquer custo e só sair para o ataque numa boa.
Hoje o São Paulo é um time altamente previsível, sem criatividade e que vive às custas do talento individual de alguns jogadores. Basta ver os dois golaços feitos hoje. No primeiro um passe magistral de Ganso para finalização certeira de Alan Kardec e no segundo, uma maravilhosa troca de passes entre Ganso e Pato, culminando com um chute colocado e matador de Alexandre Pato.
Agora, o São Paulo volta a enfrentar o Santos na próxima quarta-feira precisando marcar três gols para sobreviver na Copa do Brasil. É preciso um milagre? Sem dúvida.
A menos que o técnico são-paulino recebesse uma inspiração divina, deixasse a retranca de lado e tivesse coragem de montar um esquema moderno, ousado e agressivo e tentasse fazer aquilo que não conseguiu no primeiro jogo, isto é enfrentar o Santos de igual para igual.
Por que não? Qual o risco? Já está perdido, pelo menos que seja com dignidade.