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Arquivo : Regularidade

São Paulo mostra que pode se recuperar
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Abilio Diniz

Deu gosto ver o São Paulo vencer o Grêmio por 2 a 1 jogando fora de casa. Esse é o Tricolor que todos nós queremos. Um time corajoso, impondo seu ritmo, não dando grandes chances a um adversário que estava invicto atuando em seu estádio no Campeonato Brasileiro.

Uma derrota para o bom time do Grêmio, terceiro colocado na tabela, não seria nenhum absurdo. Mas o São Paulo foi para cima, buscou a vitória desde o começo e criou várias chances até marcar com Alexandre Pato, em mais um belo gol do artilheiro.

Pato parece estar reencontrando as boas atuações de sua carreira. É um jogador de categoria que se destaca dos demais. Tomara siga assim. Com ele bem, aumentam as chances de o São Paulo terminar o campeonato entre os quatro melhores.

Mérito também do Osorio, que montou um time bem colocado e objetivo, que trocou passes com mais eficiência, manteve a calma e a posse de bola na casa do adversário e aproveitou bem os contra-ataques para marcar o segundo gol numa boa escapada do Rogério.

Foi um jogo aberto, bom de ver, com a bola rolando e as duas equipes interessadas em jogar futebol. Conseguimos uma boa recuperação poucos dias depois da derrota para o Santos por 3 a 0. Osorio e os jogadores reverteram uma situação ruim em prazo curto, e isso é um bom sinal.

Se o São Paulo entrar sempre com esse espírito será muito competitivo e pode pelo menos sonhar com a vaga no G-4.

Usar os exemplos positivos deste jogo é o caminho para que o Tricolor consiga buscar a regularidade de bons resultados que o torcedor tanto espera.


São Paulo é goleado por seus próprios erros
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Abilio Diniz

Venho escrevendo há tempos nesse espaço: enquanto o São Paulo não mantiver uma regularidade de atuações dentro e fora do Morumbi, vai ser muito difícil conquistar pelo menos uma vaga na Libertadores do ano que vem.

Ontem à noite na derrota por 3 a 0, fomos completamente envolvidos pelo Santos. O técnico Dorival Jr. anulou um time são-paulino que se mostrou ofensivo apenas na escalação.

O Tricolor se mostrou inoperante no ataque e limitadíssimo em sua defesa. O Osório traz boas ideias, mas muitas vezes é excessivamente alternativo e arrisca demais. A formação do primeiro tempo foi um erro. Não dá para jogar assim contra um time veloz e em momento muito bom como o Santos.

Na saída para o intervalo já era possível perceber que a derrota seria certa. Da maneira como o placar de 2 a 0 foi tranquilamente construído no primeiro tempo, com o time mal distribuído em campo e com graves falhas técnicas e de posicionamento dos jogadores, era nítido que apenas uma circunstância anormal mudaria o panorama do jogo.

E isso não aconteceu. Pior, o Santos marcou rapidamente seu terceiro gol e aniquilou qualquer possibilidade de reação.

Fica a sensação para o torcedor que não é difícil fazer gol no São Paulo. Se o ataque adversário estiver em uma noite minimamente eficiente, sofreremos pelo menos um gol. Aí caberá ao nosso ataque resolver o problema. E quando o sistema ofensivo não trabalha bem, dá no que deu: derrota.

Faltou quantidade e, principalmente qualidade na definição do elenco para a disputa do Campeonato Brasileiro. Não se pode perder oito jogadores no meio da competição. O pior é que todo o desmonte que foi feito do time não trouxe nenhum benefício estrutural nas contas do clube, que seguem precárias e assim seguirão sem uma profissionalização de verdade da gestão do clube.

Fica cada vez mais claro como uma má gestão administrativa é capaz de influenciar no desempenho dentro do campo.

Sobra agora para o técnico Osório e os jogadores juntarem os cacos e renderem todos muito mais no próximo domingo contra o forte Grêmio.

É mais um jogo fora de casa. Que tipo de São Paulo veremos?


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